Preço
“… eu aprendi que você tem que conquistar a pessoa todos os dias. Não adianta conquistar só uma vez, e acreditar quando ela disser que vai te amar para sempre. Eu aprendi também que não há nada de errado em um dos dois gostar mais, o problema é quando um dos dois não gosta. Na verdade, é ótimo quando um dos dois gosta mais, melhor ainda se for o homem, eu acho. Sei lá, é o equilíbrio natural das coisas, o conquistador e o conquistado.”
O poder de voar. É com isso que sonhamos. Não há sensação melhor. A verdade é que você só voa por um ou dois segundos antes que a gravidade retome o que você tentou roubar.
Com o tempo, você aprende dois truques pra sobreviver quando há problemas sob os holofotes. Primeiro, nunca pare de sorrir. E segundo, é importante poder distrair as pessoas com outra coisa.
Sempre tem algo doendo. Em alguma parte do seu corpo há dor, causada por um esforço maior do que qualquer um deveria fazer. Mas fazer parte de um corpo maior tem poder.
Você paga um preço pra aprender a voar. Roubam sua infância, sua família, te deixam com amigos que torcem pra que você rompa o tendão de Aquiles. E eles nunca te deixam crescer. Então, se você quiser aproveitar, tem que ser criativo.
O balé é como um pacto perverso. Depois de todo o seu esforço, dor e sacrifício, quando anda entre os mortais, você se torna um deus. Você é um resultado perfeito e adorado do melhor que o corpo pode fazer.
Todos os dias alguém controla o que você come, o que você veste, como se mexe e quem toca. Você está preso na montanha-russa com seus piores adversários. Mas o que mais ninguém vê é que os rivais são os únicos que te entendem, que te aceitam como você é e te desafiam a dar seu melhor. Não há outra maneira de dizer. Eles são sua tribo.
Primeiro você escolhe alguém para o sucesso, depois ele é levado ao extremo, às trevas. E então chega o momento da compaixão, e ele volta aos holofotes. E quando você é o escolhido para dar essa volta por cima que todos esperam, só tem que responder uma pergunta quando todos te olharem desejando o delicioso próximo ato: O que é que você vai fazer?
Vivemos em um mundo onde tudo tem preço, mas quase nada tem valor.
Tudo o que eu queria era ser invisível.
Era um pedido simples.
E não envolvia mais ninguém.
Quando eu estava em um quarto com outras pessoas...
Eu me sentia pela metade.
Quando estava com outras duas pessoas...
Me sentia como 1/3 de mim.
Quando estava num quarto com outras três pessoas...
Me sentia como 1/4 de mim mesma.
E quando estava no meio da multidão...
Me sentia como ninguém.
“Disse o quanto eu tinha sorte por ela gostar de mim, mas que eu não merecia aquele sentimento, que eu não ia conseguir retribuir e que ela também não merecia ficar com alguém assim. Nunca disse que a amava.”
Eu sempre acordo antes de chegar lá. Mas fico com tanto medo, porque estou indo para algum lugar onde ninguém possa me encontrar e ninguém saiba meu nome.
É a manifestação oficial do desejo cada vez maior de romper com todos os seres vivos que têm alguma conexão com o passado.
Quando não estávamos prestando atenção, todos se juntaram e votaram que as tradições do passado são feias.
Há tantos exibicionistas no jornalismo, arrogantes e idiotas. Sempre estão vendendo algo, trabalhando, tentando parecer melhores do que são.
Valores são coisas que permanecem sem preço, se forem vendidas perdem seu verdadeiro valor.
Assim somos nós cada um com seus valores, mantendo quem somos sem se preocupar com o preço que o mundo nos dá.