Pouco
Foi bom passar uns dias fora para refletir um pouco sobre tudo. Não tivemos ensejos suficientes, creio eu, para encontrar esse tais erros ou diferenças entre nós dois. Engraçado é ver o quanto somos tão similares e ao mesmo tempo, tão divergentes nas extremidades.
Perguntei inúmera vez a mim mesma, se era você a pessoa certa, e acredito que se fez essa mesma pergunta por diversas vezes. Seria comum, sentir-se confuso ás vezes, não?!
Lembro- me que uma vez ouvir algo de um amigo, que também é psicólogo, e guardei pra mim. Disse ele:
- Rê, a língua portuguesa é muito pobre. Usa - se “te amo” apenas para uma qualificação. E prosseguiu dizendo que na verdade existem três qualificações para as palavras “te amo”. Ama-se um amigo, ama-se um homem e ama-se sua família. Três formas de se amar, cada uma com suas características.
Isso talvez te responda alguma coisa. A tristeza também tem seu lado positivo, nos fazem refletir, pessoas inteligentes fazem isso.
Chego a pensar que meu grande erro foi não ter insistido mais, para que hoje fosse mos amigos de verdade. Eu não sei o que se sucedi com você, não sei o que te dói, o que te atormenta, o que te traz prazer, no fundo eu não sei. Acredito que o mesmo acorre com você, exemplo disso é aquela pergunta que repercuti sempre, “O que você quer da sua vida, Renatha?!”. Se me conhecesse de verdade, não faria essa pergunta. Não o culpo por isso, não temos culpa de não nos conhecer mos de verdade, teremos tempo para chegar lá. Com isso chego à conclusão de que não somos capazes de pré julgar um ao outro, concorda?! Modo que, não podemos conjurar nada e nem ninguém quando não se tem um conhecimento estrito.
Quem sou eu?! Uma menina; de 20 anos; sonhadora; cheia de ideais; orgulhosa; ás vezes incompreensiva; um tanto egoísta; individualista quando se trata de buscar aquilo que crer; de muitos conhecidos; de poucos amigos; alegre; triste; sozinha; acompanhada; que chora, quando ninguém a ver; autoritária; do coração mole; uma menina mimada ainda, mas que sabe ser mulher quando é necessário; que fala horrores de besteiras, que na maioria das vezes sua resposta é apenas o silêncio; que briga com qualquer um defendendo aquilo que ama e acredita; que não sabe perdoar de verdade; que faz piada até com a miséria alheia; que abusa muitas vezes da ironia; que não sabe amar; que não foi criada para perder; que talvez não saiba ouvir um não; que não vive submetida; que ainda não aprendeu a separar as coisas; que não tem medo de viver; que sonha em vôos altos; que não se importa com os que os outros pensem quanto as suas ideologias; honesta; mal humorada; um tanto presunçosa; que se acha linda; inteligente; comunicativa, seja isso presunção ou não, que ás vezes se acha feia e nem por isso dar chance de ouvir isso de ninguém; uma pessoa simples, que gosta de ter uma vida estabilizada; que às vezes custa em reconhecer os erros, não por ter dificuldade de enxergar-los e sim por não querer mostrar-se frágil; que sabe que mesmo que passe a vida toda tentando mostrar para as pessoas que seria ela “X”, sempre haverá pelo menos um que dirá que parece mais com “y”, então opta por não se esforçar para transparecer ou mostrar aquilo que é de verdade. Com o tempo iremos nos conhecendo, e percebendo quem são aqueles que convivem conosco, chegando à conclusão de que não vale à pena viver a vida toda tentando provar para as pessoas o que de fato eu sei que sou, seria um tempo gasto desnecessariamente, tempo esse que poderia e será usado em coisas desconhecidas e vantajosas.
Pessoas inteligentes aprendem e crescem com os erros alheios, sem que seja necessário viajar o mundo ou passar por diversos obstáculos.
