Praça
lá na praça tinha pipoca ,
pinhão e muito pão,
o dono da barraca era o seu Joca ,
e na minha pipoca tinha minhoca !
Esses gatos e gatas que vivem na Praça não são alimentados por ninguém; nem ratos têm mais! – por isso, ali mesmo eles tratam de alimentar-se dos filhotes de passarinhos que nem saíram dos ninhos.
AJCMusskoff.
Sozinho acompanhado
Me sento na praça de alimentação de um Shopping em São Paulo para comer.
Em poucos minutos ali sentado, percebi algo muito estranho e duvidoso.
Olhando em minha volta, vejo muitos casais ali sentados, casais de todos os jeitos e trejeitos.
Em todas as mesas algo em comum, todos com seus smartphones ou tablets ligados.
Eu Sentado ali, sozinho, me perguntei, será que é melhor está só ou sozinho acompanhado?
Que dúvida cruel.
Earth just got a little stranger
Sozinho ou com celular, Seja feliz.
Quando não fui na praça
Não o fui por não mereceres
Não o fui por não querer
Quando não fui lutei contra mim
Talvez para não me deixar vencer
Meu coração queria estar lá
Meus olhos precisavam te ver
Meu estomago gelou
Mas precisei me deter
Acredite eu chorei
Sem ninguém ver
Oh como eu queria te merecer
E então estar com você
Nossas escolhas nos distanciaram
E no momento não podemos reverter
Oque me consola é saber
Que os planos de Deus ninguém pode vencer!
Queria estar lá
Mas não podemos nos perder
Aquele seria só um momento
Porem quero vida longa com você
Distante ou perto
Indo ou ficando
Você é insubstituível
Sempre estarei te amando!
Rutyenne Márcia
Do outro lado da poça
Está o amor!
E nasceu primavera
Nos olhos agitados
Na praça do Arpoador!
Em meio de festa e canto
Estava lá.
Gosto não porque se parece
Com algo que me faz recordar,
Gosto pelo tanto que pulsa no peito,
Gosto apenas por gostar.
Vai entender,
São coisas dessa vida,
Nem sempre podemos explicar,
Elas simplesmente acontecem
Como novelos de luz,
Fios e laços cerzidos
Pela palavra amar.
Quem poderia esperar?
O que me fez despertar?
Talvez uma flor embriagada
Pelo sol, ou até mesmo
Pelo luar.
No correr pela Ponte
Emerge em meus pensamentos.
À ida para Niterói,
Espero de novo atravessar
Para chegar do lado de lá
E feliz reencontrar
O motivo do novo sorriso
Que me faz ansiar.
Já não há tempo,
Diferença de idade,
Mas há silêncio
Parado no olhar.
Talvez nunca saiba
Que é você que do
Outro lado da poça está.
Hoje o dia está
Tão triste
As folhas dançaram
No arvoredo, na praça
Do Leblon,
O vento foi forte
Mudei tudo de lugar
A chuva foi fria,
Abalou
Os meus sentidos,
Pus-me a chorar
Resolvi então,
Na quietude,
Fazer canção
Que pudesse acalmar
O coração
Doente, dormente
Em pedaços, fragmentos...
Um Holocausto da paixão
Hoje o dia está cinzento
Alagou tudo aqui
Dentro de mim
Quero o gosto da sua pele
O cheiro calmo da sua cor
O abraço firme da sua dor
A ternura na face, de um beijo
Que me faça relembrar
O antigo amor.
SK8
Sinais de vela nos bancos da praça
Debaixo do sol enquanto o povo passa
Na city, street, fifith, nollie, nose slide
180 backside, Smith grind
Se equilibrado sobre o carrinho
Mapeando com cautela o caminho
Desvio da pedra, que pode conduzir a queda
Insatisfação e comemoração quando o shape quebra
Rodas e pés deixando rastros por onde passam
Streeteiros caçam, obstáculos naturais que o satisfaçam
E ultrapassam as leis da gravidade
Pra vencer cada degrau dessa cidade
A receita a palavra chave é a descoberta do segredo
Treino e autoconfiança pra vencer o medo
As ruas aguardam manobras
Transições, escadas, corrimões, calçadas
Skate debaixo dos pés
Dirigido por mim, guiado por Deus
As ruas aguardam manobras
Transições, escadas, corrimões, calçadas
Skate debaixo dos pés
Convicção pra executar a manobra com perfeição
Exatidão, calculando salto e a rotação
Suor escorrendo do rosto
Vou ali tomar água no posto
Joelho machucado mas sempre disposto
Diversidade
Esporte e diversão pra toda idade
O lance é dominar o pico
Sem completar a manobra eu que não fico
Por que skatista é sempre um vencedor mesmo sem patrô
Feminino mirim iniciante amador
Trajeto pra que um dia torne-se Profissional
Ser for fun é opcional
Tentativas e mais tentativas
Mentes criativas
Rodas em atrito com o piso
Manobra concluída e um sorriso
As ruas aguardam manobras
Transições, escadas, corrimões, calçadas
Skate debaixo dos pés
Dirigido por mim, guiado por Deus
POMBA - TROCAL
Não mais arredias...
Pombas na praça pousam;
A implacável fome amacia,
Ariscas aves que não voam.
Ruídos e ameaças
Não mais as incomodam.
Viver é a maior vontade...
E ao enganar a fome na cidade!
Vão-se, em bandos,
Enganadas...
Perseguidas,
Desejadas,
Caçadas,
Comidas.
Subtraem de fétidos recipientes
Energias provenientes
Do ambiente natural,
Dos transeuntes.
E em leves voos,não tão ditosos,
Rompem a força gravitacional,
No caminho inverso
Ao repouso;
Para refazer no dia seguinte...
