Pranto

Cerca de 604 frases e pensamentos: Pranto

Não quero a ideia sem pranto
Lamento sem encanto
Não quero a fera ferida
A presa abatida
Quero choro e canto

Quero o tesouro da traça
A ferrugem da lata
Quero da vida a farpa
É dessa ideia que vivo
É esse o encanto

Agora o que me resta
Senão o coração sofregado
Com sua partida
O peito ferido
A vida do bandido

Quero aquela que foi da fera da fera
Que largou essa lápide
Enterrada no meu peito
Sem dó, a torto e direito
A bela mais bela

Leve embora, ao menos, o que deixou
Se é que um dia me amou
Já que se vai como o vento
deixando a folha caída
roubando o perfume, a brisa


Leve as folhas mortas sortidas
Leve a fera ferida
Leve a presa abatida
Leve resto que restou"
Apague, ao menos, o rastro que ficou

Inserida por mcennes

meu bem, enxugue esse pranto
não carece esse chorar
mais vale um amor voando
que nunca ter podido amar.

Inserida por caroldomiciano

Tanto amei
Que me acostumei às facas
Me sinto nu, sem feridas
Me sinto seco, sem pranto

Tanto amei
Que se o tempo fosse tanto
E a vida fosse mais
E descuidasse de nós
Eu ia brincar de amar

Inserida por Deptulski

Pouco tango
pra tanto pranto
Muito canto
pra pouco encanto

Muita flor
pra pouco amor
Pouca cor
pra tanta dor

Inserida por MagaiverW

O vazio, o infinito, o piano
O vento, teu sorriso, teu pranto
Teu olhar, teu sonhar, uma noite de luar
As árvores a balançar


Um nó, uma dor, sem dó
A água, a alma, a calma
As folhas, o ar, a solidão
O silêncio, as luzes, aqui dentro


Aqui, assim, sem fim
Esse vazio que preenche-me
Depois de um acordar


Nessa noite de luar
A lua a me chamar
E eu em ti pensar

Inserida por marcosmarctins

Do riso se fez o pranto.

Hoje poderia ser mais um dia lindo e brilhante.
De repente, não mais que de repente, as plantas parecem murchas e as flores sem perfumes.
O sol escaldante, queimando a alma, ja nem sei mais se alma tenho.
Falta-me forças pra caminhar.
Só me restas banhar-me na lágrimas que ainda insistem em rolar...
Para onde foi? Se perdeu no deserto em meio a variedades.
Desapareceu-se de mim quando o alheio apareceu.

(Kare Santana)

Inserida por KareSantana

Só eu sei o quanto custa o meu sorriso, meu pranto é bem menos dolorido.

Inserida por AndressaBrazuna

E de repente um sorriso pálido, porém franco, um sorriso da alma, contrastando com o pranto.

Inserida por AndressaBrazuna

"Algum dia, quando meu pranto estiver acabado
Eu vou exibir um sorriso e caminharei sob o sol
Posso parecer um tolo
Mas até lá, meu bem, você nunca me verá reclamar
Eu farei o meu pranto na chuva"

Inserida por LittleDiamond

A primeira palavra
é choro
pranto abraçando o respirar
Ou será luz ?
a última palavra
é silêncio
quietude provocando temporais
ou será escuridão?

Inserida por luizsommervillejr

O Soluçar num pranto

Voz da solidão,
porta bandeira da dor
machucado coração.

Inserida por PaolaRhoden

Pranto para o homem que não sabia chorar

Havia quitandas naquele tempo. Vendiam verduras, legumes, ovos, algumas chegavam a vender galinhas em pé, quer dizer, vivas, mas eram poucas, pois todas as casas tinham quintal e todos os quintais tinham galinhas. Ia esquecendo: as quitandas mais sortidas tinham à porta, bem visíveis aos passantes, um feixe de varas de marmelo.
Para que serviam? Fica difícil explicar, mas serviam para os pais comprarem uma delas e a guardarem em casa, num lugar à mão e bem visível aos filhos. Quem nunca tomou uma surra de vara de marmelo não pode saber o que é a vida, de que ela é feita, de suas ciladas e enigmas. Há aquela frase: "Quem nunca passou pela rua tal às cinco da tarde não sabe o que é a vida". A frase não é bem essa, mas o sentido é esse.

