Pouco
Para ser sincero eu sou um pouco louco, eu admito isso. Nunca foi o Sr. Certinho de todo dia. Eu sempre exagerei um pouco em tudo na minha vida. Mas a coisa mais engraçada são as pessoas fora da indústria que acreditam no que a indústria escreve sobre mim. Eu acho isso difícil de engolir.”
Hoje eu quero bem pouco e prefiro me concentrar no agora do que planejar um futuro incerto. Eu me libertei da culpa e dei de cara com algo novo: não me encaixo, e aceito. Não é justo perder as asas no momento em que se descobre tê-las. É preciso poder voar, é preciso ter uma visão estratégica das janelas. Ver o sol e não poder tê-lo é absurdo. Então eu deixo algumas coisas passarem incompletas porque tenho consciência de que certas palavras ainda não têm tradução. Por mais que eu grite, vai ter quem não entenda, não aceite. O que eu não aceito é ter nascido num mundo tão grande e conhecer só uma pequena parte. Vou voar. Quem conseguir compreender, que me acompanhe.
Às vezes é preciso ficar um pouco só, se afastar um tempo do mundo real para colocar os sentimentos em dia e dar uma ajeitada no coração. Um tempo só, um tempo para reorganizar tudo o que está acontecendo por dentro e reorganizar as prioridades, deixar ficar somente o que realmente vale a pena. De vez em quando é necessário mergulhar em si, entender o que se passa, o que precisa, o que sente. Ficar em silêncio com os próprios pensamentos, escutar o que diz o coração. Fechar os olhos e analisar o presente, refletir o passado e planejar o futuro. Ficar consigo mesmo, amar a si mesmo, chorar pra si mesmo se for preciso e acalmar o coração. Ficar em paz por dentro, com a consciência, com a alma. Chega um momento que é preciso deixar de lado a euforia, a preocupação e o desconforto que não estão fazendo bem nenhum e deixar apenas o silêncio, o sossego, o conforto. Ficar um pouco só, um tempo só. Faz bem. Às vezes faz bem.
'Eu te escolhi.
Outros me olhavam, outros pareciam talvez
até um pouco mais interessantes, mas eu escolhi você.
Que esquisito, eu já havia escolhido outros outras vezes.
Dessa vez tudo foi diferente, dessa vez não era tão simples assim,
dessa vez havia um diferencial tão complexo:
você me escolheu também.'
Os seres humanos são superficiais e pouco perspicazes, e um homem de roupa diferente lhes parece um outro homem.
Quase
Um pouco mais de sol - eu era brasa.
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
[...]
Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi...
Nota: Trecho do poema "Quase" de Mário de Sá-Carneiro
Perder dinheiro é perder pouco; perder confiança é perder muito; mas, perder a coragem é perder tudo, porque perderá a si próprio.
Não, sou um pouco suspeito para falar sobre o Barbossa.
Ele pode ser um cão raivoso, manco, que late, ladra, o mais vomitante, esquizofrênico dos infernos, contudo, não deixa de ser gente boa.
Deixe, deixe a onda da dor passar por você, ela pode até te derrubar, te afogar um pouco, te chicotear com o sal, te assustar com tanta grandeza, mistério, profundidade e experiência, mas acredite em mim, você não vai morrer.
Sou uma mulher,
um pouco menina...
Distraída,
Desastrada...
Amiga,
Sincera,
Às vezes tranquila e contente...
Depois tudo muda...
Constante...
Tento ser alguém em busca do meu melhor...
Mas tudo é complicado...
E raro...
Um amigo,
Um amor...
Sou assim
Quase sempre
Normal e feliz...
A Fruta Aberta
Agora sei quem sou.
Sou pouco, mas sei muito,
porque sei o poder imenso
que morava comigo,
mas adormecido como um peixe grande
no fundo escuro e silencioso do rio
e que hoje é como uma árvore
plantada bem alta no meio da minha vida.
Agora sei as coisa como são.
Sei porque a água escorre meiga
e porque acalanto é o seu ruído
na noite estrelada
que se deita no chão da nova casa.
Agora sei as coisas poderosas
que valem dentro de um homem.
Aprendi contigo, amada.
Aprendi com a tua beleza,
com a macia beleza de tuas mãos,
teus longos dedos de pétalas de prata,
a ternura oceânica do teu olhar,
verde de todas as cores
e sem nenhum horizonte;
com tua pele fresca e enluarada,
a tua infância permanente,
tua sabedoria fabulária
brilhando distraída no teu rosto.
