Praia

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Viver não é uma viagem de férias numa praia de ilusões como você imaginou quando era criança.

Uma praia,um reggae,
E uns bons amigos,
É tudo que eu pedi pra JAH!

Valorize as pessoas que ficam com você durante a tempestade, porque em dia de sol, a praia fica cheia.

Enquanto a maré banhava a areia da praia, o Homem das Tulipas Holandês contemplava o oceano:
– Juntadora treplicadora envenenadora ocultadora reveladora. Repare nela subindo e descendo, levando tudo consigo.
– O que é? – Anna perguntou.
– A água – respondeu o holandês. – Bem, e as horas.

(Trecho do livro fictício "Uma aflição imperial, do escritor fictício Peter Van Houten)

John Green
. A culpa é das estrelas. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2012.

Vi pela primeira vez na multidão
A praia foi a moldura da situação
Minha pele negra brilhava ao sol

Só em olhar
sentia vontade
só em piscar
sentia saudade

Decepção
mas que decepção

Ela segurou a bolsa quando me viu
Sua postura demonstrava uma insatisfação com a minha cor
Seu olhar me fuzilava sem pudor
E a minha alma nua
alvo das flechas da discriminação

Decepção
mas que decepção

Só porque o meu cabelo é rás’
minha mente é paz

GRANDIOSIDADE
(poeminha do amor de mãe)

Lamentar-se em pranto na praia
Não polui o mar...
Pois que toda aquela água
São tão somente lágrimas
De uma mãe que também chora
Na mesma proporção...
Do amor que tem pra dar.

CADELA ROSADA
[Rio de Janeiro]

Sol forte, céu azul. O Rio sua.
Praia apinhada de barracas. Nua,
passo apressado, você cruza a rua.

Nunca vi um cão tão nu, tão sem nada,
sem pêlo, pele tão avermelhada...
Quem a vê até troca de calçada.

Têm medo da raiva. Mas isso não
é hidrofobia — é sarna. O olhar é são
e esperto. E os seus filhotes, onde estão?

(Tetas cheias de leite.) Em que favela
você os escondeu, em que ruela,
pra viver sua vida de cadela?

Você não sabia? Deu no jornal:
pra resolver o problema social,
estão jogando os mendigos num canal.

E não são só pedintes os lançados
no rio da Guarda: idiotas, aleijados,
vagabundos, alcoólatras, drogados.

Se fazem isso com gente, os estúpidos,
com pernetas ou bípedes, sem escrúpulos,
o que não fariam com um quadrúpede?

A piada mais contada hoje em dia
é que os mendigos, em vez de comida,
andam comprando bóias salva-vidas.

Você, no estado em que está, com esses peitos,
jogada no rio, afundava feito
parafuso. Falando sério, o jeito

mesmo é vestir alguma fantasia.
Não dá pra você ficar por aí à
toa com essa cara. Você devia

pôr uma máscara qualquer. Que tal?
Até a quarta-feira, é Carnaval!
Dance um samba! Abaixo o baixo-astral!

Dizem que o Carnaval está acabando,
culpa do rádio, dos americanos...
Dizem a mesma bobagem todo ano.

O Carnaval está cada vez melhor!
Agora, um cão pelado é mesmo um horror...
Vamos, se fantasie! A-lá-lá-ô...!

Eu quero deitar na areia de uma praia a noite, com o seu olhar fixo no meu e te amar

Enfim a sexta-feira chegou para amenizar essa semana chata, cheiro de final de semana no ar... praia, sol, bons drinks e muitas risadas com os AMIGOS, quero mais o quê?

Mesmo que eu morra o poema encontrará
Uma praia onde quebrar as suas ondas

E entre quatro paredes densas
DE funda e devorada solidão
Alguém seu próprio ser confundirá
com o poema do tempo.

Você é imprescindível na minha vida, assim como o mar é pra praia e o sol é pra lua.

Praia, nascer do sol, caneca de café, metade do lado, som do mar, silencio do mundo.

PARTIDAS E CHEGADAS




Quando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de beleza rara.

O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor.

Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram.

Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: "já se foi".
Terá sumido? Evaporado?
Não, certamente. Apenas o perdemos de vista.

O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade
que tinha quando estava próximo de nós. Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas.

O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver. Mas ele continua o mesmo. E talvez, no exato instante em que alguém diz:
já se foi, haverá outras vozes,
mais além, a afirmar: "lá vem o veleiro".

Assim é a morte.
Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível dizemos: "já se foi".

Terá sumido? Evaporado?
Não, certamente. Apenas o perdemos de vista.
O ser que amamos continua o mesmo. Sua capacidade mental não se perdeu. Suas conquistas seguem intactas, da mesma forma que quando estava ao nosso lado.

Conserva o mesmo afeto que nutria por nós. Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais necessita no outro lado.

E é assim que, no mesmo instante em que dizemos:
já se foi, no mais além, outro alguém dirá feliz: "já está chegando".

Chegou ao destino levando consigo
as aquisições feitas durante a viagem terrena.
A vida jamais se interrompe nem oferece mudanças espetaculares, pois a natureza não dá saltos.

Cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que se resolva por desfazer-se do que julgar desnecessário.

A vida é feita de partidas e chegadas. De idas e vindas.
Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada.

Um dia partimos do mundo espiritual na direção do mundo físico; noutro partimos daqui para o espiritual, num constante ir e vir, como viajantes da imortalidade que somos todos nós.

Queria Ter noção de quantas estrelas á no céu, de quantos grãos de área á na praia, queria saber até onde vai o infinito, porque quem sabe assim, também saberia o quanto eu amo você.

⁠Sou uma praia calma,
Um inverno rigoroso,
Sou a esperança de alguns,
Medo de outros,
Sou solto pelo mundo,
Sou jovem,
Não adulto.

1 As armas e os Barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo reino, que tanto sublimaram;

2 E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da morte libertando:
Cantando espalharei por toda a parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

(Os Lusíadas canto primeiro - 1 e 2)

Luís de Camões
Os Lusíadas

O deserto é uma praia que, por melancolia, se afastou do mar.

Futebol se joga no estádio? Futebol se joga na praia, futebol se joga na rua, futebol se joga na alma.

Por um instante ele conseguiu imaginar-se passeando ao seu lado na praia todas as noites, em um futuro distante.

Nicholas Sparks
SPARKS, N. The Last Song. London: Hachette UK, 2009.

Quero olhar no olhos
sonhar teu sonho
Correr pela praia
zelar teu sono
Amar eternamente
Viver intensamente
ao teu lado sempre...