Preciso Ouvir te dizer que me Amas
Pra falar a verdade, não sei bem cuidar de minhas dúvidas, minhas angústias. Sei apenas que preciso todos os dias me reinventar para defender sem nenhum heroísmo aquilo que boto fé. Sinceramente, dou uma de amadora, mas acredite, eu mergulho com toda força. Tenho tido a sorte de conseguir fazer a viagem. Só ainda não fiz upgrade da saudade que você deixou.
Não que eu seja uma pessoa carente de atenção, eu só preciso me sentir amada e querida por você, gosto daquele mimi de casal sabe?! Eu também não preciso de presentes caros ou qualquer outra coisa extravagante, eu só preciso que esteja comigo e que mostre que eu sou importante... O amor é como uma flor, ele precisa de cuidados, parece algo clichê e é! Afinal, as pessoas no geral depois que conquistam acabam deixando os pequenos gestos pra trás, como um simples recado carinhoso ou um abraço apertado entre outras coisas... Quando dizem que o amor é pra poucos, eu discordo, ele é pra todos, a diferença é que uns cuidam e outros deixam morrer...
Homens mais velhos declaram guerra. Mas é preciso lutar e jovens é que morrem. E é a juventude, que deve herdar a miséria, o sofrimento e os triunfos que são o rescaldo da guerra.
Pra constituir um relacionamento, é preciso ter certeza que você que ter aquela pessoa ao seu lado, sem ter que machuca o indivíduo com palavras, mentiras e desanimo, você não precisa amar para conhecer o seu amor, pois o amor já vive dentro de você, simplesmente um dia ele aparecerá para conquista e amar o seu parceiro. Nunca diga que eu te amo para uma pessoa que você nunca amou pois poderá machucar ela para sempre. Se liga faça de tudo para não machuca o seu grande amor ou futuro amor.
Enquanto eu não fizer um ninho pra mim morar, eu não vou me importar com mais nada. Pois, preciso de um canto pra ser feliz.
“Você não me quer, como eu quero você. Você não precisa de mim, como eu preciso de você. Você não pode me ver, como eu te vejo. Eu não posso ter você, como você me tem. Eu não posso te roubar, como você me roubou.”
É essencial demonstrar a si mesmo que se está destinado à independência e ao mando, porém é preciso que se o faça a tempo. Não se deve afastar a obrigação de fazer estas provas, mas também não se ligar a ninguém, porque toda pessoa é uma prisão. Deve-se saber concentrar-se e conservar-se, o que é a melhor prova de independência.
"...e prá hoje...
Meu coração me diz, que prá ser feliz...eu só preciso amar...
À Deus...à mim mesma...ao próximo...porque amando, a vida fica mais leve...a alma fica em paz...o sorriso brota fácil... E o dia segue assim...lindo!"
Esqueça as amarras. Deixe de lado os desprazeres da alma e se abra. Ande só se preciso, mas ande. Cuidado com as más companhias e cuidado com a solidão pois ela é traiçoeira e pode te roubar a vida.
A manutenção do amor exige um cuidado maior. Qualquer palerma se apaixona, mas é preciso paciência para fazer perdurar uma paixão. O esforço de fazer continuar no tempo coisas que se julgam boas — sejam amores ou tradições, monumentos ou amizades — é o que distingue os seres humanos.
Percebo hoje a razão por que Auden disse que qualquer casamento duradouro é mais apaixonante do que a mais acesa das paixões. Guardar é um trabalho custoso. As coisas têm uma tendência horrível para morrer. Salvá-las desse destino é a coisa mais bonita que se pode fazer. Haverá verbo mais bonito do que 'salvaguardar'? É fácil uma pessoa bater com a porta, zangar-se e ir embora. O que é difícil é ficar.
Se algum dia aquela pessoa que você tanto confiou, por algum motivo te abandonar quando mais precisou, não fique triste e nem pense em vingança...Pense apenas que, "Deus" só deixa ao teu lado pessoas verdadeiras e que te amam de verdade.
Até porque a vida me deu a maturidade suficiente para compreender que preciso ser criança o maior tempo possível.
A amizade exige quase tanta arte como um passo de dança bem sucedido. É preciso muito elã e muito comedimento, muitas trocas de palavras e muitos silêncios, e sobretudo muito respeito.
“É preciso sair da ilha para ver a ilha. Não nos vemos se não saímos de nós.”
(José Saramago)
"Fora da Ilha"_ um olhar para si
Ainda que tenhamos a certeza de que nada passa desapercebido de nossos olhares mais críticos e aguçados, nada somos e nada sabemos. Nem de nós mesmos, muito menos acerca do que nos fascina. Somos uma legião de sabidões, doutorados em hipocrisia e mestrados na leviandade. Vivemos como se soubéssemos o segredo da vida e impregnamos o nosso trajeto com o peso vil das experiências mal sucedidas. Ora bolas, quem somos e para onde vamos? Eis esse grande mistério milenar...
