Precipício
E quem tentou me seguir ficou pelo caminho, por medo de um ou outro precipício. “O que é que tem ali?”. Antes de me fazer essa pergunta, já me encontro lá.
No interior de um precipício, onde nada pode chegar, ouço uma voz, de nosso Senhor que veio me salvar.
“A vida é um barco remando para o precipício. Nós somos ventos, passamos rápido como uma brisa, e somos intensos como grandes tempestades, ou melhor furacões. Se o amor fosse um objeto seria uma arma. Alguns morrem pelo excesso de amor próprio outros pegam a arma e atiram em si próprios por falta dele. Se a alma comesse , seu alimento seria sorrisos. Daqueles que riem sem motivo algum. Lágrimas, é a dor em estado líquido. É excesso do que nos machuca. Sorte é apelido de fé. Magoa é um carro a cem por hora em direção a uma parede de concreto. Felicidade é momento único, é quando achamos agua no deserto. O tempo é um ladrão cauculistas e impiedoso, que nos rouba a cada dia. A saudade é a lembrança da alma. E nós… somos feitos de saudade e de sentimentos únicos já vividos.
Os desesperados agem sob o domínio da emoção, criando sempre precipícios profundos entre eles e a razão
Em direção à beira do precipício
Foi para lá que me levaste
Vivo agora cheia de vício
Tu foi embora e não me levaste.
Vivemos a todo instante andando numa corda bamba esticada sobre um precipício,e as pessoas que mais amamos, são as que mais podem nos empurrar para provocar a nossa queda.
Estive a pensar nos precipícios que se abriram à tua frente, nas dezenas de obstáculos que se ergueram perante ti, nas centenas de vezes que perdeste o controlo dos teus sentimentos. E reparei que soubeste sempre quando não podias dar mais um passo pois esse passo significaria a queda do precipício. Contornaste os obstáculos como te foi possível e mesmo com os sentidos débeis e fracos nunca deixaste de acreditar nos teus ideais. Essa é uma característica de peso, ainda mais quando estamos a falar de uma pessoa tão desequilibrada como tu.
Existe uma quinta estação ! talvez seja a estação dos sonhos não realizados ,o precipício dos gestos se jogam ,o cemitério das boas intenções ,onde o limite é a nossa imaginação dourada !
"Eu já me joguei em tantos precipícios. Ora! Como fiz isso!
Me encurralei tantas vezes e achei que podia ser daquele jeito.
Hoje eu sou tão temerosa em matéria de amor, que não desperdiço mais um segundo com quem eu acho que não desocupa o espaço e nem fica.
Hoje eu tô tão alerta e entregue, que só absorvo o que acho ser de verdade. Já cansei das mentiras que antes me interessavam, hoje não!
Hoje eu acho que mentira nenhuma interessa a nenhum de nós.
Vamos viver um amor de dor de cotovêlo, mas amor "visto"..
Vamos viver aquela sensação plena de que o que se dá, tem que se receber.
E não é cobrança!!! É utilidade!
Do amor recíproco.
Ninguém é obrigado a nos amar.
Mas , pera lá!!!
Então não nos use, não nos abdusa, não nos trague, não tente nos convencer.
Há tempos eu já me dissipei dos amores de vagão de trem, aquela paquera vazia que não dá em nada.
Há muitos me desocupei dos espaços que nada preencheriam.
Há muito, eu só espero do amor, aquilo que me convém...E me convence.
Por que quem consegue te convencer...Consegue fazer voce convencer a sí mesmo.
E isso basta!
Isso basta sim?!!!!!?". (Denise Lessa)
Um passo pode não ser muito, mas para quem esta na beira de um precipício pode significar vida ou morte.
Se tens um amigo a beira de um precipício, abraça-o, porque dar-lhe forças para dar um passo em frente pode ser fatal.
Ao entrarmos no Kadosch diante o precipício da reluzente Jerusalém, descobrimos que somos divindades com todos os paraísos, céus e infernos dentro de nos mesmo.
dor calor cruel, vicio da tua carne,
sonho morto que desdenho, ilusões...
precipício, sentimento profundo,
mil lagrimas, não representam...
tal fardo sendo desigual...
momento que tento gritar entre essas paredes,
somente o calor sufocante...
parador na nudez da minha mente,
escuridão sem palavras...