Pouco
Muito percebe aquele que a pouco tempo atrás era tratado como louco, simplesmente por amar a vida e não fazer o mal a ninguém.
Perceber que as direções tomadas por uma cultura inteira, envolvendo milhões ou bilhões de pessoas, irão reduzir ou até mesmo criar desumanidade em todas, disse todas! Faz deste que percebe um Deus. Que nada irá fazer por ser uma decisão delas mesmas, envolvendo livre arbítrio, nesta hora entende-se que esse Deus era o mesmo louco que ontem tentava com toda sua força ensinar para prevenir. Esse louco que hoje ama a vida! Com toda sua força; amanhã irá ver a vida, entre os humanos, ser destruída por ela mesma. Criando genocídios, guerras, separações para apenas ganhar dinheiro ou poder sobre outras da mesma espécie. O louco em poemas, em idéias e em ações nada pode fazer quando pode ter o controle da vida alhei, mas por ser louco, e não ganancioso, o quebra! Deixando cada um viver sua vida.
O louco percebe as direções que os não loucos ignoram por serem óbvias demais durante o movimento de acordar, levantar, comer, olhar, falar, deitar e dormir... O louco percebe! E não quer ser Deus. Deseja ser ele mesmo, sem ofensas de não loucos! Sem brigas! Sem violência... O louco não fará mal a vocês, isso a ciência, a psicologia, a religião, o universo, etc. Podem lhe ensinar. Como não louco querer aprender é escolha sua; pois da parte, desse, louco não será forçado a aprender...
A loucura dos loucos é curas as feridas com amor a vida, altruísmo, e não com violência, destruição da vida, pela intoxicação de ganância...
Desde criança, ouço histórias de que o domingo, no final do dia, é sempre um pouco melancólico. “É um entardecer estranho!”, dizia uma jovem que sonhava com casamento e que morava na minha cidade. “É solitário, é como se a semana estivesse acabando e, com ela, acabassem as chances de algumas coisas novas acontecerem”, lamentava ela. Eu argumentava, dizendo que a semana acabava no sábado. Domingo era o início. E todo início nasce com alguma possibilidade. Lembro-me de um padre que falava sobre isso. Que dizia que era bom, depois da missa, ter retreta para alegrar a noite de domingo. Coisas do interior.
Ouvi gente dizendo que a melancolia do domingo vem da consciência de que o fim de semana acabou e de que tudo recomeça na segunda-feira. Ficava pensando eu, "Mas quando se trabalha no que se gosta, isso não é um problema". O tempo foi passando, e eu fiquei com a impressão de que essa melancolia era coisa do interior. E de que, nas grandes cidades, com mais opções, o domingo era uma festa. Teatro, cinema, shopping, shows musicais, encontros interessantes. Foi quando, numa roda de amigos, ouvi alguns desabafos semelhantes àqueles da cidade de onde vim. Final de domingo é melancólico, final de domingo é quase uma dor.
"Dor"?! Perguntei um pouco chocado. "Dor do quê? Dor, por quê?” Ficaram se entreolhando e talvez imaginando que a minha pergunta não fizesse muito sentido. Que era óbvio que essa tristeza do crepúsculo dominical vinha sem ser convidada. Insisti. E eles ainda em silêncio. Então, uma amiga disse: "Vamos fazer compras?", e outra retrucou: "Prefiro um cinema, o tempo passa mais rapidamente".
Querer que o tempo passe mais rapidamente é não compreender sua grandeza. Cada tempo é tempo de existir sem descrenças, sem desistências. Sejam domingos sem luar ou quintas-feiras promissoras. Não importa. Reinventar as ações é prova de compreensão da vida. Cada dia tem o seu tempero.
Fiquei lembrando quantas pessoas que conheço e que aproveitam o domingo para fazer algum trabalho voluntário. Visitas a hospitais, asilos, abrigos, comunidades carentes. Contadores de histórias, fazedores de bolos ou de outras comidas. Operários das boas ações. Boas ações fazem aqueles que visitam amigos que, por alguma razão, sentem fome de gente e para quem só a solidão é presença frequente.
