Presa
Só seremos caçadores hábeis, a partir do momento em que nos despusermos a enfrentar a presa com destreza.
Os meus sonhos perdidos
no abismos da minha cabeça.
Eu tento esquecer,
mas não consigo
Queria esquecer
acho estou presa.
Esqueço que tenho asas para voar e por isso vivo presa as minhas transloucadas idas. Se um dia fui terra não lembro. Minha alma arde em chamas pelas verdades em busca do Eu esquecido em algum lugar.
Talvez eu não seja sábia o bastante para entender a vida .
Uma estacão de embarque e desembarque .
Uns chegam ,outros partem ,uns voltam ,todos por escolha própria .
Cada qual com sua bagagem ,cada qual com seus projetos e planos .
Uns choram outros cantam .
Alguns perdem o olhar na paisagem ,outros se distraem olhando as pessoas .
E claro alguns apreensivos com medo de que o trem chegue e eles o percam ...
Mas os jovens ah !! esses jovens !! ... mochila na costa , cabeça cheia sonhos .violão na bagagem e na pele uma tatuagem escrito o nome da mãe ,,,
Partem pra terra distante em busca de saberes prazeres ,aventuras e independência .Nem bem reparam os velhos com suas botinas velhas bagagem pesada ,e um certo desencanto .
O sol que queima a pele é o mesmo que aquece o sonho ,a lua clareando a noite é a que escreve as ilusoes ,e cada estrela desce pra fazer do sono dos jovens o descanso doce e terno pra que a força da vida os leve adiante .
A mae no fogão chora de saudade ao fazer o prato preferido ,e o pai orgulhoso ,conta aos amigos as aventuras e conquista do jovem filho desvendando a vida .
E segue a estação ... crianças no peito da mae se alimentam , mães puxam filhos pelo braço em passo apertado enquanto o irmão mais velho se preocupa em beliscar o pequeno ,
E a vida segue ,o menino do peito será o moço da estação amanhã .
A jovem do guiche já nem é mais jovem ,e corre nas tarefas diárias e no auxilio aos filhos na lição escolar .
E a vida segue ....
O embarque o desembargue a vida que vem, o sonho que passa .
A mae que chora copiosamente em cima de um corpo inerte frio e tão amado do filho que a morte sem razão sem piedade lhe arrancou das mãos . No canto a mochila ,o violão, ao vento os sonhos ,os planos perdido na poeira da estrada não percorrida .
Um grito silencioso de fracasso cobre o rosto de um pai ,e os irmaos ,já não sabem se acreditam na vida ,ou se perdem na ilusão .
Na casa um vazio ,uma foto amarelada ,uma vela acesa ,flores ,e lagrimas caindo como se fossem remédios pra alivio de da dor .
E a estação ??? na estação rostos ,sonhos ,jovens velhos a moça do guiiche, o trem apita na chegada ,apita na partida e o ciclo continua ...
Mas a mãe presa na dor pede a Deus a morte pois ser forte já foi ,já é !!!
Mas ser forte também cansa pra quem esta se afogando em lagrimas... ....edm@fcosta
Ser mulher, e, oh! atroz, tantálica tristeza!
ficar na vida qual uma águia inerte, presa
nos pesados grilhões dos preceitos sociais!
(in “Cristais Partidos” 1915.)
Lama, lama; ferro,ferro
Aí você olha para trás e só vê lama... Muita lama!
E corre, corre, corre... Corre o mais rápido que pode.
Seus passos parecem lentos, facilmente suplantáveis!
Você sente que a qualquer momento será alcançado,
então corre ainda mais rápido. Corre sem olhar para o passado.
Porque só tem aquele instante de segundo para se salvar.
E todo o resto, naquele exato momento, não importa.
De verdade, não importa!
Não importa quem errou e de quem é a culpa,
se você não sobreviver para contar a história.
Enquanto corre, vê o vulto das árvores tombando a seu lado
e os pássaros em revoada esquivando-se de toda aquela desgraça.
Vê, vê não! Escuta, sente, se aterroriza... Sofre.
Sem poder reclamar ao perceber os passos dos seus amigos de infância
(atrasados na fuga repentina), sendo engolidos um a um pela lama
e subitamente silenciados, sem chance ou possibilidade de defesa.
Vivencia o angustiante desespero momentâneo
que invade e toma conta de todo o seu corpo instantaneamente,
fazendo acender ao mesmo tempo sua gana pela vida.
Vê a vida inteira passando bem diante de seu nariz e imagina...
Se será essa, a sua última chance; se será essa, a sua última vida.
Da lama ao caos, em segundos de desespero, você se salva
e ainda torna-se expectador primeiro de todo aquele pesadelo.
Antes, impensável! Agora, exemplo de como o homem tem sido cruel
e desumano consigo mesmo, com seu semelhante e com a natureza.
É o bicho homem (irracional) sedento por mais capital,
cego para a vida humana, predando cruelmente tudo que tenha vida (ou não).
Presas encarceradas às margens de uma represa (de rejeitos, de maldade),
Aguardando o bote final, o momento derradeiro de serem vitimadas.
E se a montanha tremer novamente é melhor estar preparado!
Para correr pra ruas com cartazes e organização, mobilizando, mobilizado
travestido de predador, não de presa, de leão.
E é melhor levar junto consigo uma manada,
um bando de gente informada, que briga com a faca nos dentes,
contra toda essa gente que mata e destrói, consome e corrói por dinheiro.
Molotov's e resistência, talvez sejam necessários em algum momento.
Quando tudo isso passar e você estiver a salvo no alto do morro,
antes mesmo de a poeira baixar e as máquinas voltarem a operar
- em seu modo mais embrutecido,
verá que o monstro ainda tem muita fome e não pretende se calar.
Verá que os mistérios de Minas Gerais se misturam com o dinheiro sujo
do minério extraído das montanhas,
transformadas num piscar de olhos em pó, todos os dias, há anos.
Verá que antes mesmo de a vila se refazer o monstro migrará em silêncio
se mudará para outro sítio, em busca de mais minério
de mais dinheiro de mais vidas.
Sem se importar com a natureza, com as pessoas, com suas memórias.
Gosto de olhar minha presa bem dentro dos olhos,e em fração de segundos,imaginar todas a formas possíveis de ataques que ela pode estar planejando contra mim,mim ser índia precavida!!!
Me sinto presa fácil quando o assunto é o amor, mas me sinto um leão quando o assunto também é o amor.
Que na presa de seu olhar, não dispa meu traje, mas sim a carne por este corpo que esquenta minha alma!
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