Preconceito Racial
Não faço questão de falar
Sobre a cor da pele
Sendo que tom nenhum
Ao meu ódio interfere
Só existe uma raça
Sem nenhuma diferença
Maldito preconceito
Não existe de nascença
" 🌼Antes de julgar pela cor da pele, olhe a cor do sangue, verá que não é diferente da cor do seu, se um dia você precisar, o banco de sangue não te passa essa informação. 🌼"
Liberte-se dos seus preconceitos.
BARULHO
Um minuto….
A cada três
Um minuto…
de silêncio,
pela mãe pretaSeverina
Que encara de frente,
mais uma vez,
A sua sina
Quinhentos,
Quinhentos anos de silêncio
Sob o jugo do capitão do mato
Os grilhões,
as correntes
Cento e trinta
Quem aguenta?
Quase um século e meio
De tormenta
Livres das correntes de ferro
presos às correntes sanguíneas
à miséria da favela
asfixia!
Moral, letal!
Vão-se Pedros, Joãos, Marias, Anas
Silvas com suas histórias interrompidas
...“pow”
Três ou treze,
A bala
Sempre perdida
Só se recorda do caminho errado
E, de três em três
Minutos
Lá está
Um minuto de silêncio? Por quê?
Apenas mais um,
Somado a uma vida
Que se findou
Calada
Somado ao grito calado
De um coração materno arruinado
Pela sede de vida e de morte
Que levam às polarizadas
Extremidades
Correntes elétricas
O desespero...
Alocado ali, entre o peito e a garganta
Junto a tudo que jamais se pôde dizer
Não!
De silêncio…
Basta!
É preciso barulho
É preciso muito barulho!
Para que, das entranhas da devastação
Reverbere a igualdade
A voz com gosto de sangue
Retida
Barulho que desnude
O gosto amargo
Da falta de sabor
Da vida de milhões…
Que, vivos
Morrem um pouco
a cada minuto de silêncio
Muitos...
Muitos Minutos de Barulho!
Pela nossa longa experiência, a democracia racial no Brasil é um mito. Os negros sabem muito bem o cotidiano da falácia desse discurso.
Existem vários tipos de preconceitos financeiro, social, mas o pior deles é o racial, pois independentemente da raça iremos para o mesmo lugar.
Em uma sociedade marcada pela discriminação racial, é desafiador discernir quem é negro. Enquanto discriminar é fácil, implementar políticas compensatórias é difícil.
Não obstante, a prerrogativa de assumir a afiliação étnico-racial negra a fim de beneficiar-se de políticas de ações afirmativas constitui um direito inalienável do cidadão.
Aqueles que questionam a autodeclaração de ascendência mestiça por parte de um postulante a tais políticas devem ser capazes de fundamentar suas objeções de maneira inequívoca e substancial.
Todo racista que já conheci era de esquerda. Nunca vi tanta discriminação racial quanto num grupinho de progressistas. Há um cuidado, uma cautela, para com o amigo negro, e um medo de tropeçar em seu racismo amordaçado, de tal modo que o tratam sem nenhuma naturalidade, com um zelo forçoso e calculado, mascarando de "dívida histórica", a dívida que ele tem (e esconde) de si próprio.
O sujeito livre de todo e qualquer racismo, passado ou presente, convive naturalmente, e do mesmo modo, com gente de qualquer cor de pele, sem ponderar palavras ou gestos por... cor de pele. Isso é tão óbvio, tão lógico, que dizê-lo, em tempos relativistas, soa absurdo.
A discriminação racial é a cicatriz da ignorância, que só pode ser curada pela luz da educação, empatia e respeito mútuo, para que possamos construir um mundo onde a diversidade seja celebrada e não motivo de divisão.
RACISMO NÃO
Ela pode ser passista,
jornalista, cientista, ministra.
Mulher negra, decidida,
pode ser o que quiser.
Ele pode ser atleta,
poeta, astronauta, desembargador.
Homem negro, destemido,
pode chegar onde quiser.
Eles podem escolher qualquer caminho, seja ele, o caminho que for.
Sabem, bem, por experiência,
não há caminhada sem dor.
Ambos sabem que vivem a triste realidade de um mundo absurdo
que separa as pessoas
pelo seu gênero e cor.
Ambos sabem que suas escolhas enfrentarão barreiras invisíveis, disfarçadas, dissimuladas ou não.
Barreiras de segregação.
Barreiras, por vezes, escancaradas
que envergonham os cidadãos
de bem de uma nação.
Herança de um período cruel
em que irmão escravizou irmão.
Discriminação racial, social, cultural.
Discriminação ancestral.
Racismo estrutural.
Enraizado em mentes estúpidas
Continua semeando o mal
Mesmo que não seja esse,
exatamente, o meu "lugar de fala"
deixo aqui e agora
a minha posição.
Racismo não!
Valéria R. F. Leão
Estatuto da igualdade Racial, Art. 5 da Constituição Federal de 1988 e ‘’Lei Caó’’(Lei N°. 7.716, de 5 de Janeiro de 1989) são algumas das várias leis sancionadas contra à discriminação racial. Porém, grandes partes da população mundial, conservadores de princípios antigos, mantêm a pejorativização e o ódio contra ‘’os de cor’’(EUA). A punição para esses crimes devem ser severas, pois só assim poderemos vencer outros grandes problemas humanitários e discriminatórios que temos em nosso meio.