Bom, falar de sentimentos é uma coisa complicada, não?! Eu quem o diga, RSS! Uma coisa é fato, só sabemos de verdade a dimensão de um amor, quando sentimos a ausência daquele que se ama. E aí gente pára, pensa e coloca na balança tudo de bom e ruim. Acaba descobrindo inúmeras coisas ocultas que sabemos que existem só que ainda não as tinha encontrado e enxergado, então você começa a colocar em evidência certos valores. E acaba concluindo que os defeitos tornam-se tão medíocres quando comparados as qualidades. E por mais que muitas vezes queira dizer “tchau, seja feliz”, a gente não consegui porque no fundo você sabe que ama, e quem ama de verdade é carente do outro. Então, não é uma palavra mal dita em um momento hostil, não é uma arrogância repentina e instantânea, nem tão pouca uma tentativa de manifestar e provar equivocadamente um sentimento, que irá apagar ou modificar todo esse amor que tenho por você, Cláudio.
Muitas vezes, me seguro para não te dizer certas coisas que eu sei que iria te magoar. Só que, temos que compreender que não somos feitos de vidro, e ser- mos honesto conosco mesmo. Ás vezes você me diz certas coisas, algumas verdades, e eu me calo, mas sei que tem razão, então quando tenho oportunidade procuro refletir sobre tudo, pode ser que eu não venha lhe dizer nada sobre, mas tenha certeza que não passou em vão. Ontem, conversando com um amigo ele me fez a seguinte pergunta: Você se conhece?! E antes que eu o respondesse disse logo em seguida: “Anormal seria se você respondesse que sim, poucos são aqueles que se conhece a fundo. No dia que não houver pergunta sem respostas poderá dizer que se conhece. Tem razão ele, não?!
Sabe, teria um imenso prazer em compartilhar contigo tudo de mim. Após um dia rotineiro, chegar em casa e dizer “meu amor, hoje eu escutei (Our Farewell- Within Temptation)”. Bobagem, não?! Verdade, mas acredite que eu faria isso com o sorriso nos lábios. Teria mais prazer ainda de ouvir você dizer que hoje concluiu mais um trabalho na loja ou que por descuido acabou perdendo um parafuso. Tudo isso parece uma grande bobagem! E pode ser que seja!
Bom, estar aí tudo que eu queria te dizer, e que nunca pude ou não quis falar!
“Para bom entendedor, meias palavras bastam!”
Amo-te muito, Cláudio!
Como é triste a morte
Morte é caminho certo mas pouco desejado.
Ela nas suas vestes nos assusta
E por onde passa é inegável as marcas do seu açoite.
A maravilhosa arte de perdoar os peixes
Eu sei pouco sobre o perdão e sobre os peixes
Mas sobre a arte de perdoar os peixes
Eu sei tudo.
Eu sei pouco sobre a beleza e sobre as árvores
Mas sobre a beleza das raízes das árvores
Eu sei tudo.
E sei também que os peixes, as árvores e as flores
realizam maravilhosos saraus.
TEMORES DA NOITE
É uma hora da manhã, cheguei a pouco e me sinto suja, não tenho coragem de conversar com Deus e todo o meu esforço foi jogado no lixo.
É sempre assim, eu fecho os olhos e não vejo.
Não vejo uma saída, não vejo uma solução.
Mais uma vez eu quero acabar com minha vida, sozinha, perdida... Mas também me falta coragem.
Todos os meus sonhos e planos se perdem, de novo, não há nada que eu possa fazer.
É sempre a mesma coisa, a história se repete, não há nada de novo, só os mesmos erros medíocres.
Eu ouço uma canção que me faz querer sumir, não há ninguém pra conversar, nem um amigo, e mais uma noite longa pra sobreviver.
Na minha boca tem o gosto dos meus pecados, e sinto todo o inferno rindo de mim, dizendo que mais uma vez ele me venceu e me fez tropeçar, no mesmo lugar...
Minha alma sangra pelos meus olhos, eu queria fugir, mas pra qualquer lugar que eu vou eu os sinto perto de mim, e tenho medo.
E eu quase me rendo aos seus encantos, quase me jogo nesse abismo pra não ouvi mais, pra não sentir esse desespero me convencendo.
