Praça
Foi ontem, época de praça geral louco
Subconsciente grava imagem sangue e amigo morto
Mundo escroto que, amputa inocência a gente aceita
Sempre pacientemente o beco é sujo, estreito e torto
O "Sem Poema"
Sem beira, nem eira,
Sem cor, sem graça,
Na rua, no banco da praça,
Solitário e sem tema
O Sem Poema
Sem vida, sem sabor.
Sem calor, sem nada,
Nem dor, no sofá da sala.
A mente presa a algemas.
O Sem Poema
Sem brilho, sem trilho,
Sem cheiro, sem amor,
Insipido, inodoro e incolor.
Numa ausência extrema.
O Sem Poema
ORIZA SATIVA
No meio do mundo
bem no meio
da cidade grande
no meio de uma praça
bem no meio
do mundo hippie
achei um grão de arroz
para colocar
nossos nomes.
Quando eu completar dezoito anos quero que me enforquem em praça publica para mostrar o quão patriota sou.
O distante solitário no banco de uma praça
Apaixonante de palavras meigas
O garoto dos planetas, dos meus planetas
O Garoto das estrelas
Praça
Rostos desconhecidos
Tão pouco aparecidos
De onde Deus sabe donde
Estão misturados frente a frente
Nesse universo tão grande
Que apavora,amedronta e assusta
O que é isso?
Sementes do mau
Plantadas ao redor de todos
Sempre prontos a destilar seu veneno
E sair por aí,a falar mentiras e crueldades.
Por ser um mundo assim, só veneno
Tão pequeno para tantas igualdades
E que penamos e sofremos
Sentindo talvez uma certa liberdade
Oh!loucura abençoada
De todos a maldade a mais amada
Nesse mundão que eu nem conheço
Respondo a tudo com intuição
Não temendo repressão
Serei louca?abestalhada?
Que o diga esses pombos que aqui estão
A fazer da praça sua mansão
E a pegar do chão grão por grão
O que vai lhes dar sustentação.
Os partidos políticos ficaram com o nome sujo “na praça”, ao invés de expulsar os bandidos, resolveram só trocar a “razão social”.
Seja no beco ou seja na praça
Os carros me sugam com a sua fumaça
Não sei se é abril, fevereiro ou março
No tempo eu esbarro, da vida disfarço
Asfalto de rua, tampa de bueiro
Sem uma cama e sem travesseiro
Durmo com medo e acordo cansado
Não tenho futuro, eu vivo o passado
Coração na praça
Boquiaberto está meu coração...
surpreendido e rendido!
bendita e bem traçada as ondas quânticas
em sua trança dança
sagrada andança...
Praça palco encontro beijo
ensejo desejo sem receio...
corpos em recreio
piquenique abraços laços
cesta de agrados alados...
Abraçados em linhas que se buscaram
e... “rabiscam” um enredo sem medo...
Literatura arremedo em linhas bem traçadas...
Nossa dança arrepia e (re)cria
poesia principia amar!
Medo mesmo, ou mesmo medo.
Eu tenho muito medo do mesmo, mesmo banco, mesma praça, mesma rua, mesmas pessoas, mesma casa, mesmo carro, mesmo jardim, mesmas flores e tantos outros mesmos. E um mundo de mudança e velocidade, já imaginou ficar prisioneiro do mesmo ?
Medo de sair, não é sair com medo e sim, se sobressair. Coragem, não é ausência de medo e sim, coragem de enfrentar o medo. Estar equilibrado não é estar imóvel, estar equilibrado é mover sem se desabar. Alguém que diz não ser medroso, ela não quer dizer ser corajosa ou medrosa, e sim inconsequente.
A melhor maneira de ficar vulnerável, é achar que está invulnerável. A melhor maneira de ficar desprotegido, é achar que já está completamente protegido e assim a segurança psicológica entra em ação e a mudança de comportamento acontece, como dizia um amigo meu e já falecido: "a sorte segue a coragem".
Bora...
