Preconceito
“Aquilo que se baseia no medo ou preconceito não é uma escolha firme; é uma encolha infusionada pelo erro ou ilusão.”
O respeito às diferenças é a chave para abrir as celas do preconceito que nos prende e nos impede de sermos felizes.
Se aqueles que amam estão em Deus, e Deus neles?. Qual a razão de tanto ódio, preconceito, descaso e discriminação. A razão é que, na mente e alma dessas pessoas, o amor de Deus é apenas um conceito ou informação. E não a vida, e a graça que transformam toda a sua realidade e faz fluir o amor de Deus em favor daqueles que não podem reagir ou tomar qualquer atitude que os livre de tamanha opressão e escravidão.
Mais uma escrita de uma mão negra
A folha branca, que não tem preconceito,
Recebe a caneta, com tinta preta,
Eu escrevi.
Chegamos a um ponto em que escrever e falar bem é preconceito. Seguir a a norma culta da língua é considerado elitista.
O preconceito é desumano, com seu jeito insano de maldade, julga e condena o ser humano em qualquer idade, sem ao menos o conhecer de verdade.
“O preconceito é o traço mais evidente da ignorância humana, portanto evolua, aprenda a posconceituar.”
Não se combate preconceito com preconceito, e, sim com diálogo e argumentos fundamentados na história cientifica, social e cultural.
Ser professor é despir de todo e qualquer preconceito, para que a aprendizagem seja alcançada. Sua origem, cor, credo, condição social, orientação sexual, não são barreiras para a educação.
O preconceito nunca vem da própria pessoa, mas do olhar do outro.
Uma pessoa nasce sem uma perna no meio de muitas que tem duas pernas. Ela é vista como anormal, castigada, sofrida. Os olhares apontam pra ela direcionando energias de pena, compaixão, dó, estranhamento, repulsa etc. O organismo dessa pessoa já vem preparado para se suprir em outras áreas, como ter maior força de vontade, ou inteligência, força física, bondade, compreensão, ou qualquer outra característica que se sobressaia, mas ela é vista como anormal porque não está dentro do padrão considerado normal pela maioria que possui duas pernas. Ela já começa a sofrer com a falta de uma perna. Ela tem limitações, é claro, mas a falta que sente nada tem a ver com isso. Ela sofre porque começa a achar que, se tivesse duas pernas poderia correr a maratona. Mas no fundo ela nem liga pra correr. Seu corpo está adaptado para ela fazer as coisas dentro de seus limites. Mas como todo mundo pode correr a maratona e têm dó dela, ela também fica com dó e começa a tentar se superar pra provar que é igual. As pessoas até reconhecem isso, mas logo voltam pras suas vidas.
Agora imagine duas pessoas que nasceram em uma ilha. Foram trazidas pra lá e cuidadas por seres fantasmas. Uma cresce com uma perna e a outra com as duas. Elas só reconhecem a si mesmas. Quem é a anormal? A de uma perna pode entrar em buracos que a de duas não consegue, entre ter outras habilidades. Quem é o anormal?
O problema nunca será a ilusória limitação do outro, mas o não reconhecimento de que aquele outro é perfeito como é, que dentro do que ele é, dentro de suas características, ele pode fazer qualquer coisa.
Muitas pessoas têm se sentido mal por não serem como as outras eleitas por elas como exemplo de vida. Não sou rica. Não sou magra. Não sou bonita. Não sou ruiva. Não sou branca. Não sou negra. Não sou empoderada. Não sou boa. Não sou suficiente!
Parece que existe uma elite secreta que sai soprando nos ouvidos do povo o que é ser certo e o que é ser errado. Essas falas vão passando de ouvido em ouvido como um telefone sem fio. Alguns tentam se adequar ao novo padrão, outros não conseguem e se sentem tristes. A regra da vez é ser anti-comunista, ou vegetariano, ou espiritualizado, ou diplomado, ou ir pra Disney, ou postar fotos bonitas no Instagram. Todos tentam se adequar.
Todos sentem uma falta, um vazio a ser preenchido pela nova moda do mês, afinal os olhares e julgamentos externos doem muito. Mas mais pobre é quem julga e não vê a completude no outro.
SONHOS
Eu tenho sonhos
De ver o preconceito acabar
De ver os negros e brancos se abraçar
E todos descobrirem o valor de amar.
Eu tenho sonhos
De ver a pobreza acabar
E ver as pessoas uns aos outros ajudar
E uma nação desenvolvida e espetacular.
Eu tenho sonhos
De um dia saber ao acordar
Que o homem do campo tem voz, vez e lugar
Que merece também seu direito a conquistar.
Eu tenho sonhos
Que me fazem escalar montanhas
Que me levam aos patamares da esperança
Que me fazem sentir mais uma ez ser criança.
Eu tenho sonhos
De conquistar o que tiver ao meu alcance
De tornar a vida mais bela e fascinante
Pois a vida acaba, e se acabar... não tem mais nada a pensar.
Tabus, dogmas, preconceito, cabresto, mal e medo não existem
São apenas pensamentos inférteis que fluiam colocando a mente a prova quando acontecia a tempestade.
PRECONCEITO... é a prova de um incomum caráter, é a demonstração explícita da maldade, a falta de luz na alma,
falta de amor no coração, é a prova da ignorância e da desinteligência.
Flávia Abib