Praça
Garota com olhos de Caleidoscópio e sorriso contagiante te espero sentado no banco, na praça de macinha de modelar.
Doce inocência
Onde estão nossas crianças?
Brincar,correr,pular,
Avisto poucas naquela praça.
Aquele menino de 10 anos brinca
com arma de brinquedo
Com balas de verdadeiras.
Aquela menina de 15 anos brinca
Com boneca de verdade
Enquanto a mãe lá dentro chora
Ao corrompimento de sua inocencia
A sua propia.
Não entendo por que os brinquedos
Estão no lixo
E nas mãos marcas de uma vida
Calejada.
Nas calçadas pequeninos
Sentam-se e assistem
Seus sonhos escorrendo
Junto com a água suja do boeiro
Que desagua em suas esperanças.
Com um olhar profundo
E triste,que escondem
Uma tragédia , uma solidão,
Um silêncio com em uma revolta amarga.
A cada esquina um colchão
Duro ,frio e as vezes amanhece
Umido pelas lágrimas que rolam
Durante á noite por não ter
Uma mão estendida ou um prato de comida.
Maldito olhar vazio e desesperado
Maldito descaso.
Minha cabeça descansada em uma
Cama macia e aconchegante
Enquanto um anjo corre por ai
Na noite vazia.
Meus pés no chão,mas logo
Calçarei o chinelo
Mas e aqueles pés seguidos
Com vestes rasgadas?
Passando pelo parque avisto
Aquele anjo sentado no chafariz
Sentei-me ao seu lado
E aqueles grandes olhos se voltaram
Para mim e sua boca emitiu um som
Tocante e rasgador : Onde esta Deus?
Senti por dentro a mesma dor e sofrimento
Por alguns segundos.
Maldito olhar vazio e desesperado
Maldito descaso.
Eu quero mais é sentar numa bela praça no final de um agosto e olhar para tudo aquilo que passou e dar muitas risadas.
RELENTO
Eduardo B. Penteado
Voltei à tal da praça molhada
Onde antes eu vinha chorar
Mais uma vez, só mais esta vez...
A praça está úmida e o hoje é seco
O beijo é soco, o amor é relento
E todo o resto vai ficando assim
Em Santa Teresa, em meu pensamento
Em minha caneta e em torno de mim
Não adianta entender o que houve
Pois tudo o que foi foram nadas
Um livro impresso em tinta branca
Um almanaque de fotos veladas
Um almanaque e meio
Lábios... longe... seio.
A lágrima que teima em não cair
O bonde com medo de se molhar
A palavra difícil de sair
O silêncio, o ruído, o olhar.
Um vento noturno diz a que veio.
O velho lustre balança, será?
Um velho ilustre a se embriagar
O ilustre balança e vai desabar
Assim como o céu, a chuva e o mar
E eu me pergunto, pensando, a sorrir
“De onde vir? Para onde partir?”
“Não sei,” disse minha alma pequena
“Nem sei o que trouxe você aqui.”
Digo adeus ao velho, ao lustre e ao bar
Fecho os olhos
E deixo o vento me dispersar.
TRILHOS
Eduardo B. Penteado
Olhos, olhos e tudo o mais
Vi teus olhos hoje na praça
Correndo soltos nos olhos do velho
Fitando os olhos do menino franzino
Iluminando as luminárias das Neves
E foi somente nesta praça
Flutuando num outro tempo
Fustigada por outros ventos
Que a chuva alagou os trilhos do ontem
E como nos filmes antigos
Tudo ficou mudo e foi-se a cor
Tudo pode, nas histórias de amor...
A chuva encheu o ar com o cheiro de teu suor
Num rompante, sem conter tal ardor
Peguei minha saudade pela mão
E dancei na praça uma valsa
Um rock, um baião
Refrescando na chuva torrencial
Os sintomas da minha paixão
E dançando uma coreografia de raios
Canalizei o que havia fantasiado
Para um ponto inerte do meu passado
Até achar-me num nicho imaginário
Um segundo além do presente
Sempre um segundo distante
Mas vi-te passar tantas vezes de carro!
