Pouco
Estou muito fragilizada com tanto peso que carrego .Uma gota vira um oceano de lágrimas, que poucos estão dispostos a mergulhar.
"Seja como a carta do Louco do tarô: Aquele que mergulha no desconhecido pois só quer um pouco de aventura! É o início de uma nova jornada!"
Parei de me contentar com o pouco e sobras; quando percebi que tinha chegado o momento de abrir mão de você, para alcançar os lugares grandes que sempre foram meus objetivos; antes mesmo de saber da sua existência e lhe dar uma oportunidade para saber se queria vencer juntos.
"Cada vez que aprendo um pouco mas sobre mim, conheço um tanto mais sobre o todo, porquanto construímos nosso mundo a partir do quando sabemos e a imensidão daquilo que desconhecemos."
"Compartilhar do pouco que conhecemos, aprender com tudo que nos ensinam, e fazer da vida uma longa jornada de troca de experiências e crescimento. Muito embora não exista uma fórmula do bem viver, quem sabe possa ser essa uma das que revelem uma pequena parte desse indevassável mistério."
Amor, sobretudo entre homem e mulher, é quando é concedido participar um pouco mais. Poucos querem o amor verdadeiro, porque o amor é a grande desilusão de tudo o mais. E poucos suportam perder todas as outras ilusões. Há os que se voluntariam para o amor, pensando que o amor enriquecerá a vida pessoal. É o contrário: amor é finalmente a pobreza. Amor é não ter. Inclusive amor é a desilusão do que se pensava que era amor. E não é prêmio, por isso não envaidece.
Será que perdemos mesmo alguma coisa importante...
Como torcedor até fiquei um pouco triste, mas como brasileiro não. Gostar de futebol é uma coisa, não ver a realidade que nosso país se encontra é outra bem diferente. Nosso povo passa por uma situação nunca vivida e sentida em toda sociedade.
Não cabe julgar a seleção, jogador, técnico, o próprio jogo. Chega de pão e circo, chega de dar valor exacerbado a uma partida ou torneio de futebol. É só um jogo de bola. Hoje nosso povo está jogando uma partida muito mais importante e relevante. Estamos não na copa do mundo, mas no jogo que trata de nosso destino e existência como nação.
Não precisamos de ídolos da bola, não que não poção ser, mas resguardadas as proporções de cada situação. Precisamos de referências que resgatem nossa dignidade como povo, nossa civilidade, nosso amor ao país e ao nosso povo como nação.
Hoje choram e lamentam por uma perda de uma partida de futebol, mas muitos não lamentam os grandes problemas que nosso país passa em muitas áreas, poucos choram pela condição que muitos de nossos irmãos passam em sua vida. Poucos se entristecem com o sofrimento de muitos anônimos que batalham por sua subsistência, (estes sim verdadeiros guerreiros). Poucos reparam o abismo social que existe em nosso país. Choram por uma partida de futebol perdida, mas não lamentam o sofrimento de muitos de nosso povo passam diariamente. Isto tem um nome, se chama hipocrisia.
Não precisamos ser os campeões da copa. Precisamos ser os campeões como nação civilizada e que quer o melhor para seu povo. Hoje somos uma nação dividida e com muita animosidade de ambas as partes. Estamos separados por ideologias, por cor, por preconceitos, vivemos disputas que em nada acrescentam em nosso desenvolvimento como uma nação coesa.
Que consigamos entender que a luta faz parte de vida, mas que entendamos que nossa vida é uma eterna partida onde lutamos muito, ganhamos algumas, perdemos muitas, mas, está é a verdadeira copa, não a do mundo do futebol, mas a sim a copa da vida.
Marcelo Martins
Pouco ou nada se pode esperar de alguém que só conhece os limites do próprio umbigo, que é incapaz de atravessar a fronteira do seu egoísmo se colocar no lugar de outra pessoa.
Era tarde demais pra voltar atrás, e pouco tempo me restava, eu a deixei ir mesmo sabendo que era ela quem eu realmente amava.
A cada minuto que passa o mundo torna-se um lugar um pouco mais sombrio e nebuloso. E isso só acontece, porque falta amor no amor que as pessoas dizem ter.
"A humildade é pouco valorizada, talvez por ser pouco entendida.
Não significa deixar ser pisado pelos outros.
