Praia
Um jovem escritor.
Minha vida é como uma imensa praia de muito areal e pouca maré. Preciso de água: as dislexias em semântica, passarinhos a miar nas sentinelas dos caranguejos, sóis a formar plebe em nome da lua. Dispo-me. Não tenho vergonha de me expor. Salve Drummond que compreendeu toda precisão do mundo: pessoas, cafés, livrarias. As notas estrugem como vulcões: música, versos, pelicanos e outras delicadezas tímidas do dia. Há em mim enxaquecas dos byronianos, a vontade de encontrar o que perdi (despretensiosamente), fichas de carrossel. E essa manhã que ainda não raiou... Volta?
Uma canção para dormir
Nas casinhas coloridas
longe da praia, cantarola o
homem da montanha com seu
cachimbo fedido de caçador!
olhando o luar,
olhando o luar...
Ele afasta os mosquitos
com toda fumaceira que faz,
Com sua cara amarrada
espanta as pobres garotas,
que querem ele namorar!
olhando o luar,
olhando o luar...
Sorri sem a boca abrir, sempre
a observar, procurando uma caça
boa e suculenta, para o jantar!
olhando o luar,
olhando o luar...
Ele é sim, um tremendo casca
dura, mas tem a alma mais
pura, que se possa encontrar!
olhando o luar,
olhando o luar...
Dedicada
P.S
Uma doce lembrança, um odor suave retrospectivo, um sonho estranho, praia em julho, uma música e um sentimento inexplicável
Élcio José Martins
POEMA DE AMOR
Fazer poema sem falar de amor,
É como a praia nos dias sem calor.
Falar de amor cura no ser a dor,
Eleva a alma e destempera o rancor.
No jardim do amor,
Rega com perfume à flor.
Inspira o compositor,
Traz luz e magia ao cantor.
O amor é razão de tudo,
É luva de veludo,
É a cura do homem bruto,
É a árvore que dá bom fruto.
Sem amor não sei viver,
Melhor seria morrer.
É plantio pra ter o que colher,
É ternura em cada amanhecer.
Nasci sem pedir e sem querer,
Vim do céu ou da noite de bem-querer.
Beijo a lua ao anoitecer
Espero o sol em cada amanhecer.
Sou luz na escuridão da dor,
Sou afeto no parto encantador.
Sou a voz do animador,
Sou o caminho na construção do amor.
Na conquista sou jogador,
Faço cantigas, sou cantador.
Faço meu mundo velejador,
Trago ao meu lado meu grande amor.
No palco do desamor,
Não tem aplauso nem ouvidor.
Quem navega no mar do amor,
Vive a vida com bom humor.
É mais feliz quem ama,
Na sala, na cozinha ou na cama.
Cabeça erguida nunca reclama,
Colhe o lírio que sai da lama.
Sem amor o mundo pira,
Rasga o pano e solta a tira.
É o ato de amar que me inspira,
Se o amor é brega, sou caipira.
Élcio José Martins
Vamos visitar os Jardins da Praia de Santos...
Tô aqui esperando...
Beijos santistas,
Marcial
JARDINS DA PRAIA DE SANTOS
Marcial Salaverry
Jardins da praia de Santos...
Por vezes o homem colabora com a Natureza,
aumentando a natural beleza...
Pelos jardins santistas passeando,
a beleza dos gramados admirando,
o incrível colorido das flores apreciando...
As fontes... os repuxos d’água... induzem a meditar...
Existem locais para dançar...
Bucólicos recantos, convidam a namorar...
Locais para entretenimento,
fazendo a felicidade
para as crianças de qualquer idade...
Seus playgrounds com brinquedos,
recebendo as crianças em seus folguedos...
As mesas para jogos mais avançados,
para alegria dos aposentados...
Pelos jardins de Santos passear,
é algo para o turista sempre relembrar...
Em seus bancos sentar...
Não apenas para descansar,
mas para o misterioso mar apreciar...
As garças... gaivotas... em seu lindo voar...
O por do sol aguardar,
para os olhos deliciar ...
E também para namorar...
O fim da tarde... induz ao romance...
Jardins de praia de Santos...
Não é à toa que são chamados,
tidos e havidos como os maiores
e mais belos do mundo...
Viver em Santos...
Estar em Santos...
Sempre será um privilégio...
Marcial Salaverry
ENTREGA NA PRAIA
Sob o mar, ninguém morre p'ra feder
p'ra ser enterrado
para se ter cruz, ou usar luto
para se ter marcha funerária...
Rezas orações para o defunto
pára andar de cabeça baixa
por cima, ou por baixo de viaduto.
No mar, não tem cemitério...