No espaço marginal,
Entre pedintes,
Um novo recomeço;
Pois também no mundo real,
Da pomba-trocal,
A vida têm um preço...
Nemilson Vieira de Moraes - 16.01.16
A lua cheia hoje lá na altura
Se esparramando em formosura
Parece estar numa praça escura
Exibindo toda sua sua alvura...
mel - ((*_*))
Não nego.
Meu banco é o da praça
meu shopping é na bodega
não tenho nada de graça
pobre que não se entrega
sou nordestino de raça
origem que não se nega.
Crianças fora da escola
nas ruas pedem esmolas.
Dormem nos bancos da praça,
nos viadutos ao relento.
Dias de frios e vento
cobrem com dores e mágoas,
carentes de amor e pão.
Maltratadas e exploradas,
vagueiam sem rumo e drogadas
matam por alguns trocados.
Crianças sem esperanças,
caminham soltas, acuadas
E cansadas de sofrer
vagabundeiam por aí
porém, ninguém quer ver.
Quero num dia qualquer
Andar de mãos dadas na rua
Sentar na praça olhar a lua
Ser menina ser mulher...
- Que saudades..., Xanxerê; soltar a pipa lá pro céu; rodar o pião e jogar bolita no chão da Praça; e, que bom, pés descalços pisar a terra, andar de bicicleta, pescar lambaris com minha mãe; e nadar no rio, inda verde-azul...; namorando a vida e matutando a sorte.
Adi J.C. Musskoff. (Caminhos e Destinos..., No tempo dos Pinhais).
O Anjo da Praça
A vida é tão incrível e surpreendente...
- Agora a pouco fui almoçar e sempre que o restaurante onde eu vou, está cheio, peço a comida para levar e me dirijo a uma praça que está na esquina, sento no meu banco preferido e enquanto estou comendo, aproveito para fotografar os pombos, observando o movimento e quando o seu Carlos,um venezuelano andarilho, que sempre está por lá,vem conversar comigo,eu adoro,gosto de ter companhia para dividir uma refeição e com uma boa conversa, melhor ainda... ele é um senhor muito agradável, bem humorado e cheio de histórias e estórias, para contar. Ele conhece todos que frequentam a praça,sabe seus horários e diz ele, que quando alguns dos frequentadores, estão com um semblante tristonho ou diferente, ele fica observando-os e mentalmente cria uma estória feliz para cada um rosto que aparece na pracinha dele e hoje ele me contou a estória que criou para mim, quando me viu a primeira vez, sentada ali, almoçando com os pombos. Eu fiquei tão emocionada com sua sensibilidade e com a coincidência de ele ter criado exatamente, o que tenho vivido, só que reinventada com menos dramas e tristezas, foi como se rebobinasse o filme preto e branco, dos meus últimos anos, só que colorido, feliz, alegre, no lugar das lágrimas; sorrisos. Foi inevitável não derramar alguns, ao ouvi-lo observando atentamente, seus olhos expressivos e com um ar bucólico no fundo deles, ler seus lábios com um sorriso transparente, singelo e juvenil, ao pronunciar cada palavra .. quando não consegui mais, as lágrimas discretas e começaram os soluços, ele mudou de assunto e perguntou se podia fazer comigo uma coisa que sua mãe sempre fazia com ele, quando ele estava chorando, eu consenti com a cabeça, e ele se levantou, tirou meus sapatos, sentou bem próximo a mim, encostou minha cabeça no seu ombro e tocando suavemente meus cabelos, cantou uma canção e eu comecei a sentir uma paz, um calor no coração e ele me olhou e disse que sua mãe que se chamava (___) sempre conseguia acalmar o seu coração, assim. Foi a parte mais surpreendente deste momento, ele só conhecia meu apelido e o nome da sua mãe, era o mesmo que o meu.
Se bater saudades, me procure no velho banco da praça, ou até mesmo atrás da velha estação, se eu não estiver me procure naquele lugar que costumávamos sentar para pensar na vida. Mas se a tua saudade for maior, bata na minha porta sem hora ou qualquer desculpa planejada, apenas bata. Que por ti eu sempre estarei a espera.
PRAÇA DAS NAÇÕES
Dá licença Castro, mas...
A praça não é do povo
Como o céu não é do condor
A praça é do Cagado, do bigola
Do Perneta, do Zé-da Ana e do Paquinha
A praça é das nações
Como o céu é das andorinhas
A praça é da igreja
Como a noite é da polícia e da dor
A praça é da mulher que beija
Como é da beata, a ladainha
A praça é do “Especial”
Do rato, do Râmbert, do Preto
Do Popeye, do Pão-Branco, não!
Do Luquinha, do Edinho e minha
A praça é do som estridente da sanfona do Zé-da-Ana
Em busca do tão sonhado refrigerante
A praça se cala, se acalma sob o som que toca
Tocantins de um Luiz Tupiniquim
Sob o passo largo e óculos escuros, dobra-se o mastro
E a praça se rende ao tom do ‘Safari” e Jair de Castro
A praça se inquieta com oradores, padres, missas e cultos
E fica indecisa com Willama, seus atores, atrizes, todos cultos.
A praça é dos amores
A praça é viagem
A praça é dos pecadores
A praça é passagem
A praça é o obstáculo e o receptáculo
É o caminho que nos leva ao “espetáculo” dos céus
Que passa pela lente objetiva de Tadeu
Que também ama a praça e Ama Deus
Que passa pela pena mordaz de Rezende
E pela crônica eterna de Jauro Gurgel
Passa pela subjetiva câmera de Silésia
E de sua nordestinidade Jaqueline. Visse?
E passa... só não passa pela indiferença das elites,
Dos vidros elétricos de Ômegas, Fiats, Vectras e vereadores.