Povo
Eu vou cantar até que a idade permita
Não o que os outros querem, eu canto o que o povo necessita
Isto não é brincadeira, é coisa séria
Sou narrador por excelência, mestre de primeira
O século XX trouxe a revolução musical
O entusiasmo foi grande, e como tal
Inovações, pretensões, criações, tendências
Novos géneros musicais, novas preferências
Quando canto, encanto porque, o que canto é bonito
E a minha vida assume a dimensão do infinito
Cantando invento sempre de tudo um pouco
Uma mentira, uma saudade, um romance louco
Canto para espantar os demónios, juntar os amigos
Seduzir a vida, sentir o mundo comigo
Enquanto o povo brasileiro está deveras apressado correndo para seus afazeres, passa o seu Alfredo com seu andador... Todo dia no mesmo horário, não importa a velocidade dos jovens, a experiência dos mais velhos é mais rápida, e o caminho é mais longo.
...Nosso povo tem uma velha mania
Uma insistente mania de sonhar
Eles não vão nebular nosso dia
Nem esmagar nosso peito que arde
Que queima
Que sonha
Que pulsa
Esse instinto de luta...
A paz começa no coração, afirma-se no lar, estende-se às ruas e se consolida nas relações com o povo e o mundo.
Os homens públicos devem servir ao povo como o soldado serve a pátria, como o sacerdote serve a Deus.
A praça é do povo, disse Castro Alves. O poeta não disse que a praça é dos larápios, dos psicopatas institucionais, dos vendilhões do templo e negociadores da pátria.
Sim! TODOS NÓS SOMOS UM
Sim! Ao povo brasileiro
Sim! Ao povo do estrangeiro
Sim! Ao mar e ao sertão
Sim! A quem quer o amor em si
Liberdade, Vidigal, Aldeota, Morumbi
Em um grito só
Praia, Mandacaru, Açucena, Curuzu
Em um grito só
O país é auriverde
Como disse o poeta
De Malês, Iorubás
O traquejo vem de longe
Caiapós e pataxós
Satere, tupinambás
A magia adentra a selva
Guaranis e Caioás
O sotaque não importa
Somos um só rio
Somos um só mar
Sim! À labuta honesta dos descendentes
Sim! A celebração, à festa dessa gente
Sim! Ao côco, ao xaxado e o axé
Sim! Ao choro, o Lundu, o Candomblé
Ponta Negra, Jacintinho, Diamantina, Itabira
A língua é uma só
Salinas do Pará, Rio Branco, Santarém, Manaus
A vontade é uma só
Porque somos o que fomos
Colhemos o que plantamos
Mas é chegada a nossa hora
Mesmo com toda demora
Esperança está no feto
Tá no ventre, na enxada
Tá no mar em movimento
Tá no sul , está no norte
Do nordeste, Centro oeste
Tá num povo que em si é um só
Queira ou não queira
O baiano é sergipano
O gaúcho é paulistano
Carioca é manauara
O mineiro é goiano
E os Deuses, brasileiros
Pardos, mamelucos, mulatos
Cafuzos, confusos
Com fusas, nó atado na garganta
Acordes, consonantes ou dissonantes — a música se faz em nós, em milhas
Do continente às muitas ilhas...
Potiguar é capixaba
Paraense é de Roraima
Chapecó, Catarinense
E o povo é brasileiro
Sim! Ao menino e a menina
Sim! A o menino que é menina
Sim! A menina que é menino
Sim! A um povo que constrói o seu destino
Obrigado por vocês,
Obrigado, meu amor
Obrigado à minha terra
Das palmeiras, sabiás e Patativas
Obrigado ao amor,
Sempre,
Sim!
Todos Nós somos um laço
Todos nós somos abraço
Todos nós somos gametas
Todos nós somos um
SOL!
Luciano Calazans. Salvador, Bahia 2017.
O que mais amo é o contato com o povo, principalmente com os mais pobres. Neles sentimos as verdadeiras amizades, sem interesses ou segundas intenções.
Avança, Senhor Presidente
Estamos contigo nessa luta ardente
Isto é o que o povo esperava antigamente
Orgulho de ser natural renasce presentemente
União franca entre irmãos zangados, felizmente!
Se o povo realmente tivesse consciência do poder que tem sobre os políticos, estes provavelmente não abusariam do poder.
Cordialidade demonstra educação de um povo civilizado, então aprenda a usar as palavras mágicas por favor, vai ver que funciona melhor.
NOSSA LUTA!
Não vem aqui pra saber
o que é um povo valente
repete o que ouviu dizer
desrespeitando o Oxente
não queira desmerecer
nem fale sem conhecer
como é a luta da gente.
O melhor do Brasil ainda é a sua gente. Um povo que tem um perfil alegre. Mesmo sofrido na pobreza e a cruzar com dor pelas dificuldades da vida, a regra é a generosidade.
Não sou chamado pra estar num canto, cantando um canto, nem fazer parte dos Khoisan ou do povo Bantu; mas sou chamado pra fazer parte d'um povo santo.