Praia
Pedra és rocha
Não sei se são mais vivas as marcas que deixo onde passo ou as que levo de onde passei. O que sei é que, por gostar de opostos, quero que permaneçam vivas. Não fosse a sútil possibilidade de deixar marcas na areia da praia, poderia dizer que não teria apego algum pelo mar. Mas deixo marcas nele, e se outrora o mar vier a esmorecê-las eu deixo marcas também enquanto regresso. Travados em batalha pela vida, eu e o mar poderíamos passar anos a fio nesse desbravar. A areia adoraria ser pisada, socada, marcada por meus pés, como faz a mulher guerreira no trabalho doméstico com pano de chão... O mar equilibrado ficaria conformado, se recolheria e só iria voltar no dia seguinte. Não fosse a alegria, a extraordinária alegria de ver de cima, talvez nem me trouxesse tanto contento a altura. Mas não sou que marco a pedra mais alta e sim ela que marca em mim. É o relevo, o infinito limitado, o vento que chega, o misto de medo e alegria. As marcas são fortes, atemporais... Quantos anos de água até mudar sua forma? Não sei! O que sei é que: pedra és rocha e sobre as marcas que deixas em mim serás a força motriz para me fazer viver.
Rio de janeiro
Esse lugar ninguém esquece
Onde tem copacabana e um mar que me enlouquece
E quando chega fevereiro
Prova que Deus é brasileiro
É o espetáculo do carnaval
Me ensinando a ser feliz
É sinfonia de paixão e cor
Abençoado cristo redentor!
Iluminando toda essa cidade
Quem te conhece não quer mais sair
Pois não há melhor lugar pra ir
Se não estou no rio , estou com saudade
O ano inteiro sol é téu
Toda a beleza que nasceu
Rio de janeiro
Você também é meu
Se o vento soprar quero estar no mar, se a chuva cair não quero do canto sair, se o sol chegar quero minha pele queimar, se o mundo girar quero o horizonte florir e não me preocupo se o ponteiro do relógio não para. Sou de ficar onde meu coração se acalma. Eu sou alma lavada com água doce e salgada.
Vivendo em cima
De lajes, que para mim viraram ilhas,
Matando a sede em bocas ressecadas e goles de cerveja,tirando os estresse em tragos de cigarro, observando uma paisagem que mesmo estando tão perto só posso apreciar de longe, tons de verde esmeralda e azul marinho que as vezes se misturam ao vermelho sangue em noites de horror.
Hoje é o dia da água.
Aquela que nós desperdiçamos, sujamos e depois culpamos por inundar nossas cidades e ceifar vidas...
Vai, acelere meu coração,
viaje para junto das estrelas,
à noite vagam sonhos, ilusões,
te concedo o direito de tê-las !
O QUE É A VIDA?
A vida é algo que a gente tempera, que colhe do pé, é o sabor que vem na boca.
É o barulho que a gente faz e o silêncio que se conquista.
É mar azul em água cristalina.
É o sol que sempre vem e a nuvem que cá chega.
É um tal começo pra um possível fim.
É a certeza da escuridão por consequência da luminosidade.
É lutar pelo bem, para livrar os males das lutas.
É um brilho de lua sem luz própria.
É amor que se encontra e não tem como perder.
É o vento que move tudo e não tem cheiro ou forma.
É lógica estudada.
É o tempo que fala sem nada dizer.
É tudo que temos de um "vai saber?!"
As vezes a gente escolhe um lugar pela paisagem.
E admira a areia branquinha, a água do mar, o pôr do sol.
E decide que ali sera perfeito para construir o seu lar.
E começa a investir.
Levantando tijolo, por tijolo...
Crendo que ali de fato será feliz.
E depois da casa construída, escolhe os pisos, as janelas, as portas...
Tudo no mínimo detalhe.
Porque o anseio pela vista é maior que tudo.
No entanto, sem pesquisar melhor, não percebera que apesar da vista maravilhosa na areia da praia não sera o melhor lugar para se construir o lar.
Mas a insistência é tamanha, que ao aparecer uma rachadura aqui outra ali, cobria se com cimentinho.
Mas levantar uma casa na areia de fato não tera sido uma boa ideia.
A casa aguentou uma, duas... na terceira tempestade ela desabou.
E todo o tempo, carinho e amor ao se construir aquela casa tera sido em vão.
A lição é por mais que queiramos algo, e acreditemos que será o melhor, se não for da vontade de Deus. Tudo será em vão e ficará como mais uma linda lição de vida.
Aqueles olhos na direção do mar
Tanta beleza em um só lugar
Teu corpo moreno ao mergulhar
Meu coração volta a palpitar
Tanta gente para observar
E eu procurando um jeito certo de chegar
Fico tranquila ao ver a cor do mar
Essa é minha hora não vou deixar passar.
Vem cá morena veja como está o mar
Pega essa onda e curte o sol pra relaxar
Desce do salto porque aqui não é lugar
A vibe é positiva e a arte é de amar.
O meu desejo de poder te encontrar,
Te procurei nos quatro cantos com um olhar,
Você me viu e fugiu pra não notar,
Baixa essa guarda eu to aqui pra vadiar.
Hoje eu senti que eu devia te mostrar,
Que eu posso ser melhor basta se aproximar,
O meu carinho é igual a imensidão do mar.
Vem cá morena veja como está o mar,
Pega essa onda e curte o sol pra relaxar,
Desce do salto porque aqui não é lugar,
A vibe é positiva e a arte é de amar.
Em acordes de sol e sal
cantam as ondas no oceano
enquanto o meu coração
derrama lágrimas te chamando
A saudade dói no peito
diante da imensidão do mar
nele mergulho e sem jeito
quero ir ao fundo te buscar
mas sereia eu não sou
e volto ao meu devaneio
na praia onde a alma esperou
o amor que tanto anseio
Acordes de sal e sol - Metáfora criada pela autora e registrada
As palavras tornarem-se poucas
E isso tem nos mantido distante
Surgiu esse silêncio
Que anda fazendo barulho aqui dentro
Você não consegue perceber
No meu olhar
Não consegue sentir ao me tocar
Isso está fazendo bem a você?
E então nossa sintonia
Tornou-se monotona
A anos sei que preciso só de mim
Virou costume deixa somente uma trilha de marcas dos meus pés na praia
E eu nunca vou perder essa mania de sair por ai, pela estrada, sentindo a firmeza do vento em meus cabelos
Fecho os olhos abro os braços
É tudo tão calmo, tudo tão mágico
Eu não espero nada de você
Nem cobro nada
E isso é tudo
Olhar nos olhos dela foi como olhar o mar pela primeira vez...
Você sonha, se imagina lá, cria expectativas mas é surpreendido. Quando você vai se aproximando já consegue ver e fica admirado, quando chega bem pertinho já não surgem palavras para expressar tamanha admiração. É maravilhoso, você fica parado observando cada onda se formando e quebrando vindo de encontro a areia. De repente, enquanto aquela leve brisa toca o seu rosto, só observar já não te satisfaz, você vai de encontro para sentir, e com bastante cautela você apenas molha os pés, a inexplicável sensação te faz querer se jogar por inteiro na água, mas é preciso ir devagar, até uma pequena onda pode te derrubar. Esse é o momento que você precisa decidir entre guardar na memória ou enfrentar o medo das ondas e se jogar.
Olhar nos olhos dela foi como olhar o mar pela primeira vez.