Praça
"Os velhos jogam dama na praça, professores de tudo o que é dor...fingindo esconder a falta que faz viver um grande amor...nada mudou..."
O banco da praça é uma instituição confiável, pois são depositadas, sem desconfiança nenhuma, diversas conversas com amigos desconhecidos cujo tema passeia entre segredos, aventuras e sonhos.
LIÇÕES DA PRAÇA
Sentado na praça, num banco, que fica num canto,
sinto o odor das flores e contemplo as cores.
Vejo o bailar dos pássaros
em vôos de liberdade. Igual à que tenho,
porém, não a faço uma verdade.
A fonte luminosa e jorrante,
esplendorosa,
brilhante,
pela qual descem véus de água cristalina,
que vão e vêm,
ensinando que os ciclos se renovam,
e que todos,
a seus respectivos tempos,
beleza peculiar ostentam.
A banda no coreto postada,
toca as músicas da saudade,
aquelas do tempo em que tive vaidade,
Observo o ziguezague de pessoas ao redor,
as moças com marcha à direita,
os moços à esquerda,
se cruzam, flertam e se vão.
Não é tudo que se admira que se pode ter,
não é tudo que está no caminho que vai ficar.
Praça, simples praça,
cheia de sabedoria,
cheia de graça,
nela descanso,
num remanso,
e com suas lições
paz alcanço.
Nunca ouviram falar do louco que acendia uma lanterna em pleno dia e
desatava a correr pela praça pública gritando sem cessar: “Procuro Deus! Procuro
Deus!” Mas como havia ali muitos daqueles que não acreditam em Deus, o seu
grito provocou grande riso. “Ter-se-á perdido como uma criança” dizia um. “Estará
escondido?” Terá medo de nós? Terá embarcado? Terá emigrado?” Assim gritavam
e riam todos ao mesmo tempo. O louco saltou no meio deles e trespassou-os com
o olhar. “Para onde foi Deus?” Exclamou, é o que lhes vou dizer. Matamo-lo...
vocês e eu! Somos nós, nós todos, que somos seus assassinos! Mas como fizemos
isso? Como conseguimos isso? Como conseguimos esvaziar o mar? Quem nos deu
uma esponja para apagar o horizonte inteiro? Que fizemos quando desprendemos
a corrente que ligava esta terra ao sol? Para onde vai ela agora? Para onde vamos
nós próprios? Longe de todos os sóis? Não estaremos incessantemente a cair? Para
adiante, para trás, para o lado, para todos os lados? Haverá ainda um acima, um
abaixo? Não estaremos errando através de um vazio infinito? Não sentiremos na
face o sopro do vazio? Não fará mais frio? Não aparecem sempre noites? Não será
preciso acender os candeeiros logo de manhã? Não ouvimos ainda nada do barulho
que fazem os coveiros que enterram Deus? Ainda não sentimos nada da
decomposição divina... ? Os deuses também se decompõem! Deus morreu! Deus
continua morto! E fomos nós que o matamos! Como haveremos de nos consolar,
nós, assassinos entre os assassinos! O que o mundo possui de mais sagrado e de
mais poderoso até hoje sangrou sob o nosso punhal. Quem nos há de limpar desde
sangue? Que água nos poderá lavar? Que expiações, que jogo sagrado seremos
forçados a inventar? A grandeza deste ato é demasiado grande para nós. Não será
preciso que nós próprios nos tornemos deuses para, simplesmente, parecermos
dignos dela? Nunca houve ação mais grandiosa e, quaisquer que sejam, aqueles
que poderão nascer depois de nós pertencerão, por causa dela, a uma história mais
elevada do que, até aqui, nunca o foi qualquer história.
Princesas e cowboys...
Banco de prosa no canto da praça
Viola a entoar canções sertanejas
No céu, balões a subir
Dançam princesas cirandas de roda
Fogueira queimando, estrelas que brilham
Por sobre meninos, são todos cowboys
Chega a manhã que ara com brilho
Os olhos da cor de esperança
Dos pequeninos
Brincando entre tantas fantasias
Sem saberem que na vida
São todos heróis
Eu nunca fugi de casa, nem me droguei, tampouco fiquei bêbada ou dormi em um banco de praça, eu simplesmente me arrisquei a sentir, e as consequências dessa escolha foram muitas.
minhas amigas me chamam de doida mas quando estou com elas parece que a praça virou um local de doidos!!!!
Na praça
Aquele homem distinto de olhar distante
Lembra meu avô
Que não ouvia
Só sentia
A vibração dos sons ecoantes
Aquele homem distinto
De olhar distante
Foi ontem, época de praça geral louco
Subconsciente grava imagem sangue e amigo morto
Mundo escroto que, amputa inocência a gente aceita
Sempre pacientemente o beco é sujo, estreito e torto
Sinto falta dos belos momentos entre nós dois, das longas conversas sem sentido no chão da praça ao amanhecer de um novo dia. Sinto falta do que eu era antes sem você, da minha paz e calmaria. Sinto falta da época em que não te conhecia, da época que tudo era maravilha. Sinto falta do seu olhar certeiro que acertou meu coração em cheio, da sua voz, do seu cheiro. Sinto falta do seu jeito grosseiro e estupido de me fazer feliz. Sinto falta do que eu era sem você, mas acima de tudo, sinto falta de você. E hoje, só restou esse enorme paredão de orgulho, impenetrável, feito aço.
