Pouco
"Uma exceção aqui é a razão para um precedente ali e acolá. O problema é que daqui a pouco a exceção já não é mais exceção, senão a regra!"
Se em tão pouco tempo aprendemos apenas a destruir, então por que prolongar a ignorância, se ela se vale de preconceitos e mazelas tradicionais para existir?
Embora poder dizer algo sobre você, não se poderá nem tão pouco estar certo, de facto, ninguém sabe nada sobre o outro além de tentar. O que nos resta apenas é supor, fingir que sabemos algo sobre você.
Assim me confeçaram.
Desfrute de seu direito de pensar e ter novas ideias, pois o pouco uso desse privilégio, está além desperdício, como também é um sepulcro de possibilidades, afinal os grandes projetos em geral emanam dos que não se furtam do continuo hábito de "pensar"..
Pensas de maneira tão temerosa. Pensas demais, queres demais, sonhas demais, mas ousas pouco. Se queres não pense, porque enquanto pensas, alguém pode roubá-la.
Flávia Abib
"Uma tarde de sonho"
Hoje me deitei um pouco e num simples piscar de olhos me deparei contigo olhando para mim com um sorriso que a muito tempo eu não via. Me senti alegre e apaixonado por ver vc novamente meu coração batia e finalmente comecei a me sentir mais vivo e alegre como a muito tempo não me sentia, mas no momento em que lhe toquei seu lindo rosto vc sumiu tão rápido quanto tinha aparecido e então percebi naquela tarde que minha decisão errada de lhe deixar partir iria me acompanhar todas as vezes que eu deitar e dormir.
Sei que nem que seja só por um segundo ou dois irei ver seu sorriso novamente e me sentir vivo mesmo que seja apenas um sonho...
Você aprende a compartilhar, nem que seja o pouco que você tem, quando percebe a alegria que isso pode gerar. Pois o que você considera como nada, é o universo do outro
Saudade é pouco! Não tem nome, conceito, definição, seja lá o que for, só sei que chega a doer! Que saudade!
Flávia Abib
Úmida e insecável era aquela rua, um pouco depois daqueles limites o sol reinava, mas ali não, não ali. Aliás, o cheiro de mofo exalado pelas alvenarias e madeiramentos depreciados, marcava característica e peculiarmente aquele beco, com o esverdeado e vívido musgo que saltava por entre os seixos que assentavam a calçada; um catingueiro interminável forrava os jardins dos casebres que se pareciam mais com caixotes de verdura do que com habitações.
A Viela de Badacosh
Úmida e insecável era aquela rua, um pouco depois daqueles limites o sol reinava, mas ali não, não ali. Aliás, o cheiro de mofo exalado pelas alvenarias e madeiramentos depreciados, marcava característica e peculiarmente aquele beco, com o esverdeado e vívido musgo que saltava por entre os seixos que assentavam a calçada; um catingueiro interminável forrava os jardins dos casebres que se pareciam mais com caixotes de verdura do que com habitações.
Lindo aquele lugar, quando não gostamos do que é bonito, mas me agradava. A garotada encharcada corria pelas poças, sapateando na lama, brincando de roléfas, atividade saudável para essa idade, consistia em segurar uma cinta com a fivela solta, perseguindo seu colega para enfim acertá-lo com o instrumento, berrando: roléfas. Não me pergunte o porquê, nunca soube.
Mas o mais curioso naquela viela, não era a chuva que nunca cessava, nem os hábitos e costumes pouco convencionais, demasiadamente estranhos e inapropriados de seus habitantes. E sim um personagem, talvez o mais antigo daquele local, talvez o mais antigo de qualquer localidade entre a latitude, a longitude e a altitude. O fundador da Viela de Badacosh, um visionário misantropo com a idade de 320 primaveras.
Encontrar-te-...
Sonhando sempre, sonhando
Assim um viajante de mim
Onde conheço pouco demais
Na aventura de encontrar-me
Desbravando-me no tempo
Um tempo de certo não meu
Entre pessoas de muitas tribos
Linguas e pensamentos diversos
Sigo como um autoimovel sem direção
Combustiveis de uma vida sem sentido
Onde páginas bíblicas desfolham-se
Versículos a cada dia mais atuais
Muitos Césares em jardins de pedra
Vivo eu no teu sentido,
Dores escondidas na psicologia dos nadas
Culturas plantadas, sementes que morrem
Em corações de terra infértil
Apenas canteiros de moedas
Dantes morreria de amor por amor
Sensivelmente morremos nem ele.
Nas aventuras de encontrar-me
Ainda levo na bagagem
Sementes de uma alegria perdida
Onde neste ou em qualquer mundo
Que um simples e de vocabulário humilde
De um codinome poeta
Possa tão simplesmente viver
Olhar em teus doces olhos
Plantar um jardim de rosas
Perfumado em esperança
Na maravilhosa cultura do amor
Escrevo à ti.
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José Henrique