Ela é a mãe de todas as virtudes, fruto silencioso do conhecimento vivido."
Mais um dia comum na minha rotina de todos os sábados. Levanto-me, tomo um café sem leite e pouco açúcar e uma fruta leve. Hora de correr. Percorro o meu caminho diário fazendo voltas, correr é sempre bom. Vejo as lojas abrindo durante o meu percurso, ainda é bem cedo. Pessoas se aprontando para ir ao trabalho, sobreviver mais um dia cansativo em um local que quase sempre é desagradável em um fim de semana, as pessoas só queriam estar em suas casas, aproveitando a família.
Após algumas voltas já está na hora de retornar. Dessa vez volto caminhando, não há motivos para me apressar. Aprecio a rua e o cheiro de café quentinho no ar. Algo chama a minha atenção, logo à frente uma senhora com muitas sacolas na mão, ela parece não aguentar, corro em sua direção e ofereço-lhe ajuda:
- Oi, posso ajudar a senhora? - Ela me olha com um certo brilho no olhar, parece surpresa, acredito que neste mundo há poucos que queiram ajudar. Mas se estou aqui, vejo como minha obrigação tentar fazer do mundo um lugar um pouco mais gentil. Ela me responde olhando nos meus olhos:
- Vou aceitar sua ajuda, jovem rapaz. Minhas mãos já não aguentam mais…
Continuamos a caminhar e percebo a felicidade da senhora com um simples gesto. Penso que o mundo poderia ser mais gentil. E uma simples ação muda uma manhã… Ela me conta sorridente sobre o que estava a planejar:
- Comprei quiabo, verduras, carne… quero preparar um almoço para meus filhos que estão a chegar. Obrigado, meu rapaz. - Sorridente, respondo:
O almoço será bom, fico feliz por ajudar.
- Aqui, chegamos. - Ela pausa, olha-me novamente como se estivesse fotografando o meu rosto, e ao entregar-lhe novamente as suas sacolas, ela me diz:
- Que Deus te abençoe, meu jovem. - Sinto-me feliz, sinto-me realizado. E a sinceridade do agradecimento já torna o meu dia melhor.
- Amém, querida senhora. Tchau - Me despeço com um aperto de mão.
Retorno a minha caminhada, a casa já está próxima. Cheguei. Agora posso respirar e descansar.
Resista mais um pouco! Essa dor, angústia e sentimento depressivo, vai passar. Toda provação tem um prazo final de validade.
Num dia de ninguém -
Da vida que me deram
sobrou pouco para mim
só os sonhos que não quiseram
e o que resta além do fim.
Tantas vidas, tantas calhas
sem amor nem coração
que só me deram as migalhas
caídas pelo chão ...
E eu sozinho nesta escola
mendigando caridade
fui vivendo só de esmola
com destino à saudade...
Mas num dia de ninguém
numa triste madrugada,
prometi: Serei alguém
com tão pouco ou mais que nada!
Pedido -
Dá-me um pouco de amor
que o silencio já não basta
leva tudo, leva a dor
por onde a vida me arrasta.
Dá-me um pouco de Lua
que a noite não é minha
a culpa não é tua
perdi a Alma que tinha.
Dá-me um pouco de vida
porque a morte vai chegar
levará, de mim, perdida,
a luz do meu olhar.
Dá-me um pouco de paz
ó Senhor da Cruz de pau
pois de mim o que será
se o meu caminho for mau!
Dá-me um pouco de esperança
p'ra vencer a solidão
que me tira a confiança
e me afunda o coração.
Ó Senhor dos meus cansaços
ó Senhor do meu Destino
toma sempre nos teus braços
cada passo do caminho.
Um Pouco de mim -
Minha vida nunca foi um mar de rosas
onde o rio dos meus cansaços pudesse desaguar,
mas sim, um vendaval de ondas furiosas,
onde, no mar alto, só vi sonhos naufragar!
E nunca estive à mesa onde se come,
nunca fui capaz de ter ou dar amor,
nunca fui à cama onde se dorme,
nem senti o balsamo de uma flor!
Que inferno colossal o destino me entregou!
Pobre vagabundo com roupas de jasmim
que alicerça nos poemas a revolta que o gerou ...
E levo aos ombros o peso desse desdém ...
Nos versos d'Alguém, há sempre um pouco de mim,
pois o que sou e não sou, tantos foram também!