Preservação da Agua
UM MUNDO SEM COR
A água sem vida
O amor, a cura
Que sara tua ferida
Tudo é tão singular
Um afeto, um ser animal
E um poeta a escrever
Versos simples, para esquecer
O amor, quando se vai
Um recorda e se magoa
E esquece como era
E esquece como doía
Eu acordo todo dia
Queria que fosse minha
Aquela boa menina
Que imaginei um dia
Que imaginei um dia
E esse sonho já não era só meu
Se encontrou e se perdeu
E bebeu o próprio mel
O mel secou
E se reencontrou
No seu próprio amor
Serei eu a sombra de um passado gasto,
Um rosto desfocado na água turva do tempo?
Serei eu o vidro de um amanhã incerto,
Baço e quebradiço, perdido no vento?
Ou serei apenas a sombra de agora,
Projectada num vidro que mal se sustenta,
Um lampejo que nasce, respira e se evapora,
Como um reflexo que o silêncio fragmenta?
Sou eu a sombra ou sou o espelho?
Sou o que se parte ou o brilho que ensejo?
Água cristalina que banha
Os pés, a cabeça, a vida
Água de beber, de nadar, navegar
Precioso néctar da Terra
Fonte da renovação e do despertar
Traga de dentro de nós a consciência
A cura,fé, esperança
Mergulhados na límpida essência
Para nos renovar...
Saudações às ninfas d'água, aos elfos da floresta
Minhas reverências às bruxas da planície e as fadas da primavera
Um abraço fraterno aos gnomos da montanha e aos ciganos, de todo e nenhum lugar
Uma mesura grata à quem veio, vêm e virá
Que tudo e todos sintam-se abraçados,acolhidos e amados
Como deve ser e será!
Quando a trava da ignorância for finalmente arrancada de toda Terra
E o Amor reinar soberano, vitorioso na roda da evolução !
Quem nunca sonhou em viver numa ilha?
Florestas verdes, água fresca
Praias de areias brancas, flores perfumadas
Animais exóticos e frutas deliciosas
Uma ilha, solta no espaço
Nossa Terra , nosso nativo lar
Nascemos e vivemos em uma ilha
Essa é a profunda verdade...
Até hoje, ainda não encontramos outro lugar
Não há outro mundo para habitar
Este planeta lindo e único
É nosso presente e legado
Nossa raiz, futuro e passado
Vamos despertar , e com amor
Reconstruir tudo que , às cegas
Nossa desumanidade e ganância destruiu
Aprender a ver em cada folha da árvore uma floresta inteira, em cada gota de água um oceano infinito e em cada grão de areia a magnitude do Universo. Olhar com os olhos da alma e enxergar muito além... aí está um dos segredos da felicidade.
Não acredito quando dizem que num rio uma água só passa por ele uma única vez. Por isso questiono: a água que me mata a sede, quantas vezes realmente já matou a minha sede?
Não só sede de água, mas de tudo que existe, que existe para que eu exista.
E que existindo consuma o que me for dado como empréstimo para um existir que me faz cada vez mais vivo, mais eu.
Sem saber realmente de onde vim, para onde vou e porque me fazem estas coisas existir cada vez mais, vou sedento de vontade de consumir tudo o que a mim se apresenta, a fim de continuar essa minha saborosa existência.
Sempre acreditei que quanto mais próximo da água nos construímos como ser, menos doem as mazelas que a vida nos obriga a viver. Até vejo força naqueles que procuram ser rígidos e fortes como as pedras, porém não conseguem se encaixar em nada, pois jogam no próximo a necessidade de absorvê-los e tendem assim a machucar aqueles que estão ao seu redor. Da dó das pedras que não podem ser maravilhosas como as águas, porém o homem não é assim, é ele quem escolhe quem quer ser, mas destes também tenho pena.
Soneto ÁGUA NO SERTÃO
Quem foi que disse que não existe
Abundância d'água aqui no sertão
A seca braba aqui até que persiste
Com este sol arretado de quentão
Mas a água com toda força resiste
E se espalhando nesta imensidão
De céu azul e de gente que insiste
Luta, labuta e ama ver esse verdão
Que é verdade dura só alguns dias
Mas é sinal que há água no Sertão
De chuvas que ainda que erradias
Caíram no sertão formando bacias
Aguando a terra que alivia apertão
Trazendo esperança e vidas sadias
Você não precisa de exorcismo pastoral, nem de água benta, nem expulsão demoníaca, nem de ofertas, se apenas aceitar o estudo da Palavra de Deus para sua vida se tornar santificada.
Como Isaque que abria poços, encontrava água e riquezas com seu trabalho, assim é o homem que dá água ao que tem sede, distribui seus bens com os pobres, abençoados e sempre cada vez prósperos.