Pressa
Pra ela, talvez eu seja burro,
Ou talvez eu seja um gênio
Compensa essa perca de pressa
Com falta de oxigênio
Nada de viver impaciente, querendo mudanças.
Temos que viver um dia de cada vez, sem pressa.
Cada minuto da vida é precioso, afinal a vida é um presente de Deus.
Uma mão estendida
Implorava por comida
Na pressa
Não me importei
São tantas almas assim
Ou são tantos corpos
Mas para essa
Eu poderia ter sido a diferença
Na volta
Procurei não encontrei
Sofri pela sua fome e meu descaso
Converso com vários
Um me disse que por amar a família
Se afasta
Não consegue parar com as drogas
Nem as bebidas
Vejo ele todos os dias
Com seus tesouros no carrinho de supermercado
Se banha na fonte, nas torneiras das casas vazias
Dorme nas áreas, bares depois que todos se vão
Esse ainda segue uma rotina
Outros mal comem a mistura da Marmitex
Jogam do lado ondem dormem e fazem as necessidades
Gritam sem serem ouvidos
Mas nem sabem o que querem
Uns são violentos
Outros transpassados
Nem reagem
A vida é uma escolha, ou será que eles foram escolhidos e acolhidos pela vida
É madrugada
Motos arranham o asfalto
Na loucura da pressa
O frio e vento
Assoviam para as árvores
Canções cruéis
E elas suportam
O frio congela a água
Que o fogo aquece
Sinto cheiro de café
Pura imaginação
São 3:36
Nesse momento
O Silêncio
Se faz silêncio
Escrevo invocando o sono
Ele não responde
Peço com carinho
Deixa eu dormir
Preciso dessa recarga
Sonhos venham
Embalem meu sono
A vida pode ser comparada a um jogo de tabuleiros. Jamais tenha pressa em movimentar suas peças. Mas quando o fizer certifique-se de estar mais perto de conseguir que levar o xequemate.
Viver à Pressa
Flor que nasce na primavera,
Olho para ti, pareces tão bela,
Cesso o meu passo para te olhar
Até à noite te procuro ao luar.
Flor que ignora as garras do tempo,
A hora não passa enquanto contemplo
A cor que não te envergonhas de ser,
Até quando o mundo não te está a ver.
Flor que só vive do sol e da chuva,
Ouves tudo o que o vento murmura
E guardas segredo como se tua voz fosse,
Em estranha humildade que me sabe tão doce.
Flor que aos meus olhos perdidos é pedra,
Já não és novidade que o meu olhar espera,
Mas continuas sorrindo na sábia certeza:
Não é do olho que olha a tua beleza.
Flor que me observa enquanto eu passo,
Os meus olhos para ti já não têm espaço,
Inebriados bebem do que não interessa,
Não sabem sentir porque sentem com pressa.
Flor que está ao longe acredita em mim,
Um dia terei força para voltar ao jardim
E perceber que mais vale cessar o meu passo
Que caminhar errante sem à beleza dar espaço.
Os dias passam
Com tanta pressa
Como os que se atrasam
Na corrida para o trabalho.
Eu quase não vejo
Que o dia acabou
Que outro começou,
E meus olhos nem
Um pouco fechou.
Que a planta morreu
Porque não tive tempo de cuidar,
Assim como os sentimentos
Que mudaram de lugar.
Tudo meio estranho
O que era desejo, mudou
E o que eu não queria
Ficou.
"O AMOR não se manifesta da pressa. Ele espera e pode chegar apenas depois, jamais atrasado.
Rudney Ventura
Que nossas melhores escolhas ainda sejam as feitas pelo coração, sem pressa... com amor.
Flávia Abib
É incrível como amanhece cedo nesta cidade. A gente já acorda na pressa, com caminhão buzinando, cachorro do vizinho latindo, radialista contando a extensão do engarrafamento como se fosse final de novela. Mais uma estranheza à qual a gente se acostuma, mas que não precisava estar aqui. Bastaria alguém e força de vontade. Bastaria dizer chega.
Um bom dia pra todo mundo! Eu não tenho pressa de nada, tô light, viu gente. Quem tiver pressa, peça licença que eu deixo passar.
Primeiro amor
Queria ter te visto moleca,
Corrido contigo sem pressa
Cirandando onde o tempo
Demorava a passar.
Queria ter tirado teus laços,
Embaraçado teus cachos
Tua boneca roubar.
Queria ter tido o gosto
Do teu primeiro beijo,
Ter sido teu sonho
Ter brincado contigo.
Passeado nos montes,
Embaixo do céu azulado.
Ter sido seu melhor amigo.