Pressa
[Não precisa pressa] Na hora certa, as coisas se ajeitam. A gente se ajeita. O coração bate no ritmo que tem que bater. Sem arritmia. Nem sempre o amor precisa tirar o ar. Respira. Inspira. Nem sempre as borboletas irão bater as suas asas por dentro da gente de repente. Calma, vai acontecer. Tem o jeito do beijo e o beijo na alma. Tem o olhar que arrepia a pele e a pele que sintoniza com o olhar. Devagar, no tempo certo. Sem dúvidas e sem certezas. Sem jogos e sem surpresas. A gente se ajeita.
Carecemos de quem nos ouça sem pressa
e que saiba o valor da palavra oportuna
e do silêncio generoso.
CikaParolin
O tempo é curto de mais, as horas passam de pressa, os dias correm ainda mais a cada ano, e você ainda continua com magoa no coração, ódio do seu próximo e rancor que só te faz andar para trás; Trate como queira ser tratado, transmita amor, ajude, faça o bem, mesmo que a vida não tenha sido da forma que gostaria que fosse, seja superior e mostre que de agora em diante será assim, antes que não haja mais dias, horas e nem momentos para fazer diferente..!
A renda do vestido
marca o corpo
e a pele nacarada
Ao fim da festa, onde a pressa
em livrar-se dela rasgou-se,
desfez-se pela força do desejo
Largada, jogada
a renda branca manchada
pelo rubro desejo
por ambos saciado
A renda que espera o momento
de envolvê-la novamente
no caminho
de volta para sua casa
A pressa e a velocidade deixa de ser importante quando a sua preocupação é manter o olhar pra onde quer chegar.
#FlaviaLeticia
O menino e o baile de garagem
O menino está crescendo, tem pressa de viver tudo, nos meados dos anos 70 eram comuns bailinhos feitos em garagens e assim o menino pela primeira vez fora convidado para um baile na garagem de um dos amigos de seu primo, tinha um globo e luz negra, era pequena, ele ajudou a montar os equipamentos e no final da tarde lá foi ele para o seu primeiro baile, já tinha alguns de seus amiguinhos no local e também uma linda menina com cabelos longos pretos e com a pele morena, ela dançava com suas coleguinhas, como era de costume falar, seria uma seleção de musicas quente (seis musicas) e uma seleção de musicas lentas (quatro musicas), o menino ficou observando como se dançava as quentes e as lentas, ele arriscou alguns passos e depois de algum tempo já descontraído com seus amigos, arriscou chamar aquela linda menina de cabelos pretos para dançar a próxima seleção de lentas, a menina que também o olhava o tempo todo aceitou, ele ficou ansioso a espera da próxima seleção, ficou por ali próximo da menina com medo que outro a chama se, então anunciaram (Próxima seleção lenta, chama seus pares e vamos dançar), foi a primeira vez que ele ouvia aquela linda canção, dançando com aquela linda menina, o menino se aproxima da menina pegando a pela mão, levando a até o centro do salão, coloca a sua mão esquerda no ombro da menina e sua mão direita na cintura, fecha os olhos e sente o pulsar do coração daquela linda menina embalados pela musica de Chris De Burgh - Flying
Voando, nunca achei que aprenderia a voar assim
Eu pensei que eu gastaria minha vida inteira tentando,
já que estar voando é aquela antiga arte de manter um pé no solo...
Mentindo, eu jamais pensei que pararia de mentir
Eu pensava que perderia tudo isso suspirando,
Já que mentir é aquela antiga arte de esconder palavras que nunca serão encontradas
Chorando, eu pensava que nunca pararia esse pranto,
Eu pensava que eu sempre sonharia com minha morte
Já que chorar é aquela antiga arte de derramar rios de lágrimas
Oh morrendo, eu jamais me imaginaria ver morrendo,
Eu pensava passar minha vida inteira voando,
já que morrer é aquela antiga arte de manter o mundo girando
Suspirando, eu pensei que nunca ia deixar de suspirar
Eu sempre pensei que continuaria chorando,
Já que suspirar é aquela antiga arte de pôr pra fora toda sua tristeza
E tentar, jamais pensei que passaria minhas estações tentando ,
Eu pensei que poderia parar de mentir,
Já que tentar é aquela antiga arte de provar que o mundo é redondo
Oh voar oh oh, mentir oh oh, chorar oh oh, suspirar oh oh,
tentar oh oh, e morrer oh oh,
sendo que morrer é aquela antiga arte de crescer flores no chão,
Sim, é assim...
