Preto
Tem uma janela que da pra ver o mais profundo lar, são os olhos. Azul, castanhos, verde, preto ou qualquer cor que existe, da pra ver sim. Quem nunca ficou se olhando no espelho e viajou nos próprios olhos, eu já. Meus olhos são grandes e escuros, mas dentro dele há luz, muita paixão. Apesar de viver num mundo onde há muita dor e coisas ruins, sou feliz. Gosto de acordar e ver a luz do dia, de ver quem eu gosto sorrindo, também fechar os olhos e assim pensar no que Deus já fez na minha vida e sorrir, pois são muitas coisas boas. Essa minha janela muitas vezes expressão o que estou sentindo, quando não consigo usar a boca.
Sim, é possível falar com os olhos, você sabe disso! (se não sabia agora sabe!)
Filho do Gueto, sangue de preto
Protegido pelo poderoso.
Que me guia na noite ou no dia
contra a força do malicioso
Coloquei meu castelo em jogo
pássaro renascido do fogo
Se prepara pra festa meu povo
que eu vim balançar o bagulho de novo
Melania Ludwig
1 de novembro via celular
próximo a São José do Rio Prêto · Editado
MEU MEDO
Caminho pela casa a esmo... me perco...mesmo...
Esbarro em minha sombra... tropeço...desço...
Fujo dos espelhos que eu mesma coloquei por todos os cômodos...incômodos...
Tenho medo da minha cara de medo...
Onde fui buscar este inimigo...perigo?
Se eu quebrar os espelhos aumentarei a sua força...minha forca...
Cada caco será mais um...buraco...
Infinitamente perdida no escuro de cada lâmpada que ainda não me ensinou qual é o interruptor correto...aperto...
E onde foi parar o meu equilíbrio para andar no escuro? Tudo virou muro...
Cada passo é um ponto de interrogação...sem noção...
Estou perdendo meu norte
preciso de um suporte
O tempo passa e a aprendizagem é mais escassa
Quero uma mão que me fala...não bengala...
Olhos que me enxergam sem me tocar...só de olhar...
Se ninguém me fizer isto... eu desisto...
mel - ((*_*))
Das coisas.
Das diferentes maneiras, aquilo que é preto
Pode ser o branco escurecido por sua própria sombra
Nem sempre se tem um acerto sobre tudo
Pois aquilo que tememos pode não ser o que nos assombra
Da vida se leva a dor, o amor e o perdão
Da morte, quem sabe a escuridão?
Então de que vale viver em vão?
Sem amar, viver ou se afogar
No mar de nossos próprios sentimentos
O vermelho sempre o preto e branco não tem valor,já o preto e branco sem o vermelho não vale nada,te amo São Paulo Futebol Clube!
Escreve, apaga; escreve de novo; apaga; apaga… Vida sem cor, toda preto e branco, com sobras desenhadas em um quarto escuro, desenhos rabiscados, café frio, tudo pra baixo, dando a mão pra tristeza e lembrando das desgraças que se passaram. A vida é outra, mas os traumas são os mesmos; eu queria deixa-los pra trás, só que não dá pra se livrar de uma parte de mim. O meu eu que você não consegue ver é podre; é morto; e infelizmente tenho que carrega-lo, pois nada me fará esquecer o que sofri. Já tive dias mais difíceis, agora eu nem sei; só observo a vida passar. Os anos que estão por vir, as rugas. A velhice irá chegar logo, e eu aqui sentado pensando em como nunca fui jovem de verdade. Eu nunca tive um rumo certo, eu nasci perdido e assim me mantive, meu desespero foi quando te encontrei; você era o meu melhor lugar pra se estar.
O preto e branco sem o vermelho não tem valor,já o vermelho sem o preto e branco não vale nada,TE AMO SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE!
Ele é preto ou tá escuro?
O preto só é preto quando está escuro. Quando de repente, falta de luz em todo lugar. Quando está claro, o preto deixa de ser visto como preto, ou melhor; o preto torna-se cor, é só, a mais densa das cores. Torna-se visível porque há luz, porquê identificou-se que não se trata do que não via, e agora já se vê. É uma cor. O preto tornou-se escuro - nem sabe-se se é (preto) -, não se vê. Não se pode enxergar coisa alguma (parece outra coisa). Isso é o que não se pode dizer que viu. Ou está cego pela escuridão e não se pode dizer que cor é, ou, é só, a ausência total de luz. Tem cor, mas não se viu (não se sabe qual era).
Às vezes, estamos certos, mas outras vezes, estamos no lugar errado. Ou só, ainda, na posição errada. Não é ele que é preto, ele só está à sombra. Sob à luz, ele é quase amarelo.
Texto extraído de: As Crônicas da Guerra - O que tem no Amarelo. De: Douglas Melo.
Eu queria viajar
Ela viajaria pra onde
Eu despia seu medo
Ela vestia preto
Eu adorava o cheiro
Ela comprava pão
Eu subia a ladeira
Ela trancava a casa
Eu me libertava
Ela me acorrentava
Eu voava
Ela sonhava acordado
Eu escrevia
Ela lia
Eu dispensa
Ela guardava
Eu via o sol
Ela seu celular
Eu sorria
Ela não me viu voltar
Eu conheci outros lábios
Ela apenas as fotos
Eu esqueci o passado
Ela lembra o acaso
Eu perdi a vontade
Ela entendeu de verdade
Eu com sinceridade
Ela perdeu
Eu perdi
Ela resistiu
Eu continuei
Ela impôs
Eu sumi
Ela apareceu
Eu sorri
Ela mordeu
Eu comi
Ela gritou
Eu morri
Ela queria viajar
Eu viajar pra onde
Ela despia o medo
Eu sorria ligeiro
Ela estranhou
Eu tenho minhas vontades
Ela entendeu a vontade
Eu comprei as passagens
Ela ganhou asas
Eu um amor alado
Ela vôou do meu lado
Eu agradeci
O mundo é uma paisagem em preto e branco. Só enxerga o arco-íris, quem traz as cores da alegria no colorido do olhar.
óh, Preto...
o teu líquido que da arabia fez-se sagrado
E que faz dos Áries da Etiópia mais vívidos
Preto como o povo de vossa origem
És tropical como as Índias da terra nova
Da província francesa até a terra da Árvore Vermelha,
Na terra dos Santos mais diversos,
Que enfim começa na destruição, negra
A cultura desvairada, mas
Derradeira faísca, Amazônia, Deusa grande!
A negritude, como esse fruto de 1727,
preto como o povo:
Convergiria já a vã coincidência?
Cinza Mascavo,
Negro Café
Negro Povo sempre ali,
Negro Carvão vegetal,
Pretos olhos dos Barões.
E quem diria, agora preto óleo?
Mas só no fim se, não, vê cor
és o branco amarelado do globo do Escravo,
sua palma que trabalha também
O branco do açúcar refinado,
que o francês adoçou sem permissão dos donos do Kahwah
"Vivo em um pais em que predomina o sistema do racismo capitalista, preto e branco só são diferentes se o preto for pobre"