Praça
RECIFE CENTRO
O teatro e a ponte
A praça e o grande rio
Esquentam o coração
Não te deixam passar frio
Capital de frevo e cor
Um povo que esbanja amor
E no sangue tem seu brio
A MONTANHA DA MORTE
Sentado no banco da praça, olho para cima e vejo uma linda montanha, tão alta que pode ser vista por “todos”.
Ela é linda, tem uma cachoeira de águas cristalina, e o contato da água com as pedras, formam nuvens, os raios do sol cortam as nuvens, formando um lindo arco-íris.
Como é linda a montanha, toda vez que a vejo sinto algo diferente, é como se lá décima alguém estivesse me olhando e querendo me dizer algo.
Todos os dias fico horas e horas contemplando sua beleza e imaginando, como seria bom se eu pudesse ir até o alto da montanha, todos iriam me olhar e eu seria como um rei.
Chega de sonhar, vou a busca de meu sonho, sou jovem, tenho a vida pela frente, e no livro está escrito que a felicidade está lá no alto.
Amanhã bem cedo vou partir em busca da minha felicidade, e se Deus me ajudar conseguirei chegar até o topo da montanha.
Através do jornal, consegui meu primeiro emprego, lá estou eu, trabalhando de office-boy, andando pra lá e pra cá, arquivando um monte de papeis, no final da tarde, faço horas extras, preciso chegar no alto da montanha.
O tempo vai passando, e a cada dia vou me aproximando mais do topo daquela linda montanha. Sinto que esta viagem me desgasta a cada dia, mas isso não importa, eu quero chegar até o alto daquela linda montanha e passo a passo vou chegar lá.
Mais alguns anos, me encontro sufocado por uma gravata, numa mesa de gerência com um sorriso forçado, que nem sei do que estou rindo, nem o porquê, acho que meu time ganhou o campeonato.
Estou no meio da montanha, a cachoeira faz muito barulho, a nuvem formada pela água que bate nas pedras, me impede de ver o topo da linda montanha.
Mais alguns passos e me vejo novamente sufocado por uma gravata, estou sentado numa linda e confortável poltrona, em cima da mesa uma placa muito bonita, escrito Diretor.
Do outro lado da mesa, uma moça chorando, e pedindo para que eu lhe dê um aumento de salário, parece ser uma faxineira, que dificilmente chegará ao topo da montanha.
- Não, esta é a resposta!
Já não vejo mais a cachoeira, estou bem próximo do alto da montanha e sinto saudades daquele banco da praça, de lá eu podia ver toda a montanha, a cachoeira, o arco-íris, no final da tarde, o sol se punha bem atrás dela, eu era feliz e não sabia.
Puxa, que saudade, mas agora não posso mais voltar, não ha caminho de volta, faltam poucos passos.
A mesa é grande, as cadeiras são de encostos altos e confortáveis, vários homens sentados nas cadeiras de luxo, todos sufocados pela gravata, eles são diretores, e eu já sou o Presidente, minha cadeira é maior e mais confortável, porem a gravata continua a me sufocar, parece que quanto mais, eu afrouxo, mais ela aperta, me sinto enforcado.
Aqui estou, no alto da montanha como uma estátua fria, como uma pedra, olhei para cima e não vi mais nada, olhei para os lados, ninguém estava sozinho, quando olhei para baixo, uma grande decepção, pessoas andando em círculos, muitos passando fome, outros roubando, outros matando, outros se protegendo com medo, e numa praça alguém me olhando e sorrindo.
Um urubu pousou do meu lado, tentei espantá-lo, mas ele insistia em ficar, acho que ele estava com fome, foi então que lembrei:
“Os urubus só pousam, onde tem carniça”
Já faz tempo que não sei o que é sorrir, aquela felicidade que o livro dizia, não existe, dediquei grande parte da minha “vida”, correndo atrás do nada, um vazio, quanto mais perto do topo da montanha, mais longe da felicidade, todos nós somos diferentes uns dos outros, cada um de nós deve seguir o seu caminho, para não morrer em vida, e sentir este vazio, que só quem chega ao topo da montanha pode sentir. Gostaria de poder voltar, descer cada degrau, voltar a ser feliz, poder ver novamente o arco-íris, e quem sabe voltar a vida.
