Pouco
Num dia vou tela
Dona dos meus pensamentos
Num dia vou tela
Nem que por pouco
Dona das minhas ilusões
E da minha dor
Como num dia em que tive
Bem perto,tão perto
Que guardo em mim
Uma parte sua
Desejo todas as noites
Que num dia apareças
Nem que seja pra dizer adeus
Ou num simples olhar
Dizer que já me amou
Pra mim guardar
Por mais uma vida
Um brilho teu
Espero
Daqui a pouco vou te ver
Teu rosto beijar
E se outro aparecer
Vai acontecer o que?
Sentirá ciúmes
Se eu me insinuar com olhares
Com sorrisos, com charmes
Será?
Espero que ele vá
Pra te mostrar com muita clareza
Que sua estúpida incerteza
Vai fazer eu me afastar
Acho melhor você se cuidar,
Ou melhor, me cuidar...
Se mostrar que é imune
A um pouquinho de ciúme
Eu vou perder o bom costume
De vir te procurar
Pois então lhe digo o seguinte
Que tudo isso muito me aflige
Mas eu não vou desesperar
Agirei calmo como um burguês
Com o dobro de sensatez
Para ninguém me criticar
Mas o ódio que agora me assola
Pode sumir, se esvair
Sem demora
Se apenas um beijo me dirigir
Deixo então ao encargo da lua
Qualquer atitude sua
Que possa me seduzir
E peço ao seu corpo o ciúme
Peço a ti todo o cume
Da montanha do amor
Que nunca subi
O amor creio eu, daqui a pouco não vai significar mais nada. .... É igual a palavra falada, que hoje em dia foi banalizada pela língua mal amada.
É preciso olhar em volta e notar que o que nós temos mesmo sendo pouco é muito diante daqueles que não tem nada, e elevar as mãos pros céus e agradecer.
De tudo um pouco, do pouco, um tudo.
É assim que somos um para o outro:
Um pouco de luz num tudo de alma;
um tudo de amor num pouco de vida.
Você me completa! (*)
Eu me arrependo um pouco de ter começado a gostar de sentir medo aos cinco anos de idade.
Hoje eu devoro qualquer coisa que me assuste o mínimo que seja, para sentir outra vez o prazer que o medo me dava.
Estava trilhando meu caminho a pouco e parei para escrever...
Talvez seja mais emocionante do que criar os caminhos, talvez eles sozinhos vão se ajeitando e tomando o seu curso, o curso que você escolhe com todas as suas imperfeições.
Os seus sentimentos vão traçando seus caminhos de forma imperceptível pra você .
E aí, lá longe... Você vê como seu caminho foi lapidado, e imagina, percebe que com a mente atual você não precisaria passar por certas coisas para aprender outras.
O tempo nos faz esse favor...
Hoje eu quero pouco.
Nada de movimentos, nenhum sinal de vida.
Então não me atire às pedras que faz movimentar as marés das águas em mim.
Se possível nem me toca com a sua suave mão que levemente elevaria as ondas de minha voz.
Hoje quero pouco.
Nada de chuva que me expandiriam para longe ou perto de ti.
Quero apenas águas paradas em mim.
E quem sabe, matar a sede daqueles que no meu silêncio, saciariam sua sede, só de estar próximo a mim.
Como o Beija-flor, que adora beber em águas paradas, sem ruidos no movimentar de asas, e por fazer o bem, diminuiria muito mais a sede do intimo que esta guardada em mim.
E quando penso em AMAR, meus olhos enchem-se de lágrimas, por pensar que uma vida é muito pouco tempo para se AMAR verdadeiramente.
Mas só um pouco.
Estou sentada no banco da praça; tirei as botas, sentei com as pernas cruzadas.
Sentindo uma brisa gelada enquanto os raios de Sol passam entre os galhos e me esquentam um pouco... Mas só um pouco.
O dia está lindo. O que estraga é que me lembro que vou ter que voltar para o escritório e deixar essa natureza linda do lado de fora.
Borboletas, cheiro de mato, as folhas dançando com o vento, as sombras formando lindos desenhos no chão de terra.
Vejo algumas pessoas circulando; sendo o que devem ser, vivendo como querem viver. E eu estou aqui sem saber que direção tomar.
Mas estar aqui me alegra...
O Sol me dá um pouco de energia, sinto um pouco de paz...
Mas só um pouco.
Daqui a pouco a angústia volta.
Paradigmas dizem que o sábio deve ser pensativo e falar pouco, porém, para mim, um ser que detém muito conhecimento, mas não domina a comunicação não passa de um tolo.
Eu acredito sim na gente. Mas, muito pouco em mim mesma – o mesmo tanto que passei a acreditar em você
Ainda não encontrei. Nem nas bocas que não beijei, nem nos olhares que pouco desvendei, nem nas pernas, nos perfumes, nas entradas e entranhas de sexos e corações diversos. Nada que me machucasse tanto e me cuidasse tanto como você