Para muitos, o domingo é um dia santo. Rezar nos preenche dos melhores sentimentos. Ajuda-nos a refletir sobre o que fizemos e sobre o que necessitamos para que nossa ventura na vida tenha um sentido. Muitos sentidos. Rezar ajuda-nos a ficar um pouco com as nossas feridas e com as lembranças de futuros com que sonhamos.
Não é proibido sonhar aos domingos. Nem nos outros dias.
Fernando Pessoa, sob o heterônimo Álvaro de Campos, no início de seu poema "Tabacaria" surpreende-nos com dizeres benditos:
Não sou nada. Nunca serei nada, não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
À primeira vista, lendo esses versos, invade-nos uma sensação de vazio, de angústia, de descrença. Mais atentamente, percebemos que o eu poético confessa que pode não ser nada, mas pode ter sonhos. Só o que possui são muitos sonhos. Todos os sonhos do mundo! Que grandeza! Que bênção poder sonhar! É a presença que supre todas as ausências. É um mistério que o domingo ou qualquer outro dia pode não ver, se não desejar ver.
Que os pensamentos que vestem de tédio alguns domingos arrisquem momentos ricos de reflexão. A reflexão que agrega e não a que deprime. A reflexão de que a vida é útil, de que cada instante é precioso e de que os futuros são sempre bem-vindos. E nos desperte, também, “a sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro”. Quem sonha tudo pode. Até mesmo colorir de alegria todos os momentos de todos os dias. Não desperdicemos a vida, não apressemos o tempo, com lamúrias e queixumes.
Bom domingo a todos! Recebamos felizes a chance de mais um início.
A consciência crítica pouco se evolui na formação humana por causa de Deus, e consequências da cristianização que mantém alienados os subalternos.
PARA REFLETIR...
Sei muito pouco da vida.. e quanto mais aprendo percebo que menos sei, pois não há limites para o saber.
Mas o que sei e aprendi desde cedo, é que coração alheio é terreno de respeito, que se rega com carinho e delicadezas de gestos e palavras. É lugar sagrado que se anda descalço de toda altivez e dureza.
O que sei ... é que o conceito de amigo é muito mais do que estar presente em momentos tristes ou alegres.. mas de verdade, poder sentir de forma única .. o pulsar da vida, emanando,enquanto a alma é capaz de dançar uma música que só pode ser interpretada pela serenidade de uma mente e corações abastecidos pela pureza.
O que eu sei... é que ter mente, gestos e palavras educados á serviço do bem estar e do amor fraternal ... é artigo acessível nas prateleiras de uma consciência iluminada... é trazer para as vivências o efetuar, de fato.
O que sei é ... que diariamente podemos escolher quem e o que desejamos ser, num mundo onde o essencial se acha lamentavelmente banalizado pelos que... por costume ou tradição tendenciam ao famoso... " deixa pra lá... amanhã eu faço... amanhã eu mudo"... esquecendo-se de que somos todos parte uns dos outros e que quando eu deixo de fazer a parte que me cabe... em algum lugar, outro sofre a minha negligência...
O que finalmente não entendo... é que as pedras que antes, eram somente o tropeço e empecilho do caminhar ... se transformaram também em arma poderosa, nas mãos de embrutecidos para estilhaçar e sangrar ...sem se dar conta de que fazemos todos parte desta grande teia ... e a dor que dói no outro é a mesma que me alcança.
E o que eu peço em meio a tudo isto...
Que eu mude primeiro.. que eu faça primeiro.. que eu dê o exemplo primeiro ... porque o primeiro passo sempre será o meu.
PAZ E LUZ )o(
Não são os beijos tão pouco a paixão, que traz ensejos nos amores, e sim, as flores lavradas nos canteiros do coração.
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Só há duas opções pra gente
Viver pouco, mas intensamente
Viver muito, mas pacatamente
Cada um escolha a forma
Mais atraente
Ou na falta de outra opção
Invente.
Entro em um estado de alegria absoluta quando percebo pouco a pouco cada nó que eu mesma fiz... que me impedia de ser livre de mim mesma...
Acreditar na vida,
Acreditar que ela possa ser um pouco mais feliz,
Acreditar na vida como um presente divino,
Acreditar na vida e tentar vivê-la da melhor maneira possível.
Acreditar na vida sabendo se levantar quando cair
Acreditar na vida, crescendo espiritualmente, reconhecendo em cada erro uma forma de se erguer.
Acreditar em cada momento como único,
Acreditar na vida vivendo-a em toda a sua intensidade
Acreditar na vida indo em busca dos seus sonhos.
Acreditar na vida não deixando que o erro dos outros te faça estagnar,
Acreditar na vida sabendo perdoar, pois o perdão pertence a pessoas fortes.
Acreditar na vida fazendo a sua própria felicidade, se reencontrando consigo mesmo,
Acreditar que a felicidade depende de como você se sente por dentro, pois somos seres humanos e a felicidade é um estado de espírito.
Acreditar na vida sabendo que sendo fortes e maduros resolveremos nossos próprios erros,
Acreditar e compreender na simplicidade da vida que não somos seres perfeitos.
Acreditar que não devemos nunca desistir dos nossos objetivos, dos nossos sonhos, do nosso eu interior…
O pouco se torna muito, ( quando sabemos agradecer ), o muito se torna pouco, ( quando rejeitamos ).
Essas palavras são um pouco doque eu consigo dizer.
Porque o que eu sinto por você não pode ser dito com palavras.
Não existem palvras suficientes pra mostrar meu amor por você!
A VIDA SE FORMA com um pouco de cada coisa, se fortalece na diversificação das nossas ações, e acontece a partir da nossa participação firme e constante em cada novo dia (Nelson Locatelli, escritor)
SE FAZ MUITO POUCO DO QUE SE FALA, e cada vez mais a vontade de falar aumenta, e as realizações vão sendo substituídas por falácias (Nelson Locatelli, escritor)
Somos convidado. Temos que deixar esta terra um pouco mais bonita,
um pouco mais humana, um pouco mais amorosa, com uma fragrância um pouco mais bela para aqueles que virão depois de nos."
Pára um pouco para te olhares no espelho.
Se gostas do que vês, anda, sai e partilha da tua beleza!
Se não gostas, enfia-te no duche e esfrega a alma das maleitas que te atormentam
Por pouco suporta o nosso corpo, as intempéries da vida. Antes cuidemos que não nos falte, o alimenta da alma. (taw ranon)
Pouco adiantaria um novo dia, se ao amanhecer nos descobríssemos, prisioneiros do passado. (taw ranon)
Pouco adianta um novo dia, se estamos presos a um passado, que o próprio tempo encerrou. (taw ranon)
Fugaz
Preciso fugir,
Me perder
E encontrar um pouco de paz,
Eu preciso fingir,
Disfarçando a mesmice,
A rotina,
Solidão;
Ah
Eu preciso,
Preciso ir,
Esgueirando-me na culpa,
Abdicando do tempo,
Cantarolando rouco,
Justificando minhas fugas
Para moucos-embriagados,
Sujeitos-injustiçados;
E no caminho quem sabe
Redescobrir o marasmo,
A monotonia,
O prédio construído de tédio;
Ah
Deve
Nesses andares
Haver melhor lugar
Para estacionar minha inocência,
Coerente incoerência,
Uma mixaria que ainda me resta,
Paradoxo particular.
Preciso dar no pé,
Ensebar as canelas,
Subir,
Sumir,
Escapar
Deste lado do hemisfério ferino,
Insatisfeito com metades,
Maldizendo os retalhos,
Recolhendo as ambições e vivendo,
Precário,
Limitado;
E mais uma vez mudar,
Reinventar o eu,
O fazer,
A juventude perdida,
O devaneio de amar.
Eu estou saindo depressa,
Saindo daqui
Com a esperança de um dia
Reaver o novo,
Num incidente-previsto
Me encontrar de novo,
E nesse novo-antigo lugar
Que também tem validade,
Novamente tentar
Reconstruir,
Escapando de mim,
Do outro,
Das vaidades,
Simplificando,
Sabendo que um dia
Tudo se repete,
O caminho já trilhado,
O percurso já sabido;
O amor mal amado,
Os valores mal vividos,
Voltando o adulto a ser criança,
E acreditando
Que aos tanto e poucos anos
Se pode recomeçar
Sim
Pode recomeçar