Pranto
Hoje me vi no espelho e não me gostei tanto.
Havia olho vermelho, um coração frio e nada de pranto.
Me vi querendo mais do que chamam de vida, em meio às feridas.
Me peguei remoendo as dores da lida, linda lida.
Vi rugas e marcas, de quem quis a paz e pediu trégua, mas vi de longe, porque ainda existia a guerra.
Vi quem nunca aceitou pouco, sempre quis tudo e buscou o dobro.
Quem aplaudiu a verdade, mesmo com dor de sinceridade, aceitando o inteiro e não a metade, mas tolerou com paciência a falsidade.
Do tudo, vi o nada, imaginei uma escada, que sobe pra onde o tempo apaga o que um dia ele mesmo acaba.
Olhei com uma certeza, não vi a tristeza, mas não encontrei a alegria, se ali uma estava, na esperteza escondida estaria.
Dentro dos olhos havia um segredo, um pouco de medo, vi a insegurança, senti uma mudança, mas logo desapareceu, voltou o frio, ficou vazio e logo de si se encheu.
Fechei os olhos, parei de ver, pra não me envolver, nem a imagem refletir.Em pensamento ainda via, era agonia, o que eu queria, mas não fazia o meu próprio querer.
Reabri os olhos, me vi mais maduro, um pouco seguro, olhei o futuro, pulei meu próprio muro.
Me vi no espelho, mas tudo que vi era reflexo...
Larapiador
... Se me vou num pranto deleitado sob'sombras,
serás o amargo do triste vazio,
por visto traduzido por bem - bendito amável,
que nas artérias da terra vir-me guardar...
... Viestes dum girar do mundo num som costear,
aqueles ciprestes pálidos no outonar,
vagueia o vento num cântico amoroso,
se faz teimoso nas duras penas folhas a levar.
- Arrebata minha alma aos confins a confinar-me,
no meu delírio posteio-me a vagar,
o faustoso campo de lírios destemidos,
em testemunha dos dias minha boa morte levar...
Sussurros sombrios ditam o tempo...
Ecos dilacerantes perdidos no vento.
Pranto da alma encarcerada em matéria oca!
Ódio que tenho de chagas e pranto
Desejo do coração ferido no passado
Destruição desse amor tão sonhado
Da flor amarga que perdeu o encanto
Perdeu-se na beleza pútrida do canto
Sentir turvado no olhar marmorizado
Na morte trágica , do coração gelado
Desse sombrio e perverso brilho santo
Em ruinas, jamas vou amar o bastante
Caminharei frio, endurecida e distande
e cego amor, tenho minha alma serena
Na dor a flor do ódio infinita saudade
Do amor morto, onde se cria a maldade
Ódio desse amor que não vale a pena
Pranto velado
... Essa estátua fria me dizia cabisbaixa,
sorrindo ao tempo em memórias parceladas,
por momento em suas lágrimas me irritavas,
sou um bêbado comedor de pedras,
sou um verme colocado ao chão sob seus pés,
frios quanto suas palavras não ditas me deixei escutar...
... Assombrada ela então se enforcou nos pingos de chuva,
qual seu céu azul salgava o doce das terras,
onde a flor gemeu ao ver tanta dor,
onde sejas cultuada noite se fez escura em mágoas...
... Ferrado meus parafusos se intercalam,
flagelos, mor despercebida passou,
rondou meus olhos no sopro da ventania,
onde há folhas semearei nosso amor,
onde padeço mui calado nesse mármore,
em seus ossos ferrosos,
sangras também um maltratado trovador...
"Choro porque o momento exige;
A emoção faz meu pranto derramar;
A sensatez me pede pra parar.
Digo à voz que me cale;
Peço ao pranto derramado que apague;
As marcas fortes e vivas;
Da dor da ferida contida;
Que apague o veraneio da vida;
Que tombe a sorte da cura;
Pra que acabe a tortura.
Palavras de amor, amenizam a cor;
Do verde que grita por socorro;
Do vermelho que sangra sem corte.
Quem sabe terei a sorte;
De driblar tua doença;
Em minha fervorosa crença;
Em sua face te salve;
Terei aqui minha metade."
Quando sofreres incompreensão e o pranto te encharcar o coração, recorre a Deus, pois Ele está acima de todas as tormentas da vida. Só Ele é capaz de edificar a tua vida e restaurar a tua felicidade.
Profª Lourdes Duarte
Quando tudo parecer perdido erga as mãos ao céus e ore em silêncio... ao ouvir teu pranto, ao sentir tuas lágrimas.. Deus,.te carregará nos braços e te mostrará o caminho.
Corcoveia vento aos quatro cantos do mundo, vai levando nosso pranto, ao cabisbaixo em esmo momento, te vás involuntário a buscar tempestades que no gemer me calas...
Muitas vezes sinto
Saudades da vida do campo
Desce pelos olhos/ em forma de pranto
Leite ao pé da vaca/ pesca no anzol
Horta no capricho/ cavalgada ao pôr-do-sol
Banho de cachoeira
Canto de cigarra
Bota e chapéu
Café, pão de queijo/ Broa e mel
Moda de viola
Estrelas pintadas no céu
Toca o berrante seu moço
Pra galera agitar
Gente bonita chegando
A festa vai começar
Num pranto se faz um caminho transitável, por quanto atravesse essa estrada em cada jornada um novo discernimento á explorar, quão desagradável que sejas serve-nos como um recostar...
Mesmo com tantos desencantos, eu ainda canto,em meio a tanto pranto, um sorriso de canto me tira o medo de ser feliz.
O espanto é o pranto...
O encanto perdido;
O vazio sombriu de quem tem medo...
medo de seu próprio desafio.
Doce ilusão
Arranquei folhas do meu coração para enxugar teu pranto. Adormeceste páginas. Ao amanhecer marca d’água escrita na pele de um romance e tu foste à capa e o conteúdo do livro que não li.
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