Numa praça tem um banco inerte e calado,apenas experimentando abraços ,sorrisos e prantos, conversas acaloradas e pessoas caladas, dando colo a quem precisa, descanso pra quem busca e paz, mas só pra quem a procura
Estrelas brancas...
Lá no meio da praça,
cresceu um pé de magnolia
e quando as flores desabrocham,
viram estrelas tão brancas
que se parecem,
com a paz de um coração tranquilo
transbordando delicadeza
e fazendo a gente pensar
como é possível uma flor,
fazer de uma vida atribulada,
um imediato, serenar.
by/erotildes vittoria
Menina linda, por que choras? Perguntou uma senhora a uma menina sentada no banco da praça.
Por que esta doendo, senhora. Respondeu a cabisbaixa menina. A senhora então, sentindo um mix de curiosidade e preocupação, sentou então ao lado da menina e lhe perguntou, você se machucou? O que aconteceu? A menina então levantou a cabeça com os olhos cheios de lagrima,olhou para senhora e respondeu, não senhora, não me machuquei, quer dizer, me machuquei, mas não da maneira que você está pensando. A senhora então ja muito curiosa, olhou nos olhos da menina e disse : entao explique me o que aconteceu. A menina entao decidiu explicar e disse: sabe, descobri que não tenho capacidade de fazer o homem da minha vida feliz, sei que sou nova para falar essas coisas, mas isso me decepcionou tanto, e o pior é que eu estou o perdendo de pouco em pouco, ele nao reparou isso ainda, mas quando reparar, ele dirá adeus e eu nao quero ouvir isso. Acabando sua explicação, uma lagrima surge escorrendo no rosto da linda menina. A senhora com uma expressão facil triste, pegou na mão da menina e disse: O amor é complicado, eu sei. Mas eu sei tambem, que tem como descomplica-lo. Pequenos gestos,pequenas atitudes podem ajudar a melhora-lo. Sei que esta doendo ai dentro mas fique tranquila. Isso é normal,minha jovem! O amor é como uma rosa, te encanta pela flor, mas te machuca com os espinhos. e sabe, tem como ficar so com a flor, você apenas tem que tirar o espinhos, demora? Sim. Tentando tirar os espinhos você pode se machucar? Sim. Mas no final, você so terá a flor, e valerá a pena.
Lá estava ele, parado, sentado no banco da única praça da cidade, tão lindo, tão meu. Eu sabia que ao me aproximar, uma onda de dor me atacaria pelo simples fato de eu não poder chegar em você. De não poder sorrir pra você. Pensei em atravessar a rua para não passar na sua frente. Mas ainda assim fui, aproximei-me e como dito, eu não poderia nem ao menos sorrir pra você, para não mostrar nos meus olhos a angustia de não tê-lo ao meu lado. Eu me aproximei:
- Oi, ele disse.
- Oi.
- Senta aqui, preciso falar com você.
E eu, sem dizer uma palavra me sentei.
- O que aconteceu? Porque tá sendo assim comigo?
E eu, uma uma gota de lágrima desceu dos meus olhos. Eu fiquei tonta, era como se eu tivesse ouvido a lágrima cair no chão. Virei de costas pra ele, para secar minhas lágrimas e respondi:
- É que eu... te amo tanto, que não teria forças suficientes pra suportar a dor de olhar pra ti, e ver que é só um sonho.
E no momento em que me virei para ver a sua resposta. Percebi que já era tarde. Ele já tinha sentido, já tinha visto, com uma lágrima ele percebeu o que eu sentia. E me deixou ali, sentindo a leve brisa do vento nos meus cabelos. Eu quis morrer, não tinha mais sentido viver em um mundo onde o seu amor, não fosse a força pra me levantar e seguir em frente.
Quando eu completar dezoito anos quero que me enforquem em praça publica para mostrar o quão patriota sou.
Coração na praça
Boquiaberto está meu coração...
surpreendido e rendido!
bendita e bem traçada as ondas quânticas
em sua trança dança
sagrada andança...
Praça palco encontro beijo
ensejo desejo sem receio...
corpos em recreio
piquenique abraços laços
cesta de agrados alados...
Abraçados em linhas que se buscaram
e... “rabiscam” um enredo sem medo...
Literatura arremedo em linhas bem traçadas...
Nossa dança arrepia e (re)cria
poesia principia amar!
Seja no beco ou seja na praça
Os carros me sugam com a sua fumaça
Não sei se é abril, fevereiro ou março
No tempo eu esbarro, da vida disfarço
Asfalto de rua, tampa de bueiro
Sem uma cama e sem travesseiro
Durmo com medo e acordo cansado
Não tenho futuro, eu vivo o passado
e hoje a nossa querida e amada chuva
nos deu o ar da sua graça
passou com alegria na praça
e se foi, nos deixando sem graça
volta pra não mais ir embora
pois tem quem chora a sua falta aqui
saudades imensa de voce
saudades da felicidade
de quando voce esta por perto
saudades, saudades e mais saudades!!!