Pouco
Um pouco desastrada, um pouco maluquinha, muito positiva, muito espontanea, um pouco cismada, tambem centrada, um pouco antiquada, muito risonha e muito observadora e muito discreta. Assim sou eu, ou pelo menos um pouco de mim.
Quanto mais tento saber mais percebo que o pouco que sei é cada vez mais insuficiente e no fim de tudo não justifica nada
Pouco a pouco, a gente se estraga
a felicidade vai em bora
e nos resta um simples vazio
que muito dificil conseguimos preencher.
Os amigos de antes não são mais os mesmos
a ingenuidade ficou pra trás
a tal esperteza de sermos adultos,
é o que há no momento.
O sorriso de seis anos atrás não se repetirá
a não ser que queiremos mudar.
Ontem passei na estação para sentir um pouco daquilo tudo, um pouco daquela Babilônia real onde uns passam, outros chegam, muitos ficam, e diversos se vão talvez para nunca mais voltar. Muitas Marias, vários Josés e diverso era aquele mundo. Acordado caminhei e vi que fora dalí não havia muito, só a escuridão, o frio, o vazio, a surdez, então logo voltei e fui cuidar daquela estação, daquela vida, da minha vida.
Parei de olhar para os lados, e ainda assustado com as sensações que vira fora dali, respirei e dei dois tapas em mim mesmo, um para lembrar daquela Babilônia que era a estação e outra para não dormir mais, pois a minha Babilônia que chamo de vida estava lá, sempre esteve, para ser vivida e só dependia de mim a arrumação da minha própria estação e para tanto não poderia dormir jamais.