Prédio
FILHOS DO MEDO
A morte é um tédio
Como o cair de um prédio
O destruir de um império
A morte é mistério
Consequência da vida
Um caso sério
Mistério do cemitério
Lugar onde os homens são iguais a tempo inteiro
Não há grandes nem quem seja o primeiro
Nem há ricos ou quem seja prisioneiro
Lugar onde a justiça é para todos a tempo inteiro
Um prédio velho após restaurado vira patrimônio histórico...
Um móvel velho vira relíquia de museu...
E quanto mais velhos alguns objetos, mais valorosos eles se tornam...
Nós não, quanto mais velhos, mais restaurados na plástica, mais monstruosos nos tornamos,
mas vamos sendo deixados de lado como mobília sem uso, e mais vai se perdendo o valor de mercado.
Eu tenho um vizinho no meu prédio que era louco. Gritava, discursava e xingava nas horas mais impróprias... Levou uma multa e está curado!
Poema: a culpa de um prédio
Sejam todos bem-vindos ao poema: a culpa de um prédio.
Sou um prédio cinco estrelas.
Perdão um hotel cinco estrelas.
Todos usufruem, desfrutam da minha beleza.
Não há quem resista aos meus confortos.
Aqui já desfrutaram as mais belas celebridades.
Sou o melhor, o mais sofisticado prédio que já existiu.
Mas o que ninguém sabe é que, culpo-me todos os dias.
Tudo que se pode imaginar nos solos hoje em dia é somente concreto.
A floresta não existe mais,
As pessoas também.
Todos que me admiravam não estão mais aqui.
Estão desprovidos de vida.
Eu continuo belo, com um pouco de poeira.
Mas do que adianta ser o mais belo para si mesmo?
Sem poder compartilhar o melhor de si?
Pena que não pude falar,
Pois fui destruído por máquinas enormes.
Ainda tenho medo de elas um dia me derrubar.
Queria saber de onde elas vieram.
Mas só vim acordar quando já era um prédio.
Sinto falta dos seres humanos,
Pois tenho a certeza que eles não iriam permitir
As máquinas fazerem o que fizeram conosco:
Toda uma floresta tornou-se concretos.
Caso existir alguém vivo ai
Venha-me visitar, pois estou muito solitário.
Voltem sempre.
Eu gosto do impossível!!! Suba num prédio de 100 andares e desligue o elevador...Não me chame da janela do primeiro andar!!!
Cair de uma Flor
O homem urbano, no concreto
pulou do prédio.
O homem se foi.
Quis adocicar a essência.
Ele se foi por isso.
Partiu para sempre.
Afundou no buraco que caiu.
Buraco ele deixou, há muitos
na rua, na vida nem se fala.
Levou almas, lágrimas,
elas preencheram a cova
que ele formou.
Seu peso na vida foi grande.
Penosa estrada curta.
Era jovem, 17 anos.
Homem de nascença,
menino de idade,
criança de ser.
Ah, como todos nós
somos crianças.
O edifício era comprido,
tocava o céu.
Por entre as escadas
ele chegou às nuvens.
Nuvens onde dança anjo,
escorrega na chuva,
que molha e revive.
Nasceu de novo, graças as gotas
que caem pouco a pouco ao chão.
Tocam pessoas restantes,
bebem dessa água e se nutrem.
Partiu o homem, todos irão.
Todos ficam aqui, ali, lá.
Bem ao longe, eu vejo o homem,
todos os outros homens que se guardam
e sofrem. Pelo mundo ser sofrido.
Não mais restam olhos.
Boca se foi, saliva secou.
Abraço foi só em uma caixa.
Descida na terra magra e seca.
Seca com verme, seca com dor
tanta dor.
Encharcada por saudade.
Deixada por medo
Foi para sempre.
Não mais volta.
Claro que volta!
Volta no sentir,
na falta que faz
Nas lembranças nas quais
nunca se vão.
O quadro vivo
Eu gosto de olhar pela janela do quarto.
A janela alta do meu prédio
e olhar.
Ofusco-me nas luzes horizontescas
pitorescas da noite sublime,
distantes e borradas de rímel.
A agonia começa no cômodo
de cunho pensante.
As luzes lá da frente não se apagam
aqui as paredes se esfriam
cada vez mais
cada vez mais necrosadas.
