Precipício
Acho que me apaixonar por ele seria como mergulhar em um precipício. Seria ou a melhor coisa que me aconteceria ou o erro mais idiota que eu cometeria. Faria com que minha vida valesse a pena ou com que eu me chocasse contra as pedras e me arrebentasse completamente. Talvez a coisa mais sábia a fazer fosse desacelerar as coisas. Ser amigos parecia tão mais simples.
Caia num precipício,
Voava sem direção
Tropeçava na saudade
Caia na solidão...
Era tudo pesadelo
Flutuava no vazio,
Voava até a lua...
Acordei foi um alívio,
A vida continua...
@veraregina14
“ O amor é inconsequente, ele sabe que a gente pode saltar do precipício se ele mandar; o amor é bandido, que pode dar um tiro certeiro sem matar, o amor é sem juízo...mas quem disse que é preciso ter juízo para amar?!”
Amar é buscar a flor à beira do precipício. Todo amor tem o seu preço e nenhum vem sem custos. Algumas pessoas são fortes o suficiente para carregá-lo no peito, outras são mais fortes ainda, pois permitem que se torne real. É preciso desprender-se de muita coisa para aceitar o amor, sempre incongruente com nossas expectativas.
(Livro Um amor, Cem Intenções)
me jogando
pelo meu abismo
do meu penhasco
no meu despenhadeiro
no profundo do precipício
que eu sou
mergulhei de cabeça
literalmente
bati com ela no fundo
e de tão cabeça dura
me vi desmantelada
desmaiada
dentro de mim
custei acordar
fiquei em transe
desnorteada
despreparada
eu não tinha paraquedas
então me quebrei
minh'alma se chocou
meu espírito enlouqueceu
me abri com força
coloquei tudo pra fora
não era muita coisa
mas era o que sou agora
aproveitei e joguei
tanta coisa fora
tenho muito ainda pra jogar
e aos poucos me desfaço
me refaço
me entrelaço
me embaraço
caibo dentro de um abraço
fraterno
eterno
do meu anjo
obrigada por cuidar tão bem de mim
e ai de mim se não fosse voce
que tanto me socorre
me acode
me cobre com sua paz e luz
não sei se retorno
do ponto de partida
ou em outra vida
isso é com o Pai
de misericórdia
amor e caridade
Sua justiça não falha
nem tarda
é perfeita
certeira
no que tem que ser
obrigada por me amar
e me ensinar
o que é o amor(próprio)!!!
minhas asas
me levam
pra bem longe
de mim
me atiram
do alto precipício
me tiram
do fundo do poço
me fazem voar
o mais Alto que eu puder
me permitem
fazer um voo rasante
e me arrasa
quando se fecham
dou com a cara na porta
ou dão com a porta
na minha cara
me levantam
ante a queda
me derrubam do salto
me ajudam se debatendo
me batendo igual meu coracao
me tiram da briga interna
quando meu coracao briga com a razão
asas são asas
mesmo que eu não seja anjo de nada
e nem de ninguém
mesmo que sejam tatuadas
nas costas que suportam o peso
do meu corpo
e a leveza da minh'alma!!!
à beira do precipício
assim vou seguindo
doa a quem doer
falem o que tem falar
pensem o que quiserem
só não me atrasem
o passo
o riso
a existência
a alegria
a felicidade
a caridade
o amor
que tenho para dar!!!
Talvez religião seja isso, jogar-se de um precipício acreditando que alguma coisa maior vai tomar conta de você e carregá-la até o lugar certo.
pulo ou não pulo
da ponte
do precipício
do abismo
que se abriu
bem na minha frente
ou seria dentro de mim
penso e logo assusto
o que estou fazendo
me desfazendo
me destruindo
me arruinando
me concluindo
como um pássaro
sem asas
sem vontade de voar
sem graça
sem me expressar
olho pro alto
sempre pro Alto
é de lá que eu venho
é pra lá que eu vou
voando feito um beija-flor
cantando feito um canarinho
cheia de burburinho
canto a melodia do amor
próprio e do meu interior
está chegando a hora
a noite vem caindo de mansinho
por cima da minha cabeça
e eu pulo com a certeza
de que não estou só
não sei de mais nada
e nem sei nadar
no mar de lama
vou me afogar
e afogo no mar de lágrimas
que apaga o fogo que vai me queimar
e eu ardo em chamas
logo viro cinzas
que o vento com delicadeza
há de me espalhar!!!
Pensar, imaginar, sonhar, desejar e não sair da inércia é se jogar no precipício da ilusão absoluta.
Precipício
As vezes pulo do precipício.
O dos meus pensamentos,
das minhas emoções,
dos meus medos
e as vezes pulo
porque posso pular.
Pular sem medo da vida,
sem medo do que aconteceu
ou do que ainda pode acontecer.
O ego é pai de sangue do orgulhoso. A família dele está constantemente caindo de precipícios e despenhadeiros.
Precipício
Meu coração é um buraco negro,
Sem fim
Endurecido pelo ódio e solidão
Lagrimas escorrem pelos meus olhos
E a única certeza é de que
Nada foi verdade em minha vida
Eu posso chorar noites sem fim
E nada ira mudar, nada
Meu coração se tornou um abismo
E tudo que nele entra
É devorado pelo vazio
Todos veem través de mim,
Vivo nas sombras
[...] Mas, meu bem, amor já é estar em sã consciência. Não é louco quem se atira nesse precipicio, é quem, suficientemente, toma a decisão e a coragem de mostrar ao mundo o universo que habita dentro.
Ricardo F.
Na beira do precipício procuro motivos para não pular, seria bom cair por acidente, mas não tenho essa sorte. Pesando o sentimento dos outros e os meus tentando evitar o que parece ser apenas questão de tempo. Escrevendo apenas para alguém lembrar que passei por aqui, lutei bravamente mas não consegui, a dor foi mais forte que a vontade de viver.
Esvai-se o tempo paralelo aos precipícios
seus passos ressoam pelas paredes e correm para longe
ouve-se nada
De olhos escancarados e pernas bambas
cai
fita o esvoaçar das areias no céu crepusculoso
esfria
A noite vem chegando aos poucos
sua anunciação provoca espanto
medo
A possibilidade cada vez mais real daquela garganta vir a tornar-se
a sua tumba
seu eterno descanso
repouso
sem lamúria
de um cadáver que aos poucos derrete
calmamente
sendo apreciado com elegância pelos vermes
de outrora
e sempre
A noite
sem os ventos
traz o ensurdecedor silêncio
que até conforta
O céu
super estrelado
surge na fenda
que se estende por cima dos olhos
Como se estivesse frente a frente com um rasgo na imensidão única do espaço, numa brecha para as estrelas, distantes luzes a vagarem violentamente pelo negro esplendor entre as galáxias emaranhadas nas teias do cosmo. Leve, separa-o do chão flutuando hipnotizado pelo infinito espaço celeste conduzindo seu espírito elevado para além do cânion , para além do vale, percebe-se afastando de si seu mundo deixado para traz, pronto para abandoná-lo à própria condenação. Vai para o eterno abismo escuro onde o mundo ainda está a cair, cercado por distantes pontos de luz flutuando no vazio.
Torna-se ausência...
some
Enquanto seu corpo o perde de vista mergulhando entre os astros, deixa de sentir, morre o tato, olfato e paladar. Como uma pedra qualquer, ignora sua dureza e passa a afundar na areia levando consigo a insensibilidade fria para o passeio petrificado de quem nunca sai do lugar. A partir de agora é vaga lembrança de si, aos muitos esquecida e mil vezes fragmentada em poeira de olvidamento.