Presente Futuro
Depressão nos leva ao passado, ansiedade nos transporta ao futuro e as duas roubam nosso presente.
DV - 15/11/2020
mãe (in memorian)
A derrota ou a vitória determina o seu presente, mas, não o seu futuro. Pois, o futuro é o reflexo do que se aprende e do que se tira de lição do presente!
Viver o passado é roubar o presente, mas ignorar o passado também é roubar o futuro, afinal as sementes do destino são alimentadas pelas raízes do passado.
O presente é passado no futuro. Se você não viver o presente, nunca chegará ao futuro e nem terá passado.
Viver a plenitude do presente só é possível quando se entende que o futuro é incerto e que o olhar para o passado só serve como referência e não como uma penitência.
Tem dois momentos em minha vida que sempre tento viver: o presente, quando tudo está bem e o futuro, quando o presente está mal.
Tenha Fé nos seus sonhos; olhe para o Futuro e diga: O meu presente eu vou viver melhor do que ontém, para que o amanhã se torne mais iluminado.
O futuro é construído no presente, mesmo que
o presente esteja muito difícil. Aliás, essa é a maior
justificativa para se trabalhar por um futuro melhor.
Seu passado, seu presente e seu futuro depende exclusivamente de você, se você acreditar que consegue ou que não consegue, não se preocupe, de qualquer maneira você está certo.
Vivemos pensando em viver melhor no futuro e não vivemos de maneira proveitosa no presente. Quando chegamos no futuro, fazemos as mesmas coisas que fazíamos no passado, porque achamos que o futuro não é a soma dos momentos presente.
A avó e o Menino
A avó não tinha presente e tão pouco lhe vinha o futuro.
Vivia de si, num tempo em que os dias, só lhe prometiam o passado.
Pela manhã cantarolava cantigas de roda.
A tarde pedia chá e se ria sobre coisas desacontecidas.
Quando a noite lhe vinha, adormecia falando com invisíveis olhares.
Não tinha a estética da memória.
Seus ouvidos acordavam lembranças do sentir.
Suas mãos continham a fermentação das horas.
Seus braços acolhiam porções de vida refluídas.
E de si apenas se ouvia o balbuciar das palavras.
Assim, vivia sob o cuidado das crianças,
Que em certas ocasiões lhe contavam estórias.
Como aquela de uma sábia anciã,
Que para não morar com o tempo findo,
Decidiu torna-se novamente alguém para ser inventada.
Foi assim que numa fração, antes de partir, disse ao menino:
- Descobri que és tão grande, que não pude de ti, ausentar-me.