Não tem cova não tem tumulo
travessa, semáforo, beco arruelas
estradas, caminhos... Fim de mundo,
mãos abanando adeus,
lagrimas de choro por ela.
Sob o mar... Tem vida tem perola
tesouro, historias perdidas,
sem moveis pergaminhos, luz arandela
... Roupas, ou pano de cambraia,
a vida se move por água
e a morte morre na praia.
Sob o mar, não tem triste nem tristeza
não tem rostos chorosos nem alegres
Não tem lagrimas
Não acende velas
não tem trégua nem telas.
Lá no mar...
Ninguém chora para os mortos
ninguém paga pelo que vive
Não tem cachaça nem bêbado
desavença nem segredo
sob o mar, nada e navega
a vida sob o mar...
É, uma verdadeira entrega.
Antonio Montes
A capacidade de informação de nossa mente contemporânea é como poeira na praia se comparado a quantidade de informações que utilizamos hoje
A capacidade de informação de nossa mente contemporânea é como poeira na praia se comparado a quantidade de informações que acessamos hoje.
Ah!!! Quanta vontade!!! Sonhei ou tive uma visão, onde estava na praia e de repente o sol escurecia e alguns instantes depois rompendo aquela "noite" maior e mais brilhante q o sol, a glória de Deus no céu se abrindo, e com ele uma multidão de Anjos e no centro sentado em um grande trono o Jesus! Não dava p ver os rostos só o contorno deles e da sua glória que como chama ardia neles! Está próxima a vinda de Deus! É chegada a salvação! Louvado seja Deus!
Rejuvenescer
Quem mora em frente a praia
Pela janela vê o sol nascer
Atira o tormento para longe
Sente a vida de novo renascer
Sente a vida de novo renascer
Sempre que olha ao horizonte
Chega a lua o fazendo rejuvenescer
Toca de leve na água da fonte
Toca de leve na água da fonte
Que lhe enche de coragem e vigor
A lua tem poder e deságua no monte
Todo peso da vida e rancor.
Surpresa
O amor chega quando menos espera
Seja na praia no bar ou na faculdade
Está na sociedade em toda a esfera
Não tem os obstáculos e nem idade
Vive no dia a dia da nossa amizade
Surpresa mais legal em qualquer era
O amor chega quando menos espera
Seja na praia no bar ou na faculdade
Ele não nos atende com marcada hora
Chega como um ladrão e nos surpreende
Preenche-nos e lava a nossa alma agora
Sentimento que controla toda essa gente
O amor aparece quando menos se espera
Se eu adormecer no vento, caio na vida,
sinto o mar, a praia de solidão...
Em cima das águas um conto da noite suplicada.
Caminhando na praia
Já caminhei tanto pela praia
Até sentia o cheiro da maresia
No jacaré que eu praticava caía
Momento especial em que vivia
Tudo era motivo para alegria
Muita coisa sensível percebia
Já caminhei tanto pela praia
Até sentia o cheiro da maresia
Estava na praia sempre que podia
Sonhava com os meus desejos e via
No lual quase sempre me divertia
Ventava nos cabelos enquanto eu lia
Já caminhei tanto pela praia
Sensação maravilhosa é caminhar descalço na areia.
Passear na praia deserta de gente e repleta de Deus!
Contemplar o céu e imaginar um voo rasante sobre o oceano...
Apreciando o mar com olhos de pássaros.
Deitar o olhar no horizonte sem fim...
Molhar os pés nas ondas que quebram na areia...
Sentir a vastidão e se entregar a beleza do instante.
Numa relação de cumplicidade...
Deus, Mar, Poesia e Eu!
Ela me tirou de casa
Ela me levou na praia
Tinha um tempo que eu não ria cedo
Era uma tarde mansa
Dia de euforia rasa
Tinha um tempo que eu não ia a praia
E ela fez melhorar tudo que há
E me levou até tudo que é
As canções de amor inventam amor
Mar da vida
No mar da vida
Deitado na praia do destino
Vejo-me alegre e sorrindo
Sobre o sol do futuro
Que brilhava como um sonho.
Levantei-me no presente,
e caminhando pelo passado.
Encontrei tudo que tinha buscado.
Na alegria de te encontrar,
o amor que me fez recordar.
Recordo-me de tudo que tinha vivido,
tudo que tinha amado e sofrido.
Amo-te, como tu me amas.
Amor reciproco meu e teu,
união realizada por meu Deus.
Em absinto ao solo da praia,
perguntando sobre o banhar do mar?
Se não entrar...
Não saberás o por quê estais nas areias à procurar!
Afundando as ondas,
que vem ao teu encontro ausentar-se.