Preconceito Racial
A escravidão foi abolida, mas a covardia não. Há uma grande e gritante massa que ainda se acha superior por conta do tom da sua pele.
A expertise do racista velado é que ele pode falar de tudo em meio a um sorriso embutido num comentário discreto, expressando sua predileção por determinada cor de pele, altura e peso, “apelidar carinhosamente” quem difere destas características, inclusive superestimando capacidades cognitivas da “raça” qual aprecia, dando apenas a impressão de “não estar dizendo nada demais”, principalmente se forem características de sua herança genética, pois ainda vai soar como “paixão pela família”.
Atualmente na humanidade existem dois degraus que precisam serem superados para proporcionar paz entre os diferentes povos.
O primeiro está na linguagem que será conquistado quando todos os povos tiverem uma segunda linguagem em comum.
O último degrau está no fim do racismo que ainda persiste estruturalmente em diferentes culturas.
Eu queria que os pretos fossem brancos e que os brancos fossem pretos. Mas porque eu deveria desejar algo que já existe, se já somos pretos e somos também brancos? Porque a vergonhosa negação de uma verdade universal, que é a igualdade absoluta entre nós todos, que nos autodenominamos como humanos... nos desumaniza mais e mais a cada instante.
O cristianismo só fez sucesso no mundo porque a imagem primordial de Jesus era de um homem branco com olhos azuis porque se fosse de um árabe de pele morena esta religião teria morrido antes de nascer.
Se buscarmos nos outros mais nossas SEMELHANÇAS que nossas diferenças,
Encontraremos mais o AMOR, a GRATIDÃO e a PAZ em nossos próprios corações❣
Hipocrisia racista estrutural é declarar-se antirracista e nada fazer para mudar o que gera o racismo.
A cor da sua pele, o seu tipo de cabelo ou o formato do seu nariz dizem muito sobre você: sobre ser um humano, como qualquer outro humano, nem mais nem menos que outro humano. Mas não dizem nada sobre o seu caráter, índole, moral, ética, educação e, inclusive, preconceito e racismo.
Carne rasgada
O povo brasileiro
Com fama de hospitaleiro,
guerreiro,
Não se importa com a morte de um negro
nascido e crescido
Na pátria amada brasil
Mas se importa com armamento
Acredita em fake news
Agride adversários
E acha que é lixo
Quem luta por igualdade
A carne rasgada e ferida,
atrocidade maldita,
Mostra racismo e violência
Na terra do deus acima de todos,
Desnudo de caridade e cheio de maldade
Na patria amada, sangrada
Onde a mentira e tirania
escancara o brasil
Que se desfaz para uns e previlegia os demais
Não vamos mudar o mundo, destruindo ou através de uma revolução, vamos reforma-lo com obediência civil, educação e evolução.
Hoje eu entendo o porquê vocês me zoavam tanto, me xingaram tanto... Me odiaram tanto.
Eu sou o que seus antepassados dizimaram e trataram como lixo.
Vocês não conseguiram resistir e seguiram com seus instintos de assassinos e opressores.
Não pensaram 2 vezes ao me causar dores.
Eu tinha apenas seis anos, hoje aos 25 eu sei que meu corpo sempre foi e sempre será político e símbolo de resistência.
Na periferia,
o braço do Estado oprime,
mas faz acreditar que reprime
o cidadão que caminha
carregando sua melanina
sem cometer um único crime.
Vini Jr - Real Madrid
O racista também tem um corpo com a cor de uma pele. O racista também tem um coração e uma alma. A diferença entre um racista e os demais individuos não racistas é que o corpo do racista é inútil. O seu coração só pulsa no ritmo da desumanidade e a sua alma emana crueldade.
O racista também é um ser vivo, mas não exatamente humano. A diferença é que a vida nele é infértil, no campo da sensibilidade. É um limitado ao seu umbigo. Os seus sentidos só funcionam sob a conveniência dos seus prazeres nocivos.
Na Espanha, sem querer generalizar, talvez os racistas tenham uma outra peculiaridade agregada - vira e mexe, tem um chifre perseguindo eles.
CONSCIÊNCIA NEGRA
Sim e para além...
Novembro... e todos os outros meses do ano sejam de consciência.
De Consciência Negra e, para além, seja principalmente um mês de consciência de amor.
Neste novembro, que se trate além das questões raciais, para além da cor da pele, ou a textura de cabelo, para além das marcas dolorosas de um povo forte.
Que em consciência se possa cultivar interiormente e deixar reverberar no mundo a semente do amor, que as pessoas possam ser vistas, acolhidas e tratadas com respeito, justiça, verdade, empatia e para além de raça, credo, gênero, ou seja, lá do que for que e possa nos diferir uns dos outros, porque no fundo e na essência, sim, são as diferenças que nos fazem únicos, por elas nos tornamos também fortes e por elas é que podemos trocar, aprender e nos desenvolver enquanto seres infinitos que somos. Quando se age com respeito, generosidade e empatia, se cultiva a semente do amor e que o amor possa ser o enfoque do mês da Consciência Negra, que o amor possa ser semeado, cuidado e cultivado com garra, coragem e persistência.
Enfatizar, semear e cultivar o amor pode criar um mundo mais humanizado e feliz. Pois, onde há amor, não há exclusões e ou comparações, pois o amor aniquila a comparatividade, a ganância, a maldade.
No amor, coisas belas e boas se apresentam, práticas justas, partilhas e políticas públicas assertivas podem ser efetivadas e, assim, maravilhas criadas. E então, o mundo, ah, o mundo, esse fica totalmente como deveria ser, lindo, feliz e justo.
O amor envolve o todo, transcende tudo, melhora, enriquece, floresce, alegra, encanta, acolhe, cria, partilha, inclui, embeleza, reviva, celebra e vibra.
No amor tudo se revitaliza e se transforma, tudo.
Num crescer, que o nosso mundo em amor se fortaleça e como uma onda, arrebate, desmistifique e acabe com rótulos, com dores, e assim, no mundo não haverá brancos, vermelhos, negros, amarelos, pobres, ricos, baixos, altos, magros, gordos, migrantes, imigrantes,
lindos ou feios, haverá a essência viva, a verdade e a vida. Seres humanos em sua integralidade e vibração amorosa que expõe em seus valores, habilidades e diversidades, o movimento, a vida.
Com consciência de amor, valores e diversidades é a riqueza do Ser e também de uma nação e para além, no planeta e também no universo.
O amor é a força capaz de retirar a humanidade da ignorância excludente e miserável, estabelecendo patamares de verdades, respeito, união e transcendências. Que o coração vibre e que a boa semeadura se faça, para que em união num futuro muito próximo todos os seres colham as belezas desse plantio. E viva a consciência do amor.
Eu nunca aceitarei viver numa sociedade que usa fatos de injustiça e discriminação do passado para me fazer viver segregado hoje, mendigando aceitação social e um espaço de fala na sociedade, simplesmente por causa do meu tom de pele.
Eu não estou vivendo lá atrás, estou vivendo agora.
E a história do hoje, quem faz sou eu.
Não preciso de nenhuma ação reparadora.
Eu sou livre, independente e suficientemente competente para conquistar o que eu quero sem precisar de favor de ninguém. Nenhuma algema ideológica me aprisiona, eu sou livre.
Eu não sou vítima, nunca serei.