Uma surra de vara de marmelo era o recurso mais eficaz para colocar a prole em bom estado de moralidade e bom comportamento. Acima dela, só havia o recurso capital de ameaçar o filho com um colégio interno da época: Caraça! Ir para o Caraça, a possibilidade de ir para o Caraça era uma pena de morte, uma condenação ao inferno, um atestado de que o guri não tinha jeito nem futuro.
Houve a tarde em que o irmão mais velho fez uma lambança com umas tintas que o pai comprara para pintar a casa de Segredo, o cachorro, que era solto à noite para evitar que os amigos do alheio pulassem para o quintal e roubassem as galinhas -repito, todas as casas tinham galinhas.

E "amigos do alheio" era uma expressão, uma metáfora civilizada que os jornais usavam para se referirem aos ladrões de qualquer coisa, inclusive de galinhas.

Pois o irmão foi surrado com vara de marmelo e chorou. O pai então proferiu a sentença que ele jamais esqueceria:
Homem não chora!

Em surras seguintes e sucessivas, com a mesma vara de marmelo (ela nunca se quebrava, por mais violenta que tivesse sido a surra anterior), o irmão tinha o direito de gritar, de urrar, de grunhir como um leitão na hora em que entra na faca, mas não de chorar.
Por isso, mesmo sem nunca ter tomado uma surra daquelas, ele sabia que um homem não pode chorar, nem mesmo quando açoitado por vara de marmelo. O vizinho do Lins, que tinha um filho considerado perdido, percebendo que a vara de marmelo era ineficaz como um remédio com data de validade vencida, adotou uma tira de borracha que servira de pneu a um velocípede desativado. Tal como a vara de marmelo, era maleável mas inquebrável, deixava lanhos nas pernas do filho -que mais tarde chegaria a ser capitão-do-mar-e-guerra, medalhado não em guerra nem em mar, mas por tempo de serviço.
Homem não chora e, por isso, ele decidiu que seria um homem e jamais choraria. O irmão, sim, era um bezerro desmamado, chorava à toa, nem precisava de vara de marmelo. Chorou no dia em que Segredo morreu envenenado -um amigo do alheio, antes de pular no quintal, jogou-lhe um pedaço de carne com arsênico.

Chorou mais tarde, quase homem feito. Esquecido de que homem não chora, ele chorou quando o Brasil perdeu para o Uruguai no final da Copa do Mundo de 1950. Não era homem. Atrás do gol, viu quando Gighia chutou e o estádio emudeceu e logo depois chorava, seguramente o maior pranto coletivo da história da humanidade, 200 mil pessoas que não eram homens, chorando sem vergonha de não serem homens.

Ele não podia ou não sabia chorar? Essa era a questão. Volta e meia forçava a barra, lembrava as coisas tristes que lhe aconteceram, o dia em que o pai o colocou de castigo, atribuindo-lhe a quebra de uma moringa. A perda da medalhinha de Nossa Senhora de Lourdes que a madrinha lhe dera, uma medalhinha de ouro que, segundo a madrinha, o livraria de todo o mal, amém. Não chorou nem mesmo quando, naquela primeira noite após a morte de sua mãe, ele se sentiu sozinho na vida e perdido no mundo.
Daí lhe veio a certeza. Poder chorar até que podia. O diabo é que ele não sabia mesmo chorar. Chorar é como o samba que não se aprende na escola: ou se nasce sabendo, ou nunca se sabe. Bem verdade que ele desconfiou de que os outros chorassem errado, misturando motivos. Por exemplo: o irmão, que era um Phd na matéria, quando chorava, fazia um embrulho de coisas e desditas, um mix de quebrações de cara e obtinha um pranto copioso, sincero, lágrima puxando lágrima, soluço puxando soluço.
Quando perdeu uma bolada num cassino de Montevidéu, foi para o quarto do hotel, bebeu meia garrafa de uísque e, tarde da noite, telefonou dizendo que, passados 40 e tantos anos, ainda estava chorando pela morte de Segredo.

