Pressa
Tenho pressa
de admirar
a brisa leve
do litoral tocar
a minha pele.
de sentir
a areia da praia
massagear os
meus pés,
meu bem,
tenho pressa
de não ter pressa.
Porque escrevo
Por que escrevo?
Se tenho pressa.
Pressa de ir, pressa de vir
Os pensamentos dissipam-se
Se estou atrasada, não consigo me acompanhar
Das idas corro, das vindas ignoro
De tantas idas e vindas enlouqueço.
A vida me busca e eu corro
De atraso basta minha ida
Nos sonhos imaginados paro
Reparo no caminho que deixei
Sem a pretensão de seguir
Corro para não desistir.
Você é a minha emergência
que faz com que eu queira
te amar sem nenhuma pressa,
com toda a melhor poesia
compilada, folga e a cada
dia tem me feito apaixonada.
Nada de pressa, nada de correria.
O tempo corre de acordo natural.
O que faço de bom, vou ter retorno no futuro talvez longo.
Plantamos hoje;
Mas colhemos num amanhã distante.
Hoje eu queria falar de pressa, da urgência que temos das coisas e de culpa – culpa por não querer protelar as emoções. Na verdade, nesse momento, quero me ater ao discurso sobre o amor, ou melhor, à urgência que temos de amar, sem nos preocuparmos com julgamentos. De tanto amar errado, percebi que estamos muito mal acostumados com os padrões. Por exemplo: se conhecemos alguém, e em menos de 24 horas sentimos vontade de casar com essa pessoa, nos culpamos, pois aprendemos que mostrar interesse rápido por alguém nos faz perder o respeito do outro, nos faz parecer franzinos. Se nos encantamos no primeiro encontro, e saímos por aí divulgando isso aos quatro cantos, com um sorriso de fora a fora no rosto, somos precipitados, imaturos, iludidos. E é sempre assim: para a grande maioria, relacionamento só dá certo se um dos dois se faz de difícil. Teorias que não passam de teorias, apenas.
Não tenho tido muita paciência para ficar na fila do “mais do mesmo”. Talvez por isso tenho pedido menos conselhos, lido menos livros de autoajuda e me comparado menos com os outros. Levantei a bandeira, joguei a toalha, entreguei as cartas, saí fora dessa redoma que acha que felicidade é produto, que pode ser fabricada, que tem fórmula pronta – fórmula da indiferença, da cara feia, do nariz empinado.
Queria muito entender porque damos tanta importância ao que os outros pensam. Isso é cultural, eu sei. Vivi assim por anos. O que me intriga é ver essa seita com milhares de seguidores fiéis – milhares de pessoas que deixam de dizer ‘eu te amo’ porque isso só se pode dizer com o passar do tempo. Acho isso tão cruel: abafar felicidade. Acredito piamente que temos mais é que dizer as coisas no momento em que estamos sentindo. Sufocar emoção dói, angustia, nos traz um falso ar de superioridade – eu disse ‘falso ar de superioridade`. Deixar de dizer o que se sente não faz ninguém mais forte. Não existem argumentos para essa defesa. O problema é que pensar assim, sozinho, é complicado. Se o outro não entende e prefere dar valor a quem se faz de difícil, a quem deixa o ‘eu te amo’ entalado por tempos na garganta, é natural que você balance, titubei, chore, perca forças…Mas uma coisa é certa:nada dói mais que mentir pra si mesmo.
Deixe que a vida te cubra com as horas, sem pressa, sem compromisso.
Faça de si mesmo um afago, um sossego, um cantinho de paz.
Permita se encontrar no seu silêncio.
Sinta o falar do vento ao seu coração.
Solte as rédeas do tempo e viva, como tem que ser, deixando a magnetude das surpresas te visitar.
Redescubra em si sorrisos que subtendiam uma felicidade serena,
Dessas que a gente descobre que tem quando Ama a simplicidade da vida;
Se pega amando o nascer e o pôr do sol,
ama estar ali,
respirando e se fazendo companhia.
"PRESSA"
De nada sei sobre agilidade no tempo.
De nada sei sobre ferocidade no agora.
De nada sei sobre inúmeras coisas e isso não me insatisfaz, afinal de contas o “não saber” é necessário para a busca do conhecimento...Então, existe razão na pressa exacerbada de ter resposta para tudo?.
Opto pela pressa preguiçosa, vagarosa e tranquila.
Opto pela satisfação de lições que se eternizam num tempo qualquer e intencional.