A datação do início do preconceito racial pode ser marcada a parti da experiência Colonial e escravista das Américas, em 1492. Onde – por meio de textos como o do ‘’Navio negreiro’’ de Castro Alves – tem-se noticia das primeiras barbares feitas contra os negros. Os genocídios causados pelo antissemitismo do início do Século 20, até momentos mais recentes.
Na década de 50 e 60 vivenciamos nos Estados Unidos, um grande tumulto entre duas partes da população, de um lado, as vítimas de uma descriminação extremamente radical e sem fundamentos, e do outro, os praticantes desses crimes – como a Kun Klux Klan (KKK), uma das maiores organizações genocidas contra negros que existem.
Felizmente, também nessa Década, um dos maiores líderes e ativistas políticos, foi o pasto protestante Martin Luther King, que com grande influência conseguiu ajudar nos movimentos dos direitos dos negros, que mais tarde, sancionada uma lei pela Suprema Corta, impôs a obrigação de negros nas escolas, onde temos o relato de 1960 da Rubin Bridge (primeira estudante negra dos Estados Unidos) que na cidade de Little Rock, teve que entrar com 4 seguranças no colégio, e sendo vaiada pela população quando esses jogavam tomates nela, foi impedida de assistir as aulas, pois os professores se recusaram à fazer. E em 2011, o Barack Obama, em um momento histórico, chamou-a no salão branco para homenageá-la e disse: ‘’Eu estou aqui, porque você fez isso’’.
O Racismo é um dos níveis mais desumanos que se tem conhecimento. Deve-se aumentar a punição para praticantes desses crimes, criar-se projetos sociais visando à implementação e a consciência em escolas. Só assim poderão ser erradicadas as falácias como ‘’a maldição africana’’, que tentam justificar o que se envergonham de dizer, que são verdadeiros preconceituosos e desumanos.
Em um mundo onde impera a intolerância racial, religiosa e econômica, cada vez mais prefiro adimirar o belo desenho do seu capacete, a diversidade no ronco dos nossos motores e a forma harmônica que dividimos a beleza das estradas.
É quando esquecemos a cor da nossa pele, acreditamos no mesmo Ser divino e dividimos a gasolina que permite viajarmos juntos.
Prefiro o zuar do vento, que é igual para todos mesmo em intensidade diferente que o choro solitario dos desvalidos, chicoteados pela ignorância humana.
Prometo, em cada parada, apertar a manete da minha moto, como um grito de repúdio a teu sofrimento.
Fique bem, Irmão!
Ivan Madeira
Toda a nossa fraseologia – relações raciais, abismo inter-racial, justiça racial, perfilação racial, privilégios dos brancos, até mesmo supremacia dos brancos – serve para obscurecer o fato de que o racismo é uma experiência visceral, que desaloja cérebros, bloqueia linhas aéreas, esgarça músculos, extrai órgãos, fratura ossos, quebra dentes. Você não pode deixar de olhar para isso, jamais.
Seja branco,seja negro,seja gordo,seja esqueleto,você deve amar sem nenhum preconceito,seja homofobia,seja racista,seja desrespeito,seja preconceito você deve abominar sem nenhum medo,seja as dificuldades,seja as tristezas,seja a vaidade,seja da perca,seja sonho,seja pesadelo,você deve perder o medo,seja você,seja feliz ,seja alegre,seja uma pessoa melhor do que é.
É muito mais fácil condenar a vítima do que o opressor, porque nem todos querem se colocar no corpo da vítima. Logo faz da vítima de “vitimista”, como uma pessoa que se esconde por detrás do que muitos veem como um fracasso, ou seja, “ninguém mandou nascer com o cabelo duro, com a pele preta, na favela, como muitos dizem ninguém mandou ser ‘favelado'”. O ser gosta de pisar no outro, principalmente quando ela percebe que o outro se encontra no chão, logo nasce as separações e exclusões sociais.
Cor e Dor-
Não entendo onde errei
Para o mundo me humilhar,
Me sinto desprezado
Até por quem deveria me ajudar.
Então busco alguém que
Me explique qual é a graça,
Em destruir teu próprio irmão
Por conta de sua raça.
Pessoas atravessam a rua
Para não passar na minha frente,
E se eu Nascesse branco?
Seria diferente?
Talvez o problema seja o Ser Humano,
Um animal frio e desequilibrado,
Graças a esse imenso ódio
que lhe tem envenenado.
Pois foi por Preconceito,
Que Luther King morreu,
E o sangue que dele escorria
Tinha a mesma cor do seu.
Nossa Cor
Que o preconceito não me atropele
que cada qual tenha o seu valor
que toda igualdade se revele
que o ódio não vença o amor
que eu admire a tua pele
que tu respeite a minha cor.
Nosso país será justo quando brancos, negros, indígenas e outras etnias viverem em condições de igualdade de direitos sociais.