Tivera ele essa virtude, aquilo que os ascetas chamam de "dom das lágrimas"! José, vendido por seus irmãos ao faraó do Egito, tornou-se poderoso e um dia recebeu os irmãos que o procuraram para matar a fome. Os irmãos não o reconheceram. José perguntou-lhes sobre o pai e retirou-se a um canto para chorar. Depois, sim, deu-se a conhecer e matou a fome dos irmãos que o venderam.

Jesus chorou quando soube da morte de Lázaro e o ressuscitou. A lágrima é um dom, e ele não mereceu esse dom nem mesmo quando Débora foi embora de seus sonhos e, como nos tangos, nunca mais voltou.

Inserida por mathiasportugues

As lágrimas inspiram a poesia.
O pranto vem ao anoitecer.
O que era alegria virou agonia
Confesso: não sei o que fazer.

Tenho que cumprir o meu dever
Mas a paixão me leva...
Também quero prazer
Mas minha mente se nega.

Os mistérios me atraem a você
De maneira inexplicável.
E são eles que fazem sofrer

Tão distante, tão amável.
É muito encantador
Sua falta canta minha dor.

Inserida por ErikaRebeca

Meu pranto escorria pelos meus olhos, por pensar, o que seria dos meus dias, mas em um instante, renovei todos os meus sentimentos, e segurei nas mãos de Deus.

Inserida por Juarezfsales

Quando estou com você meu mundo gira, quando estou com o coração em pranto lembro que você existe. E cada dia que passa, vejo a força das palavras agindo em nossas vidas. Você, sim, sabe me deixar alegre com um toque sutil de suas palavras. Sendo assim, vivo em busca dos teus caminhos, pois ao seu lado sei que jamais estarei sozinho.

Inserida por Kleniolopesdf

TRAUMA

O tempo arrastou a dor e o pranto,
Levou as folhas secas do meu mal…
E tudo passou, feito temporal,
Levando minha angústia a qualquer canto.

Ainda que o drama fosse tanto,
Esperei... já que tudo tem final!
Assim, nasceram flores no quintal
Trazendo nova vida, novo encanto.

Talvez até bastasse este presente,
Os instantes, pequenas alegrias
Ou esta tarde fria, tão somente…

Mas há horas que ainda são vazias
E há lembranças vis na minha mente:
Pesadelos devolvem estes dias!

Inserida por VeronicaMiyake

O choro da alma é pranto que não se enxerga... E o desamor destrói até mesmo a ilusão de viver!

Inserida por DANIELBUENO

QUEM SOU EU?

O pranto ressoa na mata enlutada por causa do fogo
No enlameado das águas em furor apos a tempestade
Jaz sem honra a beleza amortalhada soterrada na dor

Assim e a flora sem vida na estúpida tragédia
Junta-se a agonia do futuro sem cor em momentos de autentico desalento,
Alimentando-se da sua própria dor pranto incontido …sufocante

Chora-se fauna e murmura-se uma prece resignada
Porque me desnudas e me matas estúpido humano?
Não vês que assassinando-me também morrerás?

Sou uma floresta seca que antes era verde de mudas sementes e flor
Meus grãos, perdido por acaso, nasce e cresce na terra descuidada
Ponho folhas e haste e se me ajudares ajudo a salvar o planeta da estruição e da dor

O Justo não me consagrou Pão da Vida, nem lugar me foi dado nos altares.
Sou apenas plantas simples que te ajudará no respirar de seus filhos
Sou de origem obscura e de ascendência pobre mas te prometo
Se deixar-nós viver
Te darei muito
Perfume
E flor...

Inserida por ccb123

Toda insanidade
Tem em si
Uma certa castidade

Um certo ar santo
De todo pranto que cai
De tudo que se esvai
Um corpo que cai

Sou um sonhador
Apenas mais um lunático
A pensar que aqui
Nao é por certo meu lugar

Sou um copo, um corpo, quebrado no chao
Me divido em mil pedaços pontiagudos
Para me furar ou cortar ou nao.

Inserida por PedroAquino

Quando o amor é de menos o pranto desconfia...

Inserida por Liriancunha