Seres surtados e altamente despreparados para a vida e para o que ela oferece... Nem mesmo conseguimos enxergar o que faz morada em baixo de nossos olhos. Nada, definitivamente nada é observado como se deve. Abandonamos pessoas como coisas, como peças... E volta e meia retornamos, ou tentamos retornar Justamente porque não conseguimos lidar com a ausência da lágrima e da devoção.
"Neguei tanto, mas não era pra desistir tão rápido. Mesmo distante eu sabia que você estava ali, e sem isso eu não sei viver. Que merda!"
Um vaso quebrado não retorna nunca... Que grande carência humana. Voltamos atrás vez ou outra, daquilo que não nos proporcionava mais nada, simplesmente pelo fato de não conseguirmos lidar com a perda do que um dia foi seu. O amor vai, o amor vem... O amor empaca e o amor some. Será amor?
Para tanto, nada é necessário, basta ver o sorriso de quem um dia chorou. E tudo muda de cor.... O amor morto ressurge como uma fênix, dói peito, falta ar... Até as borboletas que já pairavam em outro ambiente retornam. Sofre o ultimo, sofre o atual, sofre o próximo... Sofremos! Porque o que não prestava mais, volta a ser tudo e o que era tudo passa a ser nada. Triste estágio. O ciclo não para... E basta uma tentativa e a coisa volta a ser como antes! E assim vai... Solidão, tristeza e vazio.
Um dia, cansamos de procurar.... Vamos promover o encaixe, quase que forçosamente. Ainda sobraram peças, sem cor, sem perfeição no encaixe, com muitas brechas e ainda assim o resultado surpreende, ficou lindo e foi o melhor que pude arrumar.... Mesmo torto, vazado e sem cor, gasto, a figura encanta. O desenho que se forma ao final é tão explendoroso aos nossos olhares cansados, que passamos o pouco tempo que nos resta sentados em nossos sofás nos questionando o porque de não termos montado isso antes! Lembrando de todas as peças que jogamos na caixa e que nunca mais encontraremos. Ta certo... É assim, o quebra cabeça vira quadro e o quadro vai pra parede. Que conto maldito! Logo vem o caminhão... Mas nem deu tempo da parede amarelar! Bom, lá se vai o quadro e todas as outras peças da casa direto para o lazarento sumidouro, porque? Nada mais habita ali. Acabou o tempo!
Caminhar na vida e aguardar peças, aguardar encaixes perfeitos para a nossa existência... Que grande estupidez humana. Amores vem e vão, massacrados pela intolerância e o egoísmo, pelo medo, por incertezas... E o que fica? Nada!
O que somos e para onde vamos? Volto a dizer... A grande verdade, humildemente falando é que não vamos a lugar nenhum! Por que já estamos aqui. Estamos aqui e aproveitamos a nossa estadia vivendo a miséria das relações vazias. Dos encontros vazios e das relações sexualmente satisfatórias e emocionalmente destrutivas. Que cagada! Não conseguimos enxergar o bom até que o tenhamos expulsado completamente... Não conseguimos viver o presente até que este vire passado, que fiasco! Tudo o que vai passa a ter valor e gosto, que engolimos diariamente com a sede do desgosto e da solidão! Que nutriente né?
Assim como o Rei de Saramago não considerava a existência de uma ilha não mapeada, nós acreditamos ser os entendedores de todos os nossos mistérios, todos! E nada escapa, sou isso e ponto.
Mesmo assim, o rei liberou a busca. Permitiu o barco seguir em águas profundas, rumo ao encontro da tal ilha! E o encontro... Ahhhh, esse se da, aos poucos... De fora pra dentro, e que aventura! Solitária, mas nem por isso ruim... Porque para ver a ilha, a briga e feia... É preciso sair dela! Sair, se despir e olhar minuciosamente para ela... Conhecendo-a como que pela primeira vez... Que grande exercício de renascimento! O que nos é importante, o que realmente nos nutre... O que queremos, o que nos constitui?
Muitas versões de Saramago sobre o conto da Ilha já foram compartilhados... Mas o autor nos deu esse presente para isso mesmo, e isso também faz parte. Sair de si... Olhar pra si, mapear a si... E por aí vai! Nada melhor... Não há nada melhor...
Afaste-se de sua ilha, olhe para ela e veja o quanto ela é linda e feia ao mesmo tempo. Conheça seus sentimentos, respire! Se conheça! E faça cada minuto valer a pena. Afinal, ser um perdido em nossa própria ilha, não deveria ter cabimento!