Prazo de Validade
Lembrança x Saudade
Lembrança tem prazo de validade
Saudade tem formato, cheiro e cor
Lembrança é o ontem transformado em dor
Saudade é recordação, sintoma de felicidade
Lembrança é fato, fruto da mente da verdade
Saudade é a filha caçula do coração
Lembrança é uma viajem no tempo com a razão
As duas machucam no dia a dia
Lembrança é caminhar em falso na melodia
Saudade é encontrar poesia em cada palavra da canção
A beleza física é subjetiva e tem prazo de validade, enquanto que a interior se aprimora com o tempo e é vitalícia.
Algumas pessoas deveriam possuir prazo de validade, pois, só assim poderíamos descobrir com antecedência quando é que elas iriam se estragar.
...não deixe que te convençam que o amor tem prazo de validade. O amor é imperecível e tanto pode chegar aos 8 como aos 80... Tudo vai depender do quanto você acredita nisso!
Prazo de validade
Há que ser romântico também no fim. Quando tudo em volta parece ter virado plástico, é preciso sonhar, sair e recomeçar
Ser romântico no início raramente é um problema. O problema é ser romântico no fim – recusar-se a perceber que as coisas acabaram, persistir, contrariar a realidade, a inteligência e os próprios sentimentos. Não interessa se é uma semana, um mês ou se são 10 anos depois do primeiro beijo. Quando as coisas terminam, deveríamos ser capazes de perceber e aceitar. Raramente é o caso. Nos recusamos, coletivamente, a reconhecer o prazo de validade de sentimentos e relações. Queremos que durem para sempre.
Há um paradoxo aí. Aquilo a que nos apegamos no final nada tem a ver com a beleza do que sentíamos no início. O encantamento pelo outro sumiu. O desejo tomou um ônibus e foi morar em Barra do Piraí. A paciência, o carinho, o prazer de estar perto do outro quase desapareceram. Os planos estão cada vez mais turvos, enquanto as conversas se tornam cada vez mais ásperas. Ainda assim, nos agarramos. A quê? Provavelmente ao pavor da solidão e a suas implicações sociais, que não são pequenas.
Nessas horas, sinto que nos falta coragem e memória. Coragem para saltar no escuro insondável do futuro. Memória para lembrar que já fizemos isso antes, dezenas de vezes, com enorme sucesso, desde que éramos bebês e começamos a nos aventurar longe do colo da mãe. O mundo sempre foi uma sequência misteriosa de deslumbramentos e decepções que se renovam. É preciso acreditar e caminhar. De certa forma, há que ser romântico também no fim. Quando tudo em volta parece ter virado plástico, é preciso sonhar, sair e recomeçar.
Uma das coisas que acontecem quando perdemos contato com o amor é secretamente deixarmos de acreditar nele. Afundados na rotina insípida da sobrevivência emocional, ou mergulhados na solidão brutalizante, passamos a dizer a nós mesmos que aqueles sentimentos de exaltação e esperança que chamamos de amor não existem. A lembrança da existência deles é tão dolorosa que preferimos negá-la. Tratamos o assunto como ilusão, imaturidade, pieguice. Nos esquecemos, espantosamente, que um mês antes, um ano antes, dez anos antes, nos sentíamos apaixonados – e não pela primeira vez. Perdemos a memória de um sentimento que deveríamos cultivar com carinho. Ela nos permitiria comparar. Também poderia nos guiar quando fosse a hora de procurar de novo.
Como saber que essa hora chegou? Cada um tem seu jeito de perceber.
Há quem use o termômetro do desejo: acabou, já era. Mas o desejo pode ser vítima de um zilhão de circunstâncias alheias ao relacionamento. Às vezes, basta um fim de semana tranquilo para renová-lo. Como saber? Outros usam o carinho, tão essencial no dia a dia de quem vive próximo. Mas ele está sujeito aos diferentes temperamentos e humores de nossa vida profissional e familiar. Há que levar em conta essas circunstâncias. Muitos se fiam na queda nos padrões de paciência e no outro lado da moeda, a irritação com o outro. É um bom teste, mas poucos casais que partilham a intimidade há muitos anos resistiriam a ele. Rabugice passa a ser quase uma norma.
Não é fácil. Mais simples, acho, é captar o conjunto da obra e os sinais emocionais que ela nos manda.
Quando o olhar do outro não nos comove mais, quando seu corpo não nos diz mais nada, quando ouvir não é mais um prazer, quando falar parece um cansaço inútil, quando a beleza que se via antes não se acha, quando a personalidade vira resmungo, quando chegar em casa parece um saco, quando sair para encontrar torna-se um fardo, quando já não se ri, já não se enternece, já não se tem vontade de chorar na despedida, parado na esquina, abraçados – bem, então talvez tenha chegado a hora de acabar e começar de novo. Cheio de dor, cheio de esperança, cheio de medo e excitação pelo futuro que há de vir.
Ivan Martins para Rev.Época
Aproveite a vida, não importa a idade
dádiva divina com prazo de validade,
nem toda verdade tem que ser como é
não importa a cidade esteja onde estiver,
e se o tempo passar nada de desistir,
melhor a fazer é mar e sorrir.
"Confesso que foi bom, me fez feliz, me fez sorrir, mas acabou. O prazo de validade venceu, a bondade acabou e a idiotice desapareceu. Quem ontem esperava um pedido de desculpas, hoje espera nem ver seu rosto. Foi bom, mas passou, acabou, e às vezes assim que deve ser."
O prazo de validade do ser humano acabou a muito, muito tempo atrás, e ainda continuam a nos estocar.
Sabia seu preço alto, e do seu curto prazo de validade e mesmo assim paguei caro para ter vc comigo... Hoje seu prazo esgotou e eu fiquei sem você, Mas valeu a pena cada segundo que me mantive saciado com a sua presença!! Adeus
Reciprocidade tem prazo de validade. Lembre-se de constantemente continuar gerando valor para o maior número de pessoas possível.
“Somos um oxigênio dentro de um recipiente chamado vida, com prazo de validade, em ordem decrescente.”
gelo eterniza. papel também. eternos com prazo de validade, que fique claro, uma vez que desconheço o eterno em seu sentido mais vulgar, nunca soube de eternos eternos. gelo detém por algum tempo o próprio tempo, interrompe os processos corrosivos mais acelerados da carne vulnerável à decomposição e ao desaparecimento. mas o gelo cobra um preço para que a carne não volte tão rápido a ser pó: ele precisa interromper a vida para interromper o tempo. criogenia é a interrupção do tempo com o custo da vida, a manutenção da matéria exatamente como está no momento em que é congelada e tornada inerte, sem essência dinâmica. mesmo assim, quem é crionizado tem esperança de volta à vida, esperança é o verdadeiro antônimo da morte, a palavra que mais deve lhe incomodar.
O nosso belo, que fica à mostra, tem prazo de validade; já a nossa essência é por tempo indeterminado.
No mundo, ninguém vem com um manual de instruções e nem tem o prazo de validade revelado. Portanto, valorize quem merece e tá do seu lado. Plante coisas boas que lá na frente colherá bons frutos. Viva a vida e deixe de lado a vida dos outros. Sorria, chore, AME e se permita. Na vida nem mesmo você saberá quando seu prazo de validade irá terminar.
Meus pedaços, Nanda Ribeiro