Preto
Momentos preto e branco,
realçam alegrias ou prantos
ao perpassar na nóstalgia de tantos.
Sintonizados nos instantes de recordos ou sonhos, concretizados ou deixados de mão.
Podem valer mais que um tostão
Por ficar marcado em um coração.
Preto
O encanto das cores
escuras na alma
Transmite a essência das noites
Num tom de preto…
Preto escuro ou preto claro
perpassando ao suave gris do manto
Que aquece o Ser noturno
Que não dorme nas noites
Para apreciar o simples
Escurecer dos lares
Que apagam as luzes da multidão
E escurece as faces
Que sonham
Que pensam
Que roncam
Na imensa mansidão
Que ensurdece os ares.
Lembrando que, acima do cavaleiro do cavalo preto está o único que tem um nome que É sobre todos os nomes.
Em um mundo preto e branco, eu escolho ser a COR.
Em um cenário de guerra, perco a razão, mas não a PAZ.
Não mudar pelo que pensam sobre mim é o meu LEMA.
Levar a vida com autenticidade é minha IDENTIDADE.
Já se foi o tempo em que eu não tinha VOZ própria.
Hoje, com meus próprios passos, sei fazer MINHAS ESCOLHAS.
Regar princípios diante dos embaraços da vida é o meu dever.
Buscar aprender com as adversidades, só me fará crescer.
Fé em Deus é o meu sustento para enfrentar o que vier.
Abrir mão do que me acrescentou valor jamais será uma opção.
Se abalar com afrontas dessa vida não está no meu roteiro.
Ser forte, mesmo diante das fraquezas, é o meu objetivo primeiro.
Enfim, viver o que eu sou, e não o que queiram que eu viva.
Acreditar veementemente em mim, mesmo que o senso comum me considere como apenas "mais um."
Sorrir sem depender da felicidade alheia é o meu combustível.
Amar intensamente a cada segundo do meu respirar é a minha razão de CONTINUAR em meio ao suspirar do meu existir.
Negro, preto, retinto, mulato, pardo, miscigenado, som que ecoa da curimba batida. Olorum olha por seus filhos, que foram criados no mundo sem identidade, feito crianças largadas por sua mãe pátria. Falta alma que contrasta com o colorido de pele, éramos reduzidos a pouca fé e muito trabalho. Açoites marcavam o dorso, as mãos marcavam vidas. Séculos ideológicos que suprimiam a África, como um mero poviléu serviçal. Erguemos estandartes, perdemos mártires, mas estamos aqui. Por nossos antepassados, reforçando que a segregação velada, ainda é a indiferença pelo diferente.
viva🌹
Comigo e preto no branco ... se quer ? quer mesmo...não passo vontade..não faço joguinhos ..não fingo não evito ... comigo e ferro e fogo ... e sim sim , não não..então para com esse jogo ...para com esse medo bobo de não entrar de cabeça ..ou mergulha fundo ..ou cai fora... sou mulher , não meio termo.. ou é quente ou é frio..detesto morno...
PERIPÉCIAS Nº3 - A(COR)DAR
acordei as 6:00
e as 12:00 fiz um acordo
acordo que fiz de preto
a cor que dei como decreto
tentei um acorde as 14:00
e as 16:00 tentei um lorde
acorde que dei em lá
lá antes que ele acorde
o dia já dormia
e logo tinha que outra vez acordar
antes de tentar quem concorde
irei me contentar com mais uma dose de "orde"
as 5:00 Mi despertou
mas esqueceu de me despertar
o despertador despertou a dor
e me encarregou do dia eu a cor dar
aee na moral fala na cara não precisa me atacar assim com seus posts de fundo preto e fotinha feliz me mostrando onde eu podia estar, chega fala.
Em um mundo de ódio..eu escolhi amar... em um mundo preto e branco...eu escolhi ser cor ...ser amor...eu escolhi fazer a diferença... porque eu sou aquilo que os olhos não vê... aqui dentro de mim..só paz e bem...
Causa e Efeito
Dread lock causa medo
E vem da ancestralidade
E faz o homem preto
Encontrar sua identidade
Identidade, cultura, religião
O branco tirou do preto
E colocou grilhão
O navio negreiro
Que partiu de angola
E chegou no brasil
E fez o negro pedir esmola
Racismo é crueldade
Me causa indignação
Por isso escrevo poema
Para falar com o coração
Falar da pele negra
Que sofre com mazelas
Preconceitos, injúrias, violência, miséria
Marcos Capacete
Vestida de vermelho e preto
Eu sou a morte sofrida e sangrenta
Eu sou a praga da morte rubra
Que leva reinos a calamidade
Eu sou um pouco de Edgar Allan Poe
Com uma pitada de Shakespeare
O amor e a loucura
O desejo e a tão temida destruição
A vida e a morte
O azar e a sorte
Sou a dama escarlate
Montada no cavalo da morte
Cavalgando pela escuridão
Procurando a quem devorar
Sou o brilhante luar
Que clareia e mostra a direção
Sou paz e segurança
Sou luz, pra quem me procura
E escuridão para os que me temem
Talvez eu seja o eclipse
Luz e escuridão
Medo e salvação
Verdade e ilusão
Eu sou miríades de sentimentos
Com estradas cheias de novas direções.
Eu sou a bondade e a maldade,
E a necessidade de viver
Eu sou mundos e fundos
Eu sou tudo e ao mesmo tempo nada
E não a ninguém igual a mim...
"Eu não 'to a venda, eu não valho
Nada é páreo para um preto revoltado com o sistema segregado
E que rouba a cena pique revolucionário
A pé ou de Palio"
Blackbird
Acordo, olho para a janela
e na janela tem um pássaro,
um pássaro preto.
Seu canto é lindo,
e ele canta meus medos.
O chamei de:
"o canto da madrugada",
E hoje ele disse que eu não vivo,
que não tenho significado,
e que preciso escolher meu caminho.
Então tento me decidir,
Se escuto "o canto da madrugada"
que da significado ao silêncio.
Ou se saio e calo este canto,
com o barulho das mentes vazias
que a noite me trás.
Os dois caminhos me levam
a um único lugar.
Mas eu amo o canto
o canto do blackbird.
E mais uma vez ele
em minha janela vem e canta o amor,
um amor de mentiras, ilusões e decepções.
O blackbird,
hoje não cantou, hoje ele leu.
Leu o significado que eu tinha,
e lendo linhas brancas e vazias
ele escutou minha música.
E a letra dizia:
"Eu não posso ter um significado,
não posso me descrever, me limitar.
Pois eu não apenas existi,
eu fui a vida, e nem a morte dá fim a vida.
A vida é o amor, amargo
mas doce quando não se está só."
E após o último verso
o infinito blackbird voou,
Voou para baixo, e lá
me mostrou sua outra face.