Agora sentado no banco detrás de um grande carro, na frente um motorista, me levando de nenhum lugar, para lugar nenhum, em minhas mãos um jornal que diz que eu sou feliz.
Olho para o lado e vejo uma praça, feia e suja, uma lágrima sai dos meus olhos, quando vejo a faxineira sentada no banco da praça, olhando para cima e sorrindo.
A montanha é linda, faz parte do grande e maravilhoso cenário da vida, ela é de todos. E aqueles que hoje acham que são os donos da montanha, perderam o verdadeiro sentido da vida.
A verdadeira felicidade é ir e voltar até o topo da montanha, sem sair do banco da praça.
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
Leia: Isaías 40:12-31
Será que vocês não sabem ? Será que nunca ouviram falar disso ? O Senhor é o Deus Eterno, ele criou o mundo inteiro. Ele não se cansa, não fica fatigado; ninguém pode medir a sua sabedoria ( v.28 ).
Examine: Jó 38-41
Salmo 139:1-16
Considere: Considerando meus recursos limitados, como vou confiar no Deus ilimitado ? Durante este dia corrido, como vou adorar aquele que é infinito ?
Aqui estou sentado na praça de alimentação de um shopping. Meu corpo está tenso, o estômago ronca. A lista de tarefas é longa e meu progresso neste dia em particular é desanimador. Complicações inesperadas atrasaram tudo e eu estou me corroendo com os prazos a minha frente: o programa de rádio para planejar, o artigo para escrever, e os inumeráveis detalhes de um projeto nacional que coordeno.
Desembrulho meu sanduíche, dou uma mordida, e por alguns minutos sou forçado a parar. Pessoas atarefadas correm a minha volta, aflitas também com seus próprios prazos finais. Sou então atingido pela finitude da humanidade. Somos seres limitados; no tempo, energia, habilidade e capacidade.
E surge em mim o enorme impulso de escrever uma nova lista de tarefas - priorizando-as por importância, colocar um asterisco nas tarefas urgentes e sublinhar as que serão feitas conjuntamente - outro pensamento entra em minha mente:
Alguém Infinito ( Isaías 40:25 ).
Um Ser ilimitado.
Uma Pessoa que sem esforço junta o desejo e a habilidade de realizar.
Este Deus, diz Isaías, pode medir a água do mar com as conchas na mão, e calculou quanta terra existe no mundo inteiro ( Isaías 40:12 ). Ele chama cada estrela do céu pelo seu nome e as faz sair em ordem como um exército ( v.26 ); rebaixa os réis poderosos e tira altas autoridades do poder ( v.23 ). Aquele que senta no Seu trono no céu ( v.22 ), carrega as ilhas como se fosse um grão de areia, e as nações como gota de água no balde ( v.15 ).
" Com quem vocês vão comparar o Santo Deus ? ... " ( v.25 ). " ...O Senhor é o Deus Eterno [...] não se cansa, não fica fatigado... " ( v.28 ).
Estresse, correria e pressões não são coisas boas para a saúde, e neste dia me deram uma lição poderosa. O Deus ilimitado não é como eu. Ele cumpre o que deseja. Terminei meu sanduíche, fiz uma pausa, e silenciosamente o adorei. - Sheridan Voysey
Amo subir o morro até a praça da igreja de Nossa Senhora do monserrat.
Lá do alto tenho o Rio aos meus pés.
A visão do relógio da central do Brasil
marca uma hora qualquer
de um dia qualquer
de um momento único.
A menina de trança amarrada com fita pensa ser a dona do mundo.
Faz o sinal da cruz diante do altar
Abraça a árvore da praça
Faz do coreto um castelo.
Desce o morro contado casas e espalhando sorrisos
Essa menina de trança desce a rua onde mora entra em casa
com a alma carregada de sonhos reais e concretos.
Enquanto passa o tempo, enquanto a vida passa, vejo também passar o amor e sentar no banco da praça. Na praça de nossa vida cercado por jardins secos onde o perfume das flores e a harmonia das cores , já não é possível sentir e ver.
praça da saudade
na pálida luz de uma lembrança amena
no silêncio de um poema de Anisio Melo
me lembro da praça da saudade e nela
tua imagem sob o caramanchão
não há uma saudade ali inscrita
mas uma espécie de sonho, de passado
de águas de uma chuva fina
de sombras de uma festa
Nunca é numa praia às 23:00 da noite sob a luz do luar, ou numa praça antes do nascer do sol. É no bar, é numa taverna, num botequim qualquer, numa esquina sem iluminação, num portão velho. São nesses lugares que os maiores acertos e decepções do amor realmente acontecem.
A vida é uma garça
A vida é uma garça,
Uma garça branca
Voando na praça.
Na praça
Há vida:
A graça da garça branca
Voando no infinito...
No céu,
Um ponto branco:
A garça
Com a graça da vida.
(Suzete Brainer)
A nova vida (nem tanto) paulistana
Praça do shopping
Almoço
Pai e filho ao lado
Nenhuma palavra
O adolescente curva-se ao celular
Olhos e mãos fixos no aparelho
De repente, nem tão de repente assim,
Quatro palavras saem do pai:
__ Vou ali. Já volto...
Filho continua mais curvado do que nunca
Mira e digita com dedos ávidos
Nem levanta a cabeça
Arre, que incômodo é esse que incomoda tanto!
Rio comigo, pois nesse contexto
Não é possível fluir palavras
Pai retorna
Arruma as coisas coletivas: mochila, capa, agasalho, guarda-chuva
Mais uma palavra é dita:
__ Vamos...
E lá se vão pai e filho
Cada qual em seu mundinho mundano e quadrado
Talvez redondo ou triangular
Tão paulistano!
Olho à minha frente...
Prato posto com alimentos saudáveis
Rio de novo...
Minha vida flui...
Cadeira vazia à frente transmite mensagens:
* Os amigos invisíveis estão por perto (parentes, mentores, guias, anjo da guarda)
* Os amigos encarnados, também presentes,
Estão em meu coração e em meus pensamentos
Isso é bom demais
Acalenta.
Rio...
A vida flui
Pois ela precisa prosseguir em seus intentos.
julho/ 2024
Seus lábios, doces como o céu estrelado, fazem de cada beijo no banco da praça um refúgio eterno nas noites escuras, onde o tempo para e só o nosso amor brilha, mais forte que qualquer estrela.
A angústia do amor
Há uma moça bonita no banco da praça, parece refletir-se sobre a bancada.
Chorando com seus longos cabelos jogados pelo rosto, me parece que o motivo é por um jovem e belo moço.
Sua pele é pálida, entretanto é macia. Me veio um questionamento;
"quem faria isso contra uma pobre menina?"
Os olhos puxados, o sorriso de alegrar qualquer paspalho.
Hoje o dia é sombrio, um inverno com chuva. Ela usa um cachecol, uma bota e uma luva.
Todas as vestimentas tintas da cor de vinho, como coloração versátil, meio avermelhada.
Ela recebe uma ligação, pega o celular e o arremessa no chão. Se corrompe na dor e se destrói por amor.
A angústia se espalha
A mágoa a consome.
Quem foi esse horrível homem?
Página do meio
Uma pessoa bebe café
e folheia um livro
na praça alguém
senta-se e faz o mesmo
a cozinheira mexe a panela
e lê a página do meio
o passageiro,
na poltrona,
verifica a título
e abre o livro
na sala de espera
não é diferente
à sombra do guarda-sol,
na areia,
tem outro que folheia
a poesia impoluta
está em toda a gente
ao fundo, o mar:
verdadeiro
poema natural!
Todas as portas trancadas e o sol brilhando lá fora
o sino da praça faz da anunciação,
uma declaração
mas ela não entende
e o silencio,
inóspito camarada ressoa o caos
visão perdida, adormecida
tempos que não voltarão jamais
segredos que serão confiados aos deuses
lágrimas que só o pensamento vê
paixão que sequer permitiu
saudade, verdade que insiste
e persiste para provar
que o amor a dois é lindo
entretanto será dor
quando somente em um, for capaz de germinar...
