Pranto
BANAL
Daqui a alguns instantes,
Ao som da tua voz ou do teu sorriso,
Ao som do teu pranto...
Ao som do teu silencio,
Vou te contar
Como se fosse a coisa mais banal...
Sem que você perceba toda esta ansiedade,
Que fervilha nas minhas veias...
Daí então andorinhas farão tantos verões...
Quantas manhãs relutarão
Com seus raios dourados
A se entregarem calmas, fagueiras
Às tardes silenciosas e preguiçosas,
Até que você perceba a dimensão exata,
Então algum dia depois de todas andorinhas
E todos verões, numa manhã ensolarada
Ou numa tarde quase noite, cinzenta,
Fria e monótona de algum inverno,
Admirando o orvalhar nas plantas,
Sob uma neblina fria e constante
O olhar perdido na luz tênue
De alguma estrela teimosa,
Entre nuvens grafites,
Ouvindo a voz assustadora da realidade,
Dando-te a dimensão exata
Do daqui a alguns instantes...
Daqui a alguns instantes...
Nesse esvair-se...
Nesse dissolver-se...
Nesse descompor-se...
De uma forma assim inapelável e quase imperceptível..
Como açúcar na água ou como sal.
Como se fosse a coisa mais banal...
Você percebe que as tulipas murcharam
E que as auroras se foram...
No pranto uma gota me faça
assombrado poeta para noutra
me tornar selvagem eremita
sorrindo proscrito.
Pranto...
Se eu regar com meu pranto,
não posso esperar nada desta terra
que eternamente úmida,
vai apodrecendo as raízes
de cada semente
que brotar ali.
by/erotildes vittoria
o amor não nasce
não vive
e nem morre na cama
o amor não vinga
nem na birra
nem no pranto
mesmo a poesia
vez em quando
é só desespero
o amor pode até parecer
uma agulha cravada
entre as unhas
mas, meu bem, o amor não dói
é uma rede entre a sombra
das árvores no quintal
é um luar estrelado entre as serras
e as terras das três montanhas
é qualquer coisa
entre o singelo e o absurdo
entre o tumulto e o aconchego
é que eu também não sei explicar
mas sinto
grito
i n f i n i t o
Sorria mesmo que seu coração esteja em pranto,pq realçando a aparencia de um coração alegre mostrara ao mundo o que eles somente conseguirão visualizar.
Nilson Motta
“E mais uma vez a euforia do teu sorriso me desfez em pranto. Me ensina a ser assim, me ensina a achar graça da vida de novo. Te invejo. Te amo.”
ENTÃO EU ACORDO CANTANDO
QUE É PRAS MÁGUAS QUE EU ANDO SENTINDO
O MEU PRANTO IR LEVANDO....
mel - ((*_*))
[.....Pra todo aquele que só fala que eu não sei viver:
Chega lá em casa pruma visitinha,
Que no verso ou no reverso da vida inteirinha,
Há de encontrar-me num cateretê....]
BOM DIA AOS VIOLEIROS QUE TOCAM E AOS QUE DELICIOSAMENTE OUVEM!!!
Muitos poetas crescem para dentro numa implosão da alma, como nitroglicerina cálida do pranto em autocombustão... E, por sua vez, na aura o brilho eclode num parto, expõe-se o filho, o fio e o farto, num alto salto muito além da concepção.
Quando eu canto
É para aliviar meu pranto
E o pranto de quem já
Tanto sofreu
Quando eu canto
Estou sentindo a luz de um santo
Estou ajoelhando
Aos pés de Deus
Canto para anunciar o dia
Canto para amenizar a noite
Canto pra denunciar o açoite
Canto também contra a tirania
Canto porque numa melodia
Acendo no coração do povo
A esperança de um mundo novo
E a luta para se viver em paz!
Do poder da criação
Sou continuação
E quero agradecer
Foi ouvida minha súplica
Mensageiro sou da música
O meu canto é uma missão
Tem força de oração
E eu cumpro o meu dever
Aos que vivem a chorar
Eu vivo pra cantar
E canto pra viver
Quando eu canto, a morte me percorre
E eu solto um canto da garganta
Que a cigarra quando canta morre
E a madeira quando morre, canta!
Dixe-me
Deixe me chorar,
Deixe me gritar.
Afogar minha amargura no mais infinito pranto.
Lamentar o que eu perdi e também o que nunca tive.
Meus sonhos foram todos destruidos.
Minhas flores pisoteadas.
E meu coração esmagado.
E o que sobrou em mim?
Fragmentos...
Fragmentos que juntei um a um,
No anseio e na esperança de de recompor um ser.
De um dia alcançar, de um dia recuperar.
Deixe me chorar.
Não me console ,nem me censure.
Apenas fique ao meu lado .
E quando meus olhos se secarem e o pranto cessar.
Coloque me em seu colo,olhe nos meus olhos e sorria.
Pois é em ti que recupero meus sonhos.
No seu sorriso que tenho minhas flores.
E nos seus olhos que eu encontro o amor...
RETIRADA
E enquanto este teu lírico canto,
soluça o lépido pranto
do olhar sereno da aurora,
ela, aquela que seria capaz
de revolucionar o mundo por ti,
transcende aos teus protestos
em silêncio indiferente
E, lentamente, vai embora...
As nuvens já estão se dispersando.
Volto a sentir.
Em meus olhos já não há mais pranto.
Volto a sonhar.
Volto a sorrir.
Tão vazio são meus olhos, por não ver-te .
Há tanto pranto em meu riso e tú ser amado,
tão longe do meu abraço.
Então, ledes e diz-me!
Será assim tão insensato o coração?
Verti em vão todo o sentimento
e por muitas vezes temo a cada passo,
que do seu caminho desencontrou.
MERCEDES
De canto em canto
Pranto e mais pranto
Cheia de encanto
Caminhava a moça chamada Mercedes
Nome esquisito, motivo de chacota
Ela nada se importa
Nem se acha marmota
Tampouco se comporta
Mercedes travessa, sapeca
Mercedes educada, estudiosa
Como pode esquecer sua beca
Na porta da escola?
Pobre, Mercedes!
Desencantos desde pequenina
Porém, sempre alerta, astuta
Poderia ser uma mulher divina
Mas preferia a heroína
Nas esquinas se despia
Aos olhares do povo, mulher objeto
No seu íntimo, mulher sensível, igual a um feto
Certo dia, tal heroína acabou com Mercedes de uma só vez
Toda a cidade desabou em tristeza
Agora, como será sem a graciosa e desvairada Mercedes?
Como lembrança, guardo uma simples recordação
Um bracelete de ouro de Mercedes
O que corta, ainda mais, o meu coração.
Escrita em 17 de Maio de 2000, SP.
Mas quem diga, há que a vida é má e o pranto no rosto demonstra desgosto.
Mas isto é banal, pois tudo, afinal, faz parte do ser. Nem só alegria existir poderia em nosso viver.
E isto é loucura?
Doce amargura?
saber muito pouco?
se for inteligente
quem for diferente,
eu prefiro ser louco!
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