Um café na padaria
A ida ao parque
Um passeio na praça
O correr na garagem
O grito de gol
O aplauso no teatro
A roda de violão
A pintura do salão
Uma linha ao lago
A fantástica gargalhada
O churrasco nas mãos
O abraço de coração
Tudo pode ser perfeito
Cada minuto é valioso
Ame, demonstre, faça acontecer
"As árvores derrubadas ontem na praça do Fórum em Ituiutaba deixam uma triste sensação de perda e nos faz refletir sobre a necessidade de conservar e proteger o meio ambiente."
Em um vilarejo ao entardecer,
O céu tingido, sol a se esconder,
Na praça pequena, roda encantada,
Surgiu a festa: Sábado Naba Lada.
Com risos e danças, sem nenhum pudor,
Crianças brincavam, num redemoinho de cor,
Senhores cantavam histórias passadas,
E os jovens teciam novas jornadas.
A música ecoava, doce e sonora,
O tambor marcava a batida da hora,
"Venham todos!", gritava uma fada,
É tempo de vida, Sábado Naba Lada!
Na mesa comprida, delícias surgiam,
Bolos, especiarias, as mãos dividiam,
Entre abraços e laços, a mágica morava,
O dia perfeito, Naba Lada celebrava.
E quando a noite, de estrelas vestida,
Cobriu a festa com a sua saída,
Restou a memória de uma risada,
De um sábado único, Sábado Naba Lada.
Em volta era só pássaro e peixe, o cansaço de não acontecer nada. Cidade besta. Uma praça, uma igreja, nenhum semáforo, conversas repetidas. Quem consegue sair, vira herói e assunto. No domingo, as famílias vão para a rua e andam de uma ponta até outra e bem devagarzinho, que é para cidade não acabar rápido demais.
Quero o banco da praça, para sentar e ver a moça passar.
Quero esperar ela passar mais uma vez, outra e mais outra; até eu criar coragem de perguntar o seu nome.
Quero vê-la passar e lançar os cabelos para o lado, jogando o charme que só uma moça bonita sabe fazer.
Não preciso enviar um oi no celular, quero que ela veja tudo no meu olhar; começando pelo ingênuo e velho piscar de olhos.
Quero trocas de olhares discretas e encabulados de uma atração sem malícia.
Quero pedir, depois de horas de conversas, um encontro no mesmo lugar, não em um motel vulgar.
Quero pedir a mão dela, para ela ser a noiva do meu álbum de casamento, não apenas um nudez em meu aparelho de celular.
Quero voltar a ser um "quadrado" amante a moda antiga, com flores, chocolates e cartas de poesias.
Podem tirar o busto da praça.
Destrua a estátua de herói na entrada da cidade.
Arranquem as medalhas de honras fúteis que foram dadas ao longo dos anos.
Eu cansei de ser o que as pessoas esperavam que fosse.
Não dá mais para colocar a armadura de um herói imbatível, que nunca chora, nunca perde, nunca sente.
Esqueçam os aplausos que eram dados todas as vezes que eu acertava, e fazia algo que a maioria não faz.
Chega! Não dá mais para viver uma vida que coloca o sorriso no rosto e a alma chora pela dor de está presa a padrões que foram imputados pela sociedade.
Acaba-se hoje, o mito do homem inerrante e perfeito.
Hoje está sendo destruída a carcaça de homem forte, que fora colocada.
O menino morto e esmagado na infância, pelas cargas que foram colocadas sob ele, ressurge sorridente e leve, com um grito de liberdade da alma.
Vou viver, serei o que sou de verdade.
Não atenderei os clamores populares e exigências de pessoas que desejam perfeição em um ser decaído, fraco, cheio de impulsos. Porém, um ser que pode e deve ser livre e leve.
Não adianta colocar a estátua da maravilhosa escritora Raquel de Queiróz em uma praça para ser apreciada por alguém que só percebe o bronze sendo derretido e vendido como sucata. É preciso primeiro ensinar o significado simbólico que tal monumento tem para a comunidade.