Grandes coisas simples aprendi contigo,
com o teu parentesco com os mitos mais terrestres,
com as espigas douradas no vento,
com as chuvas de verão
e com as linhas da minha mão.
Contigo aprendi
que o amor reparte
mas sobretudo acrescenta,
e a cada instante mais aprendo
com o teu jeito de andar pela cidade
como se caminhasses de mãos dadas com o ar,
com o teu gosto de erva molhada,
com a luz dos teus dentes,
tuas delicadezas secretas,
a alegria do teu amor maravilhado,
e com a tua voz radiosa
que sai da tua boca
inesperada como um arco-íris
partindo ao meio e unindo os extremos da vida,
e mostrando a verdade
como uma fruta aberta.
(Sobrevoando a Cordilheira dos Andes, 1962)
Não faz mal que seja pouco
O que importa é que o avanço de hoje
Seja maior do que o de ontem
Que nossos passos de amanhã,
sejam mais largos do que os de hoje.
Quem eu sou?! Eu sou aquela eterna criança que brinca de vida de vez em quando para sair um pouco da minha responsabilidade de ser alguém na vida. Tá bom, confesso que sempre brinco, mas é que sinto um bem danado sendo assim, não adianta tentar ser alguém e não se sentir feliz com isso. Temos que fazer aquilo que nos deixa eufóricos, aquilo que faz o coração vibrar de alegria e o corpo sorrir de emoção. A única coisa que eu não costumo brincar é de sentimento, esse eu costumo levar bem à sério. Estou sempre me desculpando, me explicando e dando satisfações da pessoa que sou. Me cobro sempre que cometo um erro para não cometê-lo novamente, mas eu sei que um dia tudo se resolve e a vida trata, bem lá na frente de nos tornar bem melhores do que somos hoje, por mais tristes que sejam os nossos erros durante todo esse tempo.
Eu só queria alguém que me desse carinho, atenção, amor, um pouco de paixão. Eu não sei se isso é pedir demais, se isso é sonhar demais, eu apenas sei que é disso que preciso, alguém que me compreenda, que esteja ao meu lado nos melhores e piores momentos, em todos eles apenas pra me dar um abraço que seja, nem precisaria falar nada, só aquele abraço já me faria bem,só de estar ao lado de alguém que realmente se importasse comigo já me faria feliz, eu só pessoa a cada dia, mais um dia para tentar encontrar esse alguém que tanto sonhei.
...cada um de nós é este pouco e este muito, esta bondade e esta maldade, esta paz e esta guerra, revolta e mansidão.
É que amar dói.
Dói e não é pouco.
Dói quando tem saudade, dói quando tem briga.
Quando a gente sente muito por tão pouco, digo isso quando conhece apenas por momentos.
Momentos que fazemos de uma vida de eternidade, nunca nos esqueceremos, juntos ou não.
Eu jamais trocaria uma ilusão por amor, mas não trocaria o que eu tenho hoje, por qualquer coisa que eu tenha, ou até mesmo tenha perdido, não troco nem por um amor que chegue a me convencer que seja realmente amor, só quero a minha paz, essa que tenho, porque apanhei, me jogaram contra a parede, foi eu quem deixou, eu sei, mas mudei, e agora quem joga sou eu, tudo que bate-volta, e volta pra que você também aprenda como eu, a se virar sozinho.
E por mais que o amor doa, machuque, sacrifique, judie, maltrata, esculacha, faça o que quiser, -porque o amor pode tudo -, eu nunca vou deixar de amar, nunca vou deixar de sentir o que é de mais divino de sentir, mesmo que eu tenha que renunciar algo, ou, alguém.
Até já fiz isso, um dia deixei partir, eu deixei, eu falei que não era o que ela queria, o que ela precisava, o que ela merecia, mesmo ela negando isso dizendo que eu seria o melhor como sempre fui, mas, ela mentiu pra mim, se eu fosse mesmo, depois de tanto tempo, por que não estamos juntos, eu aqui sozinho desde que ela me deixou, e ela lá, com seu novo amor, fazendo planos de se casar?
Assim, só pra deixar claro; resposta eu não quero, já tenho.
E outra, o amor dói mesmo, e vai continuar a doer, porque ele dói no amor e na dor, ele dói, quando a relação está boa, e quando está uma droga, dói também, quando não é recíproco, e dói quando a gente perde pra gente mesmo, e pior, quando perdemos sem ao menos ter no calor dos braços.