Mas algo me agarra e não sei o que é...
Ah! Como eu queria que isso me deixasse cair de vez, pra nunca mais sentir, no meio da noite escura.
Quando olho para um canto e sei que ele está lá, mesmo não vendo, eu posso sentir seu hálito gelado e sua gargalhada fétida, zombando de mim e me dizendo que mais uma vez eu perdi meu tempo,
Não consegui...
Eu não consegui e não vou consegui nunca.
Quem eu penso que sou pra ousar sonhar desse jeito, quem sou eu pra imaginar que eu poderia conseguir, não, eu não posso!
E não adianta me iludir, não adianta ter esperança porque a esperança é ingrata e só faz a perda ser ainda maior, pra que tentar... Pra que?
O cheiro da mentira exala da minha pele e as horas passam.
Cada segundo o medo se entranha em mim, e não adianta fechar os olhos, não adianta acender as luzes, a escuridão vem de dento pra fora.
Vem na letra desta canção idiota, trazendo lembranças que eu prefiro esquecer.
E eles continuam aqui incitando minha covardia, ocultos pela sua capa de veludo cinzento,
Se aproximando cada segundo, dominado todos os pensamentos, e agora, já não é a dor, mas o medo que me impede de fechar os olhos,
O medo e a vergonha que me domina, que me consome e me sustenta!
Escrito em 08/04/2009
Em poucos anos, essa menina vai ser uma mulher que pede muito pouco da vida, que nunca incomoda ninguém, nunca deixa transparecer que ela também tem tristezas, desapontamentos, sonhos que foram menosprezados. Uma mulher que vai ser como uma rocha no leito de um rio, suportando tudo sem se queixar. Uma mulher cuja generosidade, longe de ser contaminada, foi forjada pelas turbulências que se abateram sobre ela.
(Khaled Hosseini)
Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda.
Não coleciono arrependimentos nem tão pouco frustrações, na prática bagagem que carrego, não ha espaço para coisas que não irão me acrescentar.
Hoje eu amei um pouco mais e me queixei um pouco menos; E na doação de mim mesmo, esqueci meu cansaço.
Como é incômoda esta gente que tem mania de julgamentos. Sei não, sempre fui um pouco fechado, àspero, errado, tão eu, tão meu, mas desde sempre compreendi que cada um tem um pecado em si. Um dia tu também vais compreender que todo mundo é um pouco assim, meio aspero, meio-amargo, chato. Que ninguém é de ferro, bonito por perto. Ninguém tem sempre o cheiro de flores, todos erramos nos gestos, nas falas, nas cartas, nos versos. Um dia, tu e eu vamos notar e entender que somos apenas humanos, como é triste esta coisa de julgar, ser julgado. Um dia tu e eu iremos aprender que da vida alheia não se cuida, do sentimento alheio não se menospreza, o coração alheio não se machuca… Que nem tudo é o que parece, que nem tudo que reluz é ouro, que as brincadeiras são cheias de verdades, e as mentiras, são cheias de corações de brincadeira (tão triste esta gente que leva sentimentos alheios na brincadeira, a vida não é feita de sentimentos contados, de fazer o que se quer, o que se gosta, o que se faz), todos nós somos inocentes, todos nós somos culpados desta vida que sempre roda como ciranda de pedra, que nos tira as dores, que nos dá as costas. Tão bom seria esta gente, tão bom seria este dia se as mentiras me doessem menos nos nervos, se eu não fosse tão julgado, se todos estes juízes virassem sapos. Tão bom seria esta vida, se todos, todos nós, ficássemos um pouco mais calados…
Chatos me desculpem, mas a minha chatice já me basta, as vezes o seu pouco se soma com o meu e a nossa amizade fica chata?Entendeu?
Lágrimas a pouco escorreram dos meus olhos e eu prometi a mim que seriam as últimas. E dessa vez essa promessa será cumprida. - A última despedida
Sabedoria nunca é demais, Somos todos historiadores e
escrevemos um pouco de nossas historias todos os dias.
As quais não vão ser contadas por nos.