Precipício
A vida é frágil, a vida é uma menina de porcelana andando numa corda bamba sobre um precipício - e ela, a vida, está bêbada!
Tantas lamentações desejei morrer
Acordei olhando precipício
Senti seu sorriso apenas senti dor,
Acordei ou estou sonhando minhas lamentações
Perdi minha vida pois tempo é cruel...
Pensei que tudo era um jogo
Mas perdi senso de realidade.
Tentei se o melhor para teu coração,
Então compreendi que mundo nunca será o bastante.
Quanto mais alto a gente sobe, fica mais perto do precipício.
Quanto mais baixo a gente desce, mais dentro do precipício.
Eu não me sentia caindo em um precipício, eu era o próprio. Todos que chegavam até mim estavam perdidos, eu estava perdida.
Estou perdida há anos, não sei se irão me encontrar, não sei se vou me encontrar, algum dia.
Em direção à beira do precipício
Foi para lá que me levaste
Vivo agora cheia de vício
Tu foi embora e não me levaste.
PRECIPÍCIO
(Eduardo Pinter)
Estou a beira do universo aspirando a poeira do sentimento
Extremo cuidado no penhasco do suspiro que ainda cativo
Minha visão não alcança a ponta da lança que há horas joguei
Talvez seja tão profundo quanto onde paira meus pensamentos
E me cega ao encanto do cinza que deságua envolto desta dor
09 abril 2013
Eduardo Pìnter
Por isso eu digo e repito
Por isso escrevo e componho
Existe sempre um precipício
Pra quem cultiva um sonho
Realismo egotista.
Veio a luz dar lucidez ao precipício…
Renegamos e acolhemos a ilusão
Da magnificência
Por que contestamos a luz?
Por que não admitimos nosso realismo,
Disfarçada em transparentes figurões?
Oh! Realismo egotista! Nosso realismo?!
Cravado sobre suportes maleáveis
Na fragilidade da fé
Assentada por cima de redutos abrasamentos
A mudança faz-se no sobrevier da perseverança,
No provimento da esperança…
Limitado é o tempo,
Antes que os suportes maleáveis se desgastam
O que resta de nós sem o nosso realismo?
O que faremos?!
Evitar que o nosso rosto
Se marque na angústia jamais vivida?
o precipício de cada é vasto
mesmo com absinto
tudo amargo em diluvio,
não basta ser diferente,
fato é obscuro medonho
entretanto me acostumei
a estar perdido...
obscuro túnel
no profundo
seria tem ser
no entanto
obscuro meu ser,
tudo pode ser
por abandona-lo
medo por ser
angustia
prevalece
num canto
claro tal seja diferente não sei
mais vou ver que acontecerá
no extenso templo
tudo tão estranho
mesmo no fundo poço
tenho saudades,
de algo não compreendo.
AUTO DE PRECIPÍCIO
Já não sei viver
Sem tua sombra
A recortar-me
Por entre pares de olhos
Meus ouvidos.
E eu te ouço
Curto e estancado
Na letra mínima da canção
Repelida
Pela ausência fria
ou em vastos sentidos.
Eu sei te ouvir
Dormindo
Por entre o sono embaçado
E o despertar irredutível.
Espanta-me a dor em teus olhos
Como quem engole o céu
Por entre lagos e precipícios.
Em pensar que a poesia
Repousa o viço
Tal a sombra de uma árvore
Recompõe o suor dos legítimos.
Justo?
Não.
O amor é um abismo.
A morte é precipício infinito na minha alma,
de propósitos sem fim apenas a escuridão,
que se encontra na minha alma devorando meus sentidos,
por mais que queira... por mais faça não á um final...
somente as dores nas profundezas,
que diria das piores formas de penas,
prólogos sem sentido
Eu sou vagabundo„
Com a vida de compromisso„
Diante do precipício„
Oficio é vivenciar a vida„
Como vicio„
Um eterno andarilho„
Só sentimos que o precipício tem uma imensa atração por nós,
quando olhamos com o nosso próprio medo.
Meus demônios
São monstros da minha solidão.
Tão abstrato o mundo inteiro é precipício...
Sem fundamentos absolutamente o nada...
"Estou a Beira do precipício...
Mas não posso pular...
Precipício bonito, Belo....
Que se chama amar."
.
Desamor
"As águas rasas e superficiais não podem me banhar
Quando então, ao fim do precipício minh'alma chegar
Encontrará as clarezas profundas onde possa enfim descansar."