Prato
CHÃO E MESA
Não gosto de amores assim
Comidos de garfo e faca
Pelas beiradas
Degustados em pequenas porções
Muito menos de amores frios
Que ficam no canto do prato
Já não descem na garganta
Nem pode ficar pra amanhã
Gostosos são aqueles comidos como fruta
Arrancados do pé ou pegos no chão
Mordidos com vontade
Que escorrem pelo canto da boca
Nada é mais digno do que ser dono das sua ideias e serviçal das suas vontades, embora pareçam torpes aos olhos do alheio.
Me alimento de histórias contadas com verdades e graças a isso pago o preço comendo pouco. Os pratos que vejo disponíveis são de mentiras com pitadas de devaneio. Ter barriga cheia em um mundo assim é ter a noção de que migalhas reais sustentam mais que banquetes extravagantes.
É bom termos belos pratos à nossa disposição, mas, de que serve o prato se não há nada dentro? É bom possuir uma bela moldura para um quadro, mas, que importa a moldura se não há tela? Formidável é enfeitar a sala com magnifíco lustre, mas, que adianta o lustre se não foi instalada a luz? Se Deus lhe deu um corpo harmonioso, um rosto bonito, agradeça-lhe: mas, que importa seu corpo, se o espírito não é rico e não anima o corpo?
Por defeito em quem nos ajudou algum dia, é como ver um cachorro trocar seu osso por um prato de ração
Pior do que o ingrato que
cospe no prato onde comeu,
é o intolerante,
pois este sempre cospe no
prato que ainda vai comer.
Mônica e Cebolinha costumavam fazer piquenique numa pequena caverna em um lindo bosque, próximo de onde moravam.
A caverna oferecia abrigo e lá comiam os diferentes pratos que Mônica preparava com muito bom gosto e Cebolinha adorava tudo que ela fazia.
Mônica num destes piqueniques, observando Cebolinha devorar as gostosuras com satisfação, perguntou:
— Cebolinha, entre tantos e diferentes pratos que preparei pra comermos nesta caverna, me conte, qual deles mais gosta?
— Se está culiosa eu conto:
— Não adolo plato algum.
— Adolo Platão.
Receita
Sal, pimenta e molho de tomate...
Um pouco de mel , salpicado amor.
Mãos mescladas para se produzir misturas,
Ingredientes e corpos
A água fervendo, como o coração quente
daquela paixão.
Mãos tremulas, mente confusa, suor...
O tempero estava perfeito.
O gosto doce e ácido do molho com a apimentada relação.
Tentaram saciar a fome, porém o infinito desejo do comer
fez com que seus lábios tivessem vontade de sempre provar mais...
Devoram um ao outro como prato principal.
Quando as pessoas descuidam e deixam o prato cair, por mais que tentem juntar os pedaços, sempre faltam alguns cacos e nunca volta a ser como antes...
Desprovido de neurônios é aquele indivíduo que dá ao oportunista o privilégio de comer um prato cheio.
“Uma colher de vaidade, meia xícara de ego e duas pitadas de orgulho. Recheie com bastante arrogância e coloque para assar em seu coração, e terá assim o prato ideal para afastar todos aqueles que te querem o bem
A fome física pode ser saciada com um prato de comida controlada, enquanto que a fome espiritual com uma boa dose de preces, onde poderá ficar alimentado por muito tempo e sem a preocupação de uma indigestão