Presente Presentear
Dor.
A dor está presente em tudo,
Todas as fases da vida.
Não pode ser vista, só falada
E principalmente sentida.
Há dores de cabeça, do peito,
E aquelas que vem de dentro.
Mas com elas, a pergunta:
O que você tem feito?
A dor não é só sofrimento,
É também aprendizado.
Molda teu futuro,
Questionando seu passado.
Ela veio
Moça formosa
Me trouxe o presente
Cuidou de mim
Remendou minhas partes
Lustrou minhas asas
Queimou as correntes
Levou as desculpas
Iluminou meu caminho
Ela veio
Moça formosa
Fomos criados para viver no presente, mas a mente humana vive a maior parte do tempo no passado e tentando adivinhar o futuro. E vive muito pouco no presente.
É fato que em toda geração vai ter quem reclame do ''presente'' e terá esperanças que o futuro será melhor, e quando chega o futuro é constatado que o passado que era bom e o presente que antes era futuro parece ser ruim, ou seja, sempre há felicidade no presente, só basta querer ver. Era melhor se parássemos de reclamar e aprendêssemos com os nossos erros ou melhor, aprender a ser feliz. Pois a vida é uma só e reclamar para que? Se amanha nós podemos fazer tudo de novo de um novo jeito um novo lado...
Ai está o nosso presente: o “Dia de Hoje” que se renova em
esperanças, na certeza de que somos nós mesmos, os donos do dia, de
cada minuto que nos compete trabalhar, e por isso mesmo, o sol que se
levanta brilha para todos, mas é preciso que você saia da sombra e o
busque para aquecer seu coração para este dia seja mais do que uma
lembrança, seja inesquecível e para sempre, o dia mais feliz da sua
vida.
Acorda! O dia de hoje é o seu maior presente.
O tempo passa muito depressa, o hoje é presente, amanhã já será passado e as vezes a vida passa por nós, sem que tenhamos vivido. O que nos resta são as marcas do tempo.
Por meu campo perceptivo, com seus horizontes espaciais, estou presente em meu meio, coexistindo com todas as outras paisagens que se estendem além, e todas essas perspectivas formam juntas umas única onda temporal, um instante no mundo.
Todo malandro tem memória fraca, só é feliz no presente, no futuro se torna vulnerável, refém da verdade a ser revelada, se tornando um otário.
A estação se faz presente
Mas no vai e vem estás ausente
Deixando-me descontente
Gente que não é gente...
No olhar desesperado
A procura do amado
As lágrimas a rolar
Não adianta esperar...
O tempo se faz nublado
A chuva cai...forma enchurrada
Minha mente vazia...ja cansada
Não quer mais pensar em nada...
Paro...olho a multidão
O vazio da imensidão
Com o olhar já perdido
É melhor fitar o chão...
Essa busca desenfreada
Que se prolonga até as madrugadas
Resultou numa desvairada
Vida de busca...sem levar a nada...
Hoje estou insensível
No brilho dos olhos trago a dor
De quanto tempo procurei
Por um verdadeiro amor...
Paciência – um presente do tempo ou o pesadelo das horas?
“Um momento de paciência pode evitar um grande desastre; um momento de impaciência pode arruinar toda uma vida.” (Provérbio chinês)
Que virtudes há em se ter paciência?
Estávamos dentro de um universo só nosso, a barriga de uma mãe, onde imperávamos e éramos satisfeitos de imediato a cada sinal de necessidade. Nascemos como criaturas egoístas nomeadas homem e mulher. Queríamos mais, por isso rompemos a placenta no caminho da luz, para possuir a luz, o ar e o mundo, passamos a vida inteira a buscar mais e mais. Passamos então a descobrir – com muitas lágrimas e quedas, arranhões e surras, mas também com prazeres, sorrisos e delírios – que o mundo não gira ao nosso redor, nós é que precisamos para este mundo girar. Forçados a aprender que nem todas as nossas necessidades são satisfeitas da forma ou no momento exato que queremos, aprendemos que não adianta espernear, gritar, brigar ou chorar, mas sim exercitar a paciência. Na medida em que vamos crescendo e convivendo com outras pessoas, tão egoístas e idênticas a nós mesmos, percebemos que é preciso ser paciente para poder conviver bem na famosa sociedade. E enamorar-se, casar-se, reproduzir-se, ser feliz.
Paciência pode ser definida como o grande bem de nutrir o controle emocional, nunca perder a calma ao longo do tempo, por mais que esse demore a chegar. Versa basicamente sobre a tolerância a erros ou fatos indesejados. É a capacidade ímpar de suportar os mais sortidos incômodos e dificuldades de toda ordem a toda e qualquer hora e/ou em todo e qualquer lugar. É a capacidade de persistir, perseverar, permanecer em uma atividade abstrusa, tendo ação tranqüila, uma maneira equilibrada de se encarar a vida, acreditando que se alcançará o que se quer. É também esperar o momento certo para certas atitudes, é o aguardar em paz a compreensão que ainda não se tenha alcançado. É a aptidão de ouvir alguém com tranqüilidade, com atenção, sem ter a pressa que destrói o zelo. É a disposição de se deixar libertar da ansiedade. Ser paciente é ser afável, ser humanizado e saber agir com sabedoria e com educação. A paciência é a caridade quando praticada em verdade e em sua essência.
Penso que todas as virtudes pertencentes à paciência estão no aprender a ser alguém melhor quando se precisa esperar pelo tão famoso tempo, pelos dias passarem e pelas soluções da vida que simplesmente acontecerão diante da nossa existência. Mas nem sempre essa espera é tão simples ou doce. Só quem já esperou (ou espera) sabe o quanto é cruel tecer minutos cultivando paciência. Quem tem pressa para acontecer, muitas vezes não se importa em atropelar as grandes lições e causar acidentes quase mortais. Quem espera pelo futuro mergulhado na ansiedade do querer agir antes de poder agir, segue pelo caminho quase sempre mais extenso. Quem não conhece paciência de forma íntima, tende a encontrá-la das formas mais dolorosas e inesperadas. O fato diário é que a vida não pára e nem sempre se aprende paciência quando você olha no espelho e tem um reflexo envelhecido do que você deseja ainda ser. Aonde se quer chegar? Corre-se tanto para que? Por quem? O corpo, a alma, o coração vai agüentar? O mundo está apenas na sua primeira volta quando o sol bate a janela do seu quarto e, com certeza, no final do dia vai completar o seu giro ao redor do sol. Com ou sem a paciência! Teilhard de Chardin me fez pensar essa tarde neste aprender amargo de se conquistar paciência enquanto o sol se põe diante dos meus olhos, percebi que minhas respostas a essas perguntas também estão vagas demais por esses dias que deixo passar com tanta ansiedade, e que para colher doces frutos, melhor é cultivar paciência.
Quero não estar mais presente, quando fores visitar-me leve flores, um olhar triste e um ar de alivio. Não precisaras chorar sinta-se livre!