CONTRASTE
Ontem a tarde na praça estava tão agradável
E pra ficar melhor ainda avistei você jogando vôlei
O pôr do sol ,você.
Tudo
Tudo estava em perfeito contraste
O contraste q avistei em meus olhos eram dignos de um filme
Você estava tão natural
Quanto o sol q descia lentamente atrás de você
Você se faz de difícil
Se fecha, se arma e acaba comigo
Mas eu sei
Eu sei
Q você sente alguma coisa por mim
Você é como o lago da praça e eu sou só um cisnei no meio do seu imenso grande lago.
Você é meu universo,mas eu só uma pessoa morando no sistema solar no planeta Terra
Você é o sol
Eu só sou um mísero pequeno átomo
Você é tão indecifrável
Mas ao mesmo tempo tão fascinante
Quero que algum dia nós dois possamos ir na praça a tarde aproveitar o contraste do pôr do sol
Prometo-te amar,proteger e te encher de beijos até o resto da minha vida
Você é o contraste mais perfeito de todas as pinturas ou obras de arte
Você é a obra mais valiosa pra mim
Você é o contraste mais preciso em meu coração.
Toda vez q você passa na praça ou na escola
Você arrasa ,abala e arrasta meu coração e meu olhar como um imã
Q contraste.
A praça São Pedro vazia
Fria
Num silencio profundo
Gemia as dores do mundo
Os cantos pareciam rogar
Oriundos do homem que chora
Que sofre
Mas ali estava Francisco
Prostrado
Aos pés do crucificado
Rezando por mim
Por ti
Devolvendo para a humanidade
A esperança no Ressuscitado
É Páscoa, é Libertação
Somos todos irmãos!
A Igreja da Praça -
Certa vez, ao cair da tarde,
passando pela Praça dos Poetas,
sentei-me na fonte...
Fixei a igreja,
triste, iluminada,
fria, deslumbrante,
grandiosa na fachada,
num anseio fustigante,
numa idade já cansada!
Estava ela em silêncio,
num estático sossego,
quando à noite,
e aos olhos de quem sente,
altiva, imponente,
se ergueu do chão,
branca, sinzelada,
num olhar arrepiante!
Ao alto, duas torres
em vetusta solidão,
dois sinos sobranceiros,
cada um com uma cruz,
janelas, pórticos, brasão,
uma grade bem de fronte,
com um, outro portão,
janelas com mil ferros,
varanda a meia torre
e um relógio que dá horas
que afinal nunca dão ...
No centro do não-tempo,
outra cruz dá-nos a bênção!
Ao passar, mirá-la não é vão,
porque a igreja mais parece
uma tela de Monet
na parede de um salão ...
Ou um poema de Florbela
que invoca a solidão
de ser "pó, cinza e nada"
numa imensa vastidão!
E tudo é breve!
Passa a vida e a Gente ...
Mas na Praça do Poetas
fica ao alto para sempre
o Altar de Santo Antão! ...
(Poema à Igreja de Santo Antão cita na Praça do Geraldo em Évora.)
De Súbito outro Diálogo -
Em certa tarde de Inverno, fria e cinzenta,
sentado na Praça dos Poetas, em Évora,
na esplanada de Santo Humberto, de súbito,
alguém:
- Ricardo não tem frio?!
Não! O frio que está cá fora
não é maior do que o frio
que está dentro de mim ...
- E porque não se aquece?!
Porque nada nesta vida é quente!
Tudo é cansaço e solidão ...
- Falava do frio da rua!
Áh bom! Mas esse não me preocupa!
Na realidade nem o sinto!
Mais frio é o frio que trago no coração ...
Encolheu os braços e partiu ...
Morena, moreninha, morenaça,
te vejo na rua, no cinema, e lá na
praça. Como encantadora é a
sua beleza digo isso com toda certeza.
É difícil não notar o
deslumbre do seu olhar....