O olhar alcança a floresta tempesteira por raios,
logo atrás dos borrões nos postes,
da torre da igreja crucificada,
dos borrões amarelos ambulantes,
os da ida e vinda
os da volta e partida.
Alguns piscam, outros param,
muitos voltam
(Esqueceram as chaves de casa, a camisinha, o próprio aniversário)
Os pneus queimam o asfalto,
sinto cheiro amargo,
deve ser a torradeira avisando que o sol apareceu
e que eu esqueci de dormir,
deve ser de manhã, o sino vai tocar
e eu permaneço olhando pela minha janela
com meus olhos pintados por lápis preto,
ambos em volta preenchidos pela cor viva
o negro.
Durmo sem saber que horas são,
não sei, porque ainda não dormi.
A louca .
Eu, a louca. Trinta chamadas no seu celular, e fui pra porta do seu prédio esperar você chegar. Uma tatuagem depois do fim, como prova de amor pra ver se você voltava. Ás três da manhã eu corri atrás de você, porque eu não ia permitir que você me abandonasse sem fazer isso olhando nos meus olhos. Uma surpresa, eu na porta da sua faculdade com frases decoradas e um convite suspeito pra depois das nove (você ficou com medo de ir, porque pensou que eu fosse te matar). Medo de mim, até eu tenho. Mas pera aí, menos.
-Tu é pessoa mais louca que eu conheço
-Louca não, a mais apaixonada.
Eu sento no seu colo em pleno hall do hotel pedindo pra você não ir embora.
- Eu faço qualquer coisa por você.
- ...
Olha só, ele não sabe o que dizer, e eu com tanta palavra entalada só consigo repetir o que ele já sabe, que eu, sou só, apenas, nada mais que, a louca.
Vou deitar no terraço de um prédio para olhar as estrelas e comparar a distância delas com a sua de mim!
Toque a campainha
Estou em um período onde ainda não delíro a olhar pela janela,
E ver os prédios.
Tudo que queria era pirar, endoidar, encalunizar, mortalizar,ditar...
(momento de desordem na mente,
isso que desejo)
A vida é como um prédio. Se no começo não for feito certo, no fim desmoronara. Ou continua inteiro não por força, mas por sorte.
Avistei meu prédio, agracedi a carona e a companhia. Dei um tchauzinho acanhado. Desejei que você estivesse me esperando no portão. Desejei ver teu sorriso de recém acordado. Minha casa estava vazia, em silêncio. Primeiro tirei os sapatos, para não fazer barulho. Fui me desmontando aos poucos. Vesti a calça do pijama, uma camiseta. Fui me olhar no espelho. Eu trazia um olhar cansado, fundo, borrado. Quis que você aparecesse nesse momento. Quis ouvir tua voz. Por um segundo apertei os olhos e imaginei tua figura descontraída. Conformei-me por fim.
O futuro não deve ser um pacote de ansiedade que você como com coca-cola mas, um prédio que você constrói com amor atenciosamente no presente.
Enquanto escrevo e penso na nossa conversa há pouco, os homens do prédio ao lado já chegaram ao primeiro andar. As mulheres se foram e nem percebi. O carros continuam furiosos. O jogo acabou. A campainha não tocou.Continuo esperando. Será que você vem?
Eu cheguei a um mundo estranho com muitas pessoas em meu redor, cercado de prédio e pedras, não estou sabendo onde eu estou,
foi quando avistei em destaque no meio da multidão um ser que parecia ter um brilho imenso para poder se destacar no meio de tanta gente, mas era você chegando mais perto com sua beleza radiante que dava pra ver ha quilometro , fiquei parado sem ação, eu não sabia o que fazer para chamar sua atenção.
Mas foi então que você me notou você olhou pra mim e sorri, eu abismado não consegui perceber que aquela pessoa ali na verdade não era humana e sim o meu anjo da guarda que venho pra tirar-me do abismo de dor.
Para Deus, Igreja não é uma instituição ou um prédio feito de tijolos e cimento. Para Deus, Igreja são pessoas que vivem em comunhão com o próximo e tem uma relação de amor com Ele! Por isso, eu sou igreja... você é igreja... somos todos igrejas do Senhor!
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