Prédios
Vida,
Palavra que assusta
Palava que é injusta.
Pessoas más,
Prédios desmoronando
Sangue jorrando
Bem abaixo do nosso peito
Triste ou feliz
Lutamos contra a vida,
Nos obrigamos a sair da cama
Cantar uma canção
Apenas para tentar viver
Com determinação
E agora,
Um brinde a ela
Que nos traz lições
Mas acima de tudo,
No carrega até o Pai de todos
Deus.
“A grande cidade que que se formou com seus prédios imponentes, servindo de paredões e se esquecendo do passado que se encontra ao fundo, pode ser esquecido ou nunca imaginado por alguns, mas por mim jamais, não podemos nunca esquecer nossas origens, sem origens somos uma árvore sem raiz, fácil de ser derrubada”
Quando estive em Nova Iorque, achei aquelas ruas tão cinzentas, com aqueles prédios imponentes que davam uma beleza diferente, mas que me deixavam sufocado. Ainda bem que ali fiquei pouco tempo. Me apaixomei mesmo pela velha roma, tudo muito lindo, demorei bastante ali. Viajei por muitos lugares, mas, Quando estava gostando e me apaixonando, o livro acabou.
Ler é mesmo uma viagem!!!
Areia, água, céu, pessoas e prédios.
Uma ponte no meio, uma pitada de enquadramento, e a foto está pronta.
A receita da vida também é assim, pegue as coisas que tem e distribua de forma adequada e tudo ficará melhor. Querer incluir coisas que não dispomos torna tudo mais triste.
São tantas pessoas
São tantos carros
São tantas ruas
São tantos ratos
São tantos prédios
São tantas casas
São tantas pombas
São tantas asas
São tantos lares
São tantos mendigos
São tantas segundas
São tantos domingos
São gentes descalças
São saltos altos
Essa é a cidade
Essa é São Paulo
As folhas caindo
Os prédios da cidade
O cheiro das padarias
As manhãs de sábado
Ainda consegue se lembrar?
Não seria legal se você estivesse lá?
As crianças brincando na rua
Os almoços na praça
Os jantares românticos
As noites iluminadas pelos olhares
Tudo perfeito, eu acho
Não seria legal se você estivesse lá?
A mitologia greco-romana não morreu, ela se transformou com os prédios e a urbanização. Seus protagonistas são nossos vizinhos moram em apartamentos e vivem como nós: amando, lutando, sofrendo, sorrindo...
Vai lá e encontre um cara que te faça enxergar estrelas nas luzes dos prédios. Uma menina que encoste o rosto no seu, só para sentir sua respiração. Um barbudo que te olhe fixamente nos olhos e te deixe sem graça. Uma mulher que não corte suas asas, nem que esfregue na sua cara que o mundo real é melhor que o seu inventado – alguém que pegue carona nas suas utopias e ache isso a coisa mais incrível do mundo.
Coração pichado
Eu ando e vejo por aí, vejo muros, vejo prédios, pequenas e grandes construções, vejo muitas pichações
Na verdade é o retrato fiel, rabiscado, borrado, pichado dos corações de muita gente, que já se misturam com suas próprias pinturas
Como na grande Cidade, a limpeza se faz necessária, será preciso muita tinta para alvejar e clarear
Para atingir um alto grau de clareza, para recuperar toda beleza, só vejo uma solução!
Nas paredes somente tintas já resolve. Nas pessoas só colorir não adianta, tem que arrancar o escuro da alma, clarear os pensamentos, para tornar límpido e cristalino
Voltar a ser criança, coração novo em folha, um ser humano transparente
Pintar com cores alegres os muros que dividem os corações, se livrar de antigas pichações, quebrar as barreiras, derrubar fronteiras, repintar as nossas vidas, retornar a tonalidade que no tempo ficou esquecida
Em prédios, elevadores, casas, lojas, ruas, muros...vivemos cercados de câmeras, escutas, gravadores... e temos que nos habituar à desagradável sensação de sermos vigiados.
A grande maioria dirá "é por segurança"...
Mas que triste constatar que todos, sem exceção, estamos
cada vez mais reféns do que se alastra para a vida em geral...
Em qualquer situação tornou-se um hábito julgar que o outro é
pouco sincero, nada confiável e muito suspeito,
quando o ideal seria julgar apenas ante a constatação
da falha ou do crime.
Cika Parolin
Estou pairando pelos prédios.
Faço parte dessa cidade.
Nascido, crescido.
Minhas cicatrizes não se fecham facilmente.
Não tenho feito muito para que elas fossem cicatrizadas.
Mas continua lutando.
Essa luta sempre foi minha.
Eu sou o único que pode vencê-la.
Um dia essas cicatrizes se fecharam.
Mas até lá, irei sangrar bastante.
Caminhando pelas ruas de Venceslau
observo, atentamente, pessoas, animais, pássaros,carros, prédios, casas, ruas, avenidas,estudantes,maritacas...
Mas o que me chama atenção
é um aparelhinho:celular.
Pois os fatos mais banais se tornam urgências "eminentes". Será que o Criador sussurra o décimo primeiro mandamento on line?
COISAS DA VIDA
Uma velha escada de ferro.
Prédios caindo aos pedaços, abrigam pessoas abandonadas ao próprio destino.
Em meio a este caos urbano,
com seu azul imponente, o mar, ao longe, testemunha a desordem e as contradições daquele lugar.
O ar fresco e agradável de uma tarde no fim do outono,
a paz e a discrição tão cúmplice de quem busca a solidão,
torna o ambiente propício para momentos de confissões sofridas, entregas inesperadas e lágrimas que aliviam a alma.
Duas pessoas praticamente desconhecidas, compartilham uma cumplicidade, vinda não se sabe de onde.
Há um entendimento entre as retinas que dispensa explicações.
Os olhos buscam-se a todo instante, ao mesmo tempo que repelem-se, tentando não sucumbir ao desejo de um contato físico acolhedor.
A relação entre eles, é de quem busca um refúgio emocional, um lugar para se esconder da rotina diária que consome tempo e saúde.
Buscam entre sí um pouso, querem descansar a cabeça da ciranda da vida, que por vezes tira todas coisas do eixo, com o único objetivo de colocar tudo no seu devido lugar.