Prazeres
Posso simpatizar com a dor de uma pessoa, mas não com os seus prazeres. Há algo de rigorosamente monótono na felicidade dos outros.
Viver uma verdadeira experiência amorosa é um dos maiores prazeres da vida. Gostar é sentir com a alma, mas expressar os sentimentos depende das ideias de cada um. Condicionamos o amor às nossas necessidades neuróticas e acabamos com ele. Vivemos uma vida tentando fazer com que os outros se responsabilizem pelas nossas necessidades enquanto nós nos abandonamos irresponsavelmente.
Queremos ser amados e não nos amamos, queremos ser compreendidos e não nos compreendemos, queremos o apoio dos outros e damos o nosso a eles. Quando nos abandonamos, queremos achar alguém que venha a preencher o buraco que nós cavamos. A insatisfação, o vazio interior se transformam na busca contínua de novos relacionamentos, cujos resultados frustrantes se repetirão.
Cada um é o único responsável pelas suas próprias necessidades. Só quem se ama pode encontrar em sua vida um amor de verdade.
Os prazeres são as únicas coisas que vale a pena serem vividas. Nada envelhece tão depressa como a felicidade.
Alguns têm coragem nos prazeres; outros, nas dores; alguns, no desejo; outros, nos medos; e alguns são covardes sob as mesmas condições.
ataraxia:
estado em que a alma, pelo equilíbrio e moderação na escolha dos prazeres sensíveis e espirituais, atinge o ideal supremo da felicidade! A imperturbabilidade!
Quando os prazeres daqueles que amamos estão em jogo, às vezes a sua gentileza sobrepõe-se ao seu julgamento.
Quando você compara as tristezas da vida real com os prazeres da imaginária, você não vai querer viver de novo, somente sonhar para sempre.