Prefiro a Verdade
Prefiro a ariscar no amor, viver de verdade. E se depois vier a dor, que seja, ao menos tive um pouco de felicidade.
Quando eu disse que achava que era amor, na verdade eu tinha certeza. Mas eu preferi guardar por vergonha, cautela. Ah sim, amar é algo vergonhoso e humilhante. O amor é uma quebra do orgulho humano. Te deixa submisso, exposto e aberto a conturbações emocionais e psíquicas. Me mantive trancada por dentro com a certeza de que ser fria era o certo. De que agir com a razão iria me manter no comando de mim mesma. E eu me fechei. Eu me fechei tanto que você foi embora. Você foi embora sem eu nunca ter tido a chance de te olhar nos olhos e dizer o quanto eu o amo. Ah não, eu nunca disse a ninguém, queria te-lo dito a você.
Como sempre digo: prefiro ser uma amiga chata e falar sempre a verdade, do que ser uma pessoa "boazinha" e ser totalmente falsa.
Verdade é bom e todo mundo gosta
Devem existir exceções
Pois há quem vive de ilusões
Prefiro ouvir do outro a verdade
Do que descobrí-la sozinha
Porque quando descubro sozinha
É o outro que não é mais verdade...
A princesa também sente, chora, sofre,
Sonha e ouve não
Eu prefiro a verdade a essa discutível perfeição
"Prefiro o amargor da verdade do que a doçura de uma mentira. Pois, de todas as vezes que senti o amargo da verdade, me tornei mais sábio, mas a única vez que senti o doce da mentira, me tornei um tolo."
E eu prefiro a verdade.. sempre a verdade .. não me iluda, não me engane, não se esconda em máscaras coloridas e versos decorados...
Não se sinta pressionado.. eu te entendo!
Eu prefiro amargas verdades, eu prefiro a verdade nua e crua... Mas não me iluda, não me enrole!
Eu prefiro saber onde eu piso, onde eu vou, onde estou depositando minha alma... Sorrisos largos, falsos e estranhos não me encantam... Então se não for recíproco a verdade dos meus olhos... Se afaste!
Se eu conseguisse me expressar de verdade, mas preferi manter minhas doces melodias presas na garganta...
Se eu tivesse coragem de dizer que o problema não estava em mim, mas em você, será que o destino ainda guardaria um “nós”?
Agora, esse presente vazio não é suficiente para me afastar. Todos encontram o amor, menos eu.
Deveria lutar por isso ou apenas deixar para lá? Deixar o desespero vencer ou virar esse jogo?
Será tão simples quanto uma partida de xadrez? Só queria respostas para minhas perguntas, mas tudo parece fora de alcance.
Minha rima é fraca, meu ritmo é confuso, não acerto nada.
Talvez seja hora de recomeçar com louvor, de deixar as crises e os pesadelos no passado.
Ninguém jamais tentou me conhecer de verdade, e agora meu coração hesita, enquanto vejo meus planos desmoronarem.
Mas eu vou tentar. Mostrar a alguém que eu valho a pena, fazer com que ele fique, que não desapareça da minha vida.
Vou esperar em silêncio pelo momento certo, fazer acontecer. Ou será que não dá mais tempo?
Vejo ele se afastando, deixando o meu campo de guerra. Tento distrair minha mente com livros, músicas e poemas, mas nada é suficiente.
Parece que não aprendi minha lição, mesmo repetindo esse ciclo infinitas vezes.
Alguém me disse uma vez que manter o amor vivo era a parte mais difícil — mentira descarada.
Se tudo foi um teste, será que falhei?
Não me lembro mais da melodia do carro que passava nas madrugadas, quando a paixão ainda ardia.
Sou incompreendida pelo mundo, e tudo à minha volta se torna irritante.
Que mundo medíocre e banal é esse em que me encontro? Será que o problema sou eu?
Se todos encontram o amor, e eu continuo aqui... não tem mais jeito, não é?
Agora estou presa em um vagão de trem sem direção, seguindo trilhos diferentes e carregando relatos irrelevantes.
Se ao menos eu pudesse voltar no tempo, não seria tão ignorante.
Amor não é para todos. Isso, pelo menos, já compreendi.