Pressa
Poema da sacola
A sacola carrega a mão
E um corpo acompanha
É tanta sacola
É pressa tamanha
Que ninguém percebeu
Que uma sacola
Se jogou do décimo andar.
Volte e vá de pressa
Reze a nossa reza livre no verão
Encontre quem te aqueça
Seja a natureza, mexa na canção
A velocidade e a pressa ira' te conduzir mais rapidamente a um lugar qualquer, mas provavelmente não sera' a onde deseja chegar.
Tempos líquidos, há pressa na intenção, com ações frágeis, mas tudo pode ser mudado com vontade quente.
Não se preocupe, não tenha pressa apenas tenha fé, esperança e positivismo confie seja qual for sua crença O que é seu, encontrará um caminho e chegará até você na hora certa.
Marco Antonio Amorim (Marco de Oxum)
Eu aprendi que mesmo quando preciso chegar mais rápido, a pressa só vai atrasar meus passos.
Ouvindo os pássaros aprendi que cantar encanta e que gritar só cala a minha razão.
Eu aprendi a dar o melhor de mim e que não preciso jogar tudo para o alto quando as coisas não saem como planejei.
Aprendi a perdoar, pois sei que sou errante e muitas vezes vou errar.
Eu, eu não brinco com sentimemtos, evito ferir, mas sem querer também posso machucar.
Sigo e vou seguindo, oferecendo flores, mesmo quando recebo espinhos e faço da vida brisa, um lugar bom, meu ninho.
Nildinha Freitas
Hoje eu vou sem pressa
E aceito o que me vem de ilusão
Uso um texto ensaiado
Com quem não faz revolução
Só por educação
Siga seu caminho no seu ritmo, em silêncio, sem alarde, sem pressa, com olhos focados no seu objetivo. Ignore outros à sua volta que passam correndo ou queiram ficar no seu caminho. Devagar você vai chegar lá e então o seu sucesso vai gritar alto.
Dia incomum. Dia de acontecer viagem. E acontece na leveza das ausências de pressa, bem vagarosa. Estrada de asfalto afora. Menino dorme, acorda, conversa - mais interrogações, que fala! Observa calado - olhos gigantes e atentos - tudo o que se passa. Estrada não acaba. Paciência se esgota! "Quantos quilômetros ainda, mamãe?" Ciranda de sonos e interrogações sem fim. Estrada se estreita.
Primeira parada. Máscaras nas laterais das portas do carro. Não pode esquecer. Tá no rosto. Inibindo o sorriso - não a vontade de correr pelo parquinho, pular no pula-pula, aproveitar minuto de parada e fazer o que toda criança ama: brincar. Fotos pra cá, pra lá, café e....estrada novamente. Alguns metros percorridos, corpo ainda acomodando nos bancos, e... sem ao menos se ajeitar: "olha lá o Chaves!" - mãe exclama quase quando carro se adianta! E assim nasce encontro entre Poeta e Poesia. Foi ontem. O Chaves.
"Uma escultura gigante do Chaves, imortalizado pelo ator mexicano Roberto Gómez Bolaños, deu graça e cor a paisagem cinza da BR-381 em Governador Valadares, no Leste do Estado. Sentado sobre um caixote, com mãos no queixo e olhar voltado para o KM 159 da rodovia, o menino travesso pode ser reconhecido de longe" - assim diz texto de internet.
A criação foi em 2015, e o Poeta, por motivos vários, nunca conseguiu visitá-la.
Sem ansiedades. De longe, admirava escultura enquanto carro abastecia. Quase num ritual...olhava, pensava como seriam as fotos. E lá estava, sonho simples e demorado... tão perto!
Seguir também é ficar. E algo permaneceu alí, na escultura. Registro não só de imagens. Na certeza de que tempo muitas vezes é só decisão. De parar...ver e seguir. E pensamento não perdoa memórias - bailavam na cabeça, estrada afora, entre intervalo do sono de menino e de mãe também.
É saudade das moradas infantis carregadas de memória...de uma geração onde a poesia estava nos pés descalços e nas brincadeiras de rua, longe do imediatismo das tecnologias... onde criança era criança sem querer saber do mundo, pois mundo era a própria imaginação. Saudades infantis pra serem lembradas e partilhadas...
Que a infância não morra em nós. Pra que nossos pequenos possam ter a ternura da infância com sua leveza.
Gratidão, Chaves. Gratidão, Bolaños.
Gratidão Faisal Homaidam e Evandro Caetano.
Gratidão por não morrer no Poeta a criança que um dia foi.
À todas as crianças que são crianças e àqueles que decidem nunca deixar de ser!
Ainda não é tão tarde para que se tenha pressa... Mas também já não é tão cedo para não se apressar.
Fiquemos atentos. No trem da vida a passagem é só de ida.
Ou você embarca, ou padece na estação.
O destino se encontra durante a viagem. O importante é embarcar.
Ps: Podemos ser o maquinista ou somente o passageiro. Mas isso não importa agora. Suba no trem.
(Carlos Figueredo)
Vamos correr sem perder a paisagem, sem pressa de ser feliz, sem o anseio pelo amanhã. Correr pro abraço, para o amor exagerado, pela vida que logo passa. Vamos correr e fazer cada minuto valer a pena.