Foi a primeira musica que marcaria para sempre uma passagem de sua vida, a primeira dança o primeiro de muitos bailes, dançou as quatros musicas, era a última seleção, era o fim daquele primeiro dia de baile, o menino acompanhou a menina até o portão de sua casa que ficava na mesma rua, deu um beijo no rosto macio daquela que seria sua parceira de dança em muitos outros bailes na mesma garagem e todos os finais de semana o menino lá estava e novamente chamando aquela linda menina para dançar, as musicas eram as mesmas, mas o menino queria mesmo era estar ao lado da menina a qual ele a desejava como sua namorada, mas não tinha coragem de revelar e um dia, depois de meses o baile de garagem não mais tocaria a canção que marcou sua vida e o menino não dançou mais com aquela linda menina de cabelos pretos, pele morena, rosto macio, não sentiu mais o seu coração pulsar no embalo da musica. O menino novamente deixou um pouquinho do seu coração naquela linda menina e partiu, mas todos os finais de semana ele iria para festas e bailinhos de garagens, em um desses bailes ele encontrou a menina da escola, a menina de cabelos loiros e olhos azuis, seu coração quase saltou pela boca ao lembrar o quanto aquela menina o fez feliz os quatros anos juntos no primário, ele jamais esquecera que aquela menina para sempre seria a sua primeira namoradinha...
(José Augusto – Primeiro Amor)
Foi numa festa outro dia
Que eu te encontrei a dançar
Namoradinha de infância
Sonhos da beira do mar
Você me olhou de repente
Fingiu que tinha esquecido
E com um sorriso sem graça
Me apresentou ao marido
E o resto da noite dançou pra valer
Se teus olhos me olharam fingiram não ver
No meu canto eu fiquei entre o riso e a dor
Lembrando do primeiro amor
Pra me beijar precisava
Ficar na ponta dos pés
Eu tinha então oito anos
Mas te menti que eram dez
Lembro você orgulhosa
Da minha calça comprida
Vínhamos juntos da escola
Sem qualquer medo da vida
E o resto da noite dançou pra valer
Se teus olhos me olharam fingiram não ver
No meu canto eu fiquei entre o riso e a dor
Lembrando do primeiro amor
Sábado tinha dinheiro
Pra te levar ao cinema
Onde com medo pegava
Tua mãozinha pequena
Nossos castelos de areia
Sonhos perdidos no ar
Jogo de bola de meia
E um refrigerante no bar
E o resto da noite dançou pra valer
Se teus olhos me olharam fingiram não ver
No meu canto eu fiquei entre o riso e a dor
Lembrando do primeiro amor,Lá-rá-lá-lá-rá
A menina diz que sempre se lembraria do primeiro namoradinho, o menino não sabe se ela ainda o lembra,
“E no seu canto ele ficou entre o riso e a dor”.
(Ricardo Cardoso)
O nosso tempo tem pressa, o tempo de Deus tem perfeição. Não é preciso apressar o passo, mas aquietar o coração e confiar nos que te amam.
Gosto de gente simples.
Sem frescura.
Bom papo.
Olho no olho.
Abraço apertado e sem pressa.
Que arranca sorriso da gente
e aguarda a hora certa,
pra falar,
mesmo o que não
queremos ouvir.
Gosto muito
dessa gente...
Mesmo distante,
se faz presente.
Puxa uma conversa,
às vezes fiada,
mas sempre está ali...
Pronta pra querer ver,
falar e ouvir
E não tem vergonha de dizer
que saudade sentiu.
Gosto tanto dessa gente...
Mesmo de longe,
está sempre presente.
O sorriso imediato é voraz porque tem pressa de atingir o objetivo, de completar todo o conteúdo e consumir todas as necessidades
Sinto que algo me espera.
No momento certo.
Esse encontro não tem pressa.
Não sei o que é, onde está, nem como acontecerá.
Só sei que é pra lá que devo ir.
Ali pela janela era possível ver as pessoas caminhando devagar. Não pela falta de pressa com os compromissos ou de entusiasmo, mas porque escolheram apreciar a garoa cessar, a neblina se dispersar. Casais se namorando com os olhos e olhando as vitrines, na esperança do sol nascer. E se ele não viesse, tinha valido a pena diminuir o ritmo do mundo para sentir o compasso do coração. (Vida pacata - Victor Bhering Drummond)
Pra que essa Pressa?
pru mode nós anda meio apressado
inquieto, cabreiro bastante emburrado
uma coisa nos acontece
algo nos entristece
quando bate aquele estresse
ouve quem não quer o que não merece!
sem tempo de ouvir ou se quer admirar
as belezas que só a natureza nos dar
compreender o destino da vida
seja ela bem lenta ou ate bem corrida
então eu vos digo
pare pra admirar, você é morador, habita este lar
faça sua parte, a minha vou fazer
não adianta falar, tem que se mexer
uma simples atitude pode ser o motivo
para que tu consigas atingir o objetivo
viva na persistência, não perca a essência
prossiga com resistência, mantendo a coerência
não deixe ninguém te abalar
ou até mesmo desmotivar
o seu trajeto é você quem faz
erga a cabeça você é capaz
direcione energia de forma positiva
grite, sorria, chore, de preferência viva!
não deixe pra quando na morte beirar
se arrepender por um dia nunca tentar
por trás do espinho se esconde a flor
as vezes precisamos sentir certa dor
para entender e valorizar
as voltas insanas que o mundo dar
na estrada da vida somos passageiros
as vezes carona ora bagageiro
querendo ser feliz, talvez tendo sorte
pra que essa pressa? Se o destino é a morte!
Autor (Yuri Feitosa)