Com tantas pessoas conversaste!
Um segundo após o raio
Tudo era de novo uma grande ausência
Como a chuva caindo nos trilhos do bonde
Que hoje não quis se molhar.
Olha meu amor a quanto tempo te espero pra confessar...
eu me lembro dos bom momentos na praça no baile na beira do mar....
Tudo parava , congelava quando eu te via, até hoje no meu quarto ainda guardo seu retrato amor......
Tá chegando o verão tô doidinha pra te amar, te espero na estação cheia de amor de pra dar, se o sol brilhar eu vou, se chover tem nada não.
seu lugar tá guardadinho dentro do meu coração...
Te Amo amor!
O Que Eu Quero? - Segunda Parte
Não quero muito
Apenas um banco de praça
Onde eu possa sentar,
Pensar e,
Escrever uma poesia.
Sentado no banco da praça
Ali,quieto fiquei
Imaginando como seria
A vida mundo afora
Esse conjunto de astros
Fora do normal
Encontrei alguns alienados
Até um alienígena do bem
Todo noite eu te espero na quela praça, sentada na quele mesmo lugarsinho sempre ficavamos, achando que você vai chegar....
Anestesia isso aqui, bem aqui ó.
Ando cansada, ando, ando.
Tá tudo certo no coreto da praça, tudo correto: filhos, marido, trabalho.O problema é que não vou à praça ver a banda, o cansaço não deixa.
Dias exaustos, saudades gigantescas do tempo!
Os homens livres se sentam no banco da praça e jogam alimentos aos pombos que são livres e os homens presos tratam dos pombos livres, tornando-os como ele e o banco de praça, trancafiados ao ar livre.
Todas as rainhas estavam a praça também. Andavam a passos pequenos por entre as casas e de vez em quando olhavam-se em espelhinhos. A impressão que tive foi que elas se esqueciam de quem eram com tanta rapidez e tanta frequência que tinham de ficar se olhando no espelho
Visite uma praça, olhe o sol nascer e faça novos círculos de amizade, pois só os quadrados perdem tais oportunidades, porque gostam de ficar enquadrados nos seus cantos.
Ele e ela caminhando sozinhos
Numa praça vazia
Naquele dia chuvoso
Na tarde fria
Ele e ela em baixo guarda chuva
Ela sorrindo e ele nervoso
Ele e ela sentados na estação esperando o trem
Ele dizia lindas palavras
Enquanto ela segurava sua mão
Ela olhava para ele emocionada
Uma lagrima escorria em seu rosto
O coração acelerado podia sentir
Dois jovens apaixonados
Vendo a chuva cair
OS IPÊS DA PRAÇA...
O vento sopra forte provocando uma chuva de flores,
amarelas,brancas,cor de rosas.
No chão forma-se um tapete por onde você caminha,
linda e cheia de graça,pisando as flores distraida.
Talvez,sem perceber a homenagem dos ipês e do vento...
Postei uma foto
Na ostentação
Tomando cachaça
Com sal e limão
Largado na praça
Só na curtição
E choveu
Likes na minha foto
Lá no Instagram
É que eu tou solteiro
Tou fácim, faceiro
E cheio de fãs
Se liga aí
Quem tiver a fim
Vá lá no meu ZAP
Dá um oi pra mim
Não precisa de cantada
Tou facim, facim
A angústia do amor
Há uma moça bonita no banco da praça, parece refletir-se sobre a bancada.
Chorando com seus longos cabelos jogados pelo rosto, me parece que o motivo é por um jovem e belo moço.
Sua pele é pálida, entretanto é macia. Me veio um questionamento;
"quem faria isso contra uma pobre menina?"
Os olhos puxados, o sorriso de alegrar qualquer paspalho.
Hoje o dia é sombrio, um inverno com chuva. Ela usa um cachecol, uma bota e uma luva.
Todas as vestimentas tintas da cor de vinho, como coloração versátil, meio avermelhada.
Ela recebe uma ligação, pega o celular e o arremessa no chão. Se corrompe na dor e se destrói por amor.
A angústia se espalha
A mágoa a consome.
Quem foi esse horrível homem?