Presença da Ausência
"Encontros"
Percebi minha infinita distância quando cheguei. Tua presença se ausentou e minha ausência não foi notada. Descobri que estava longe de ti, quando sua casa tornou-se um lugar estranho. Já não sabia mais quem o que buscava. Um estranho falando línguas, que de idioma não entende nada. O vazio é mais cortante que antes do inicio, quando seu reflexo brilhava em meio a escuridão. Sem palavras, não consegui conjugar o Verbo. Sendo um presente abstrato e um único futuro certo. Relembro memórias distantes, de uno e trino, faz-se um cálculo perfeito. Três, nunca foram de fato três, mas um. Perfeição divina!
Aos poucos busco encontrar-te ouço uma voz como de um coro algelical, dois não se faz, quando um é suficiente. A sua que também é minha presença, inunda minha já desgastada alma pelas ondas que bruscamente impulsionam meu corpo para perto do Pai. Não o pai Criador, mas o Pai do Verbo!
A jornada esta próxima do final quando ouço a campainha soar, o silêncio da sua voz me faz entender que estou no lugar certo, mesmo não parecendo. Deixo sua luz dominar meu espírito, tomando um cálice de dor, um pão de dúvidas e uma hóstia de eucaristia que, cá pra nós, nunca foi barata.
Entre palavras e sons, permito encerrar minha carreira e guardar o que dizem ser um dom...
Se estás aqui, não te vejo, mas, minha natureza que vem do terceiro, isto é, Sete, me fala que continuo no lugar certo e que como uma fada azul, vais na mais remota das possibilidades, me encontrar. Quando na verdade, um encontro de três com três. De um com um!
Vinde a mim, e eu vos aliviarei...
Meu anjo distante,
Que a presença te faz
Que a ausência refaz
Por poemas imortais
Do grande céu azul
Azul que cobre nós,
Amanhecer em teus seios
Deitar em seus lençóis,
Amanhecer com seu esplendor
Que as asas me protege
Me leve para o Azul celeste
Meu anjo distante, do amor.
Meu anjo distante
A noite incomum,
O olhar, um a um,
Completando somente em um ser
Quem sabe talvez
Que seu sorriso possa estar
Em meus lábios
E meus lábios ao amar
Meu anjo distante
Tão perto amante
Que possa sentir dentro de Ti.
Douglas Almeida Vergilio
A certeza de ter a convicção e tão grande quanto à presença,
que nos da à ausência da verdade.
Pelo desejo imenso que temos de transformar tudo,
que desejamos como a prova da verdade.
Me ausentei tanto de mim,
estando presente para você,
que acabei esquecendo
do meu eu.
E hoje à única coisa que se faz
Presente, é a tua ausência
Mesclada com a minha.
Excesso.
Ausente - Presente
A dor causada pela partida de uma pessoa estimada nao é proporcionada pela saudade. Mas sim pela incerteza de saber para onde foi e com quem está. Sofremos nao por que o outro se vai. Sofremos sim por ver uma imagem a menos no espelho.
Junto com você, vão-se minhas promessas e meus segredos.
Nao estou falando de alguem que realmente morreu. Afinal de contas, nao é preciso morrer para entao sumir.
Estou falando de um ausente que, de tao ausente, se faz presente.
Meu parente amado. Tu te tornastes, ao fim, um ente-querido ao me deixar de lado.
-Ordep
Presença Ausente
A tua ausência é o sabor amargo da solidão...É o vazio do silencio que destrói o meu coração.Já a tua presença é a magia, o encanto da felicidade...É o fogo da paixão reacendendo a vida em sua totalidade.A tua ausência é a presença da minha infelicidade...Mas é a tua presença que ausenta esta triste realidade.
O amor e a dor, jamais caminharão de mãos dadas. Porque a dor, somente se faz presente, na ausência do amor.
Ausência de corpo presente
Indiferentes, dançavam a pavana,
Enquanto o tempo dócil se evadia,
Sufocados na fumaça de havana,
Na corrente que a vida esvazia.
O grupo, que a angústia despistava,
Exangue e desprovido de ideal,
De Moscou, Pequim ou Bratislava,
Vivia o seu próprio funeral.
No quarto de estátuas, salpicado
De tédio agudo, expressão final,
Estavam lá, sem nunca ter estado,
Reféns de uma coluna social.
O denso vazio da conversa
Estampa o ócio na fisionomia.
A sarabanda que atrai, perversa,
Nos cérebros sem uso, a apatia.
Esperanças, na entrada abandonadas,
Procuram a lembrança passageira
Das ilusões sempre acalentadas
No vácuo da mente hospedeira.
Ganhar batalhas sem ganhar a guerra,
Tragados por insossa calmaria.
E descobrir que entre o céu e a terra,
Há mais que uma vã filosofia.
Não há revolta nem ressentimento,
Nessa desordem quase vegetal,
Mutismo sela o arrependimento
No leito de Procusto sideral.
A densa bruma altera o semblante.
Escravo é da verdade o corifeu.
A voz do coro congela o instante:
Baldada a morte pra quem não nasceu.
Prisões cósmicas são o cruel destino
De ilusões no limbo da razão
Fica a procura: mero desatino.
Da finitude, singular refrão.
Resume-se, ó mundo putrefato
Do anódino, do vil, do rotineiro,
Na ignorância deste simples fato:
Entrega vale, se for por inteiro.
O passado é presente, já que o presente é do passado, porém o futuro permanece ausente, em meio ao que está do meu lado.
Sua presença ausencia a minha razão
Sua razão desbota minha emoção
Sua emoção ofusca meu sorriso
Seu sorriso amplia meu caminho
Seu caminho acalma minh'alma
Sua alma, por vez, completa o nosso quebra-cabeça
E quem dirá que isso não é amor?
"É compreensível que a realidade doa e o medo esteja presente na ausência de tentativas, julgamentos ou da evolução da vida, mas é preciso que a experiência os domine.''
Espero que na minha ausência você enxergue o amor, a presença, a alegria e meus sorrisos quando olhava pra você!