Opto pelo tempo eternizado em seus olhos castanhos.
Opto pelas atitudes e toques não apressados, acompanhados de sorrisos bobos e coloridos.
Opto pela pressa inexistente que adoro criar.
A gente vai aprendendo
Se desconstruindo
Para construir de volta
Sem pressa
Sem medo de errar
Tentando ser leve como a criança
Buscando o melhor com a maturidade
Vivendo um dia de cada vez
Com a certeza de que é agora
E tão somente,
Agora!
Que o necessário
É simplesmente:
Deixar fluir.
Recusar a pressa
Ele partiu dali de barco para um local deserto por si mesmo. - Mateus 14:13
Eles se autodenominam "vagabundos". O objetivo deles é visitar todas as 270 estações do metrô de Londres, o maior sistema de metrô do mundo, no menor tempo possível. O recorde mundial atual é de 18 horas, 18 minutos e 9 segundos. No processo, um veículo espacial percorrerá 245 milhas no “tubo”, percorrido 11 milhas acima do solo entre as estações e subirá 3.000 escadas. Desvios são irritantes e atrasos são intoleráveis. A hora do rush dura o dia todo.
Há momentos em que a pressa é necessária - estabelecer um recorde, vencer uma corrida ou salvar uma vida. Mas a pressa constante pode se tornar uma defesa contra a resposta às pessoas necessitadas. Quando ficamos obcecados com nossos planos, tudo em nós grita: "Nem pense em me interromper!"
Quem tinha mais motivos para se apressar do que Jesus? No entanto, ninguém respondeu às pessoas necessitadas com mais graça do que Ele. Mateus descreveu uma época em que Jesus foi de barco a um lugar deserto para um merecido descanso. Mas quando Jesus viu as multidões que O seguiram, "Ele foi movido de compaixão por eles e curou os enfermos" (Mt 14:14).
Sim, há momentos para se apressar. Mas também há momentos para aceitar interrupções como oportunidades dadas por Deus para ajudar as pessoas necessitadas. Vamos seguir o exemplo de Jesus.
Senhor, se estou me sentindo apressado hoje,
preciso de Seus olhos para me ajudar a ver
Que quando uma interrupção chega
É uma oportunidade. —Sper
Interrupções podem ser oportunidades para servir. David C. Egner
Não há pressa!
não há pressa...
quero que me venhas
com a leveza
e a suavidade
de uma pena.
traga contigo
a magia de luares
de auroras boreais
de ternas e cálidas
manhãs de setembro.
não há pressa...
Talvez..
Talvez o tempo passe tão de pressa e as coisas venham umas por cima das outras que as pessoas não conseguem perceber o que de bom há em volta.
Talvez um dia quando simplesmente perceberem, tudo aquilo passou..
Passou a vez daquelas pessoas que sempre estiveram ao seu lado, e só você não percebeu. Passou o tempo e você deixou de aproveitar as coisas simples mas que fazem toda diferença, enquanto se preocupava em agradar alguém, ou apenas por dar prioridade a coisas maiores, sem perceber que as vezes é nas coisas e nos gestos mais simples que mora a felicidade...
Apenas reflita!
O ócio que não é combatido com uma atividade criativa mata rapidamente os que não têm pressa de morrer e lentamente os que têm.
O FIO GUARDA A MEMÓRIA
O fio criando conversas
a gente sem pressa se põe a lembrar
Alinhava um afeto noutro
e nem sente o tempo passar.
As linhas que bordam o tecido
se encontram e se espalham,
criando aquela disposição genuína
para amar.
Almas se entregam ao tecer,
universos inteiros de saudade e saber.
Bordado é encontro,
onde alinhavo meus dias entre nós…
Uma bordadura de avesso, passados e presente.
Mãos que produzem efeitos,
decifram enigmas
Feitos de um fio encantado
para gente acreditar:
Bordado é oração.
O fio criando conversas
a gente sem pressa se põe a lembrar
Alinhava um afeto noutro
e nem sente o tempo passar.
Vejo pessoas por aí
Com pressa, agitadas
Ansiedade a flor da pele
Todas como títeres
Verdadeiras marionetes da sociedade
Trabalham, trabalham e trabalham
A mídia diz, gaste seu dinheiro
Compre isso, aquilo e aquilo outro
Sistema podre, uns cada vez mais ricos
E outros muito mais pobres, escravos
Me pergunto, quando a igualdade surgirá?