Pressa
Amo ser quem sou. E sem pressa alguma vou me refazendo todo dia, mudando o que é necessário e melhorando o que é possível.
E o tempo segue displicente, embrulhando as horas sem pressa alguma na poesia do dia-a-dia. 20/06/2013
Se queres se aproximar de mim, chegue manso, sorrateiro, me olhe sem pressa alguma, me toque devagarinho... Sou sensível como flor e tenho alma de passarinho.
Ele dizia não me amar, mas os seus lábios o atraiam quando me beijava com pressa, com aquela fúria ardente de um adolescente apaixonado.
Era tão urgente dizer que eu o amava que tropecei nas palavras. Na queda o envolvi com pressa em meu abraço e, naquele instante todo o corpo falou por mim.
SONETO XXVIII
Ainda lembro de nossa pressa
Por algo que mal nos interessa
Seria melhor se tivessemos paciencia
E sentido melhor nossa presença
Nao tocassemos no passado
O deixassemos enterrado
Assim como nossas lagrimas
E tivessemos virado as páginas
Quem sabe apos tudo isso
Tivesse escrito um livro
Com as mais doces palavras
Escritos nessas páginas
E nosso mundo podiamos ter
Se nos apenas deixassemos ser
Me leia sem formas
sem pontos
ou pausas
Me leia por ler
com pressa
sem pressa
Do jeito que vier, vai ser.
SUSPIRO
Vim te buscar
Olhe pra mim...
Eu espreito e você vegeta...
Que pressa eu tenho em te ter...
Vim te ver...Buscar teu ar...
Arrancar teu último suspiro...
Te levar...Olhe pra mim...
Imponente sou a mais bela das criaturas...Completa...
Estou te olhando...
Cobiçando tua historia..
Vais ser minha...
Sai da luz...
Eu sou breu...
Olhe pra mim..
Te quero mais que todas as paixões...
Me julgam mal...
Não sou horrendo...
Só sou teu guia no portal...
Vem ser minha...
Sou tua sorte...
Teu prometido...
Teu noivo...
Tua morte!
Mas não se assuste..
Não sentiras dor..
Tua morte será vida pois...
Quem ama morre de amor!
Deixa pra lá o que não interessa a gente não tem pressa de viver assim
Feito platéia da nossa própria peça, histórias, prosas, rimas sem começo e fim.
persistente estava
o indiferente sujeito
com mais pressa que a própria luz
alma tristemente fadada!
sem tempo pra amar ou até pra ver
cegou-se de razão e focou-se no tempo
esqueceu-se da cor e até do pensamento
com a mesma pressa da vida que tinhas
a citada vida trouxe depressa o fim
quem duvidaria da finitude do viver?
como poderias? pergunta-se
nem olhes, dizem que é assim
detestável fato decorrente, penoso pesar
indescritível vista fictícia
do meu fictício sétimo andar