Portugal
Eu sou a tua muralha
que te protege, rodeia, completa
que te aquece suavemente
que te prende eternamente
que te toca gentilmente
que vive no teu pensamento
que te ama intensamente
que em ti vibra emanamente
que bebe do teu suor quente
sou o reflexo do teu reflexo
o lobo da tua presa
o teu sonho acabado
o teu mundo, lado a lado.
Dos covis dos lobos, as grutas das nossas serras
são escuras de desalento, ecos que invadem a alma
corrompem a nossa razão, onde as víboras fazem e
devoram os nossos sentidos, confundem as nossas emoções.
As grutas escuras com vida, da terra quente e fértil
ecos do nosso desalento, onde a solidão nos corrói
Nascem flores e árvores, dando cor, perfume e alegria
a escuridão da nossa vida, muitas vezes triste e solitária.
As grutas escuras escondidas, nos montes e serras deste
nosso Portugal, onde a raposa, faz o seu ninho,
longe das gentes
dos ecos do nosso desalento, que devoram os nossos sentidos
e confundem as nossas emoções, onde a solidão nos corrói.!
Trás-os-Montes
Terra de encantos,
De sonhos, de poetas
Dos campos distantes
De ventos frios e cortantes
De neve e geada, fria e quente
Esta terra de gente acolhedora
De plena simpatia e lealdade.!!
8-11-2013
Oh vale encantado da tempestade sentida...
oh livro que acabei de ler..
que deste-me a serenidade
que eu tinha perdido ,
a lucidez que deixei de sentir
sentimento adormecido,
esquecido,abrasador,vida amarga,
oh alma que te perdeste...
em trilhos ,caminhos da saudade....
entre estevas, estevinhas,olmos....
fragas,oliveiras e castanheiros....
oh vale encantado entre as serras e os montes..
deste nosso e amado Portugal...
onde a raposa, repousa e faz o seu covil...
onde as cobras mudam de pele,
onde anda a alcateia deste lobo solitário...
oh vida triste, vazia, sozinha...
onde mato a sede na fonte no monte...
deste vale encantado,que é a minha vida.
Se os lobos fossem homens.,,
haveria mais civilização,mais moral ??
como seria este país......melhor ou pior,
muitos consideram a nossa humildade com fraqueza.!
Enquanto o nosso país vive num mar de lama...
os senhores da guerra forjaram as suas leis
para escravizar-nos,
somos deixados à sua mercê que nos ameaçam,
despem-nos a alma ,sem dó nem piedade.!
As leis não são mais respeitadas..
o desrespeito é total.!
Esta realidade em que vivemos das muitas..
informações que chegam ate nós são manipuladas,
pelos senhores da guerra sem escrúpulos ,
só pensam no lucro ,desprezam a humanidade,
rasgam a carne de todos aqueles que são escravos ,
dependentes do seu emprego,
sem ele não conseguiam sobreviver,
alimentar a família que tanto depende.
Somos escravos de um sistema,que nos manipula,
escraviza,suga-nos o sangue e parece que gostamos,.....
Se os lobos fossem homens seríamos..
manipulados escravizados ou não..?
Canta o galo em cima do telhado,
velho de podre a cair aos pedaços.
Dormem os campos serenos,
agitam à passagem de uma suave brisa,
que acompanham os meus passos.
Dormem sossegados já sem desassossego,
dos dias de férias passados na aldeia..
das idas à barragem do azibo,
água fresca,limpa ,de pedras e fragas.!
Caminhos de lama, trilhos de fragas, de pedras,
pelas ruas de casas caídas em ruínas,
onde as migalhas de pão caíam no chão,
de soalho, tábuas corridas,
onde outrora não havia fome.
Havia trabalho, trabalho duro, de sol a sol,
onde o pão não faltava e alegria também não,
ouvia-se o riso e o cantar das gentes ,
das crianças a ir para escola alegres e felizes,
com um pedaço de pão na algibeira.
Agora é só dor da partida, partida permanente,
onde vai-se e não voltam.
casas em agonias e tormentos onde,
os velhos gemem as suas mágoas, os seus desenganos,
embriagam-se nas dores que os atormentam,
prostram-se cansados pelos anos,
choram no banco da igreja, no banco de um jardim.
Perdem o rumo da vida, da alegria,
como se navegassem sem mastro, sem leme....
das aldeias perdidas esquecidas e dizem ..
estes velhos sábios das nossas aldeias....
Hei-de morrer algum dia!..
És a minha estrela que me dá orientação.
Obrigado, filha, do fundo do meu coração.
És a minha força que me dá inspiração.
Obrigado, filha, do fundo do meu coração.
Os Gritos da Maresia
Tempestade no Mar
Que não sabe amar
E nem se importa que
Estou a espera do meu alado
Para me levar
Para o outro lado
Mas tempestades não perdoam
Meu coração também não
E o meu alado
Também está acorrentado
A ouvir esta canção
Do meu Coração
Grades, correntes, paredes e ondas do oceano não nos separa
Pois porque o amor nunca para.
E os meus olhos acastanhados
Ficam molhados e azulados
As vezes sinto-me como o Mar
Sem vontade de Amar
Em termos do princípio da discricionalidade, o poder executivo pode escolher fazer uma coisa ou outra desde que isso esteja em conformidade com a lei, e consoante às suas vinculações. Isso quer dizer que o que nós podemos criticar é apenas a forma das escolhas administrativas do Estado, onde, por exemplo, o Estado abriu poucas escolas, poucos tribunais, onde deveria abrir mais, ou fazer mais. Não está em jogo a sua legitimidade parlamentar ou a legitimidade de governar.
Talvez sim, talvez não!
Vou talvez envelhecer triste.
Solitário(a) e abandonado(a).
Envelheço num pais cheio de sol, rodeado pelo mar.
Vou envelhecer precocemente, sem dinheiro.
Para os remédios comprar.
Envelheço como um livro rasgado.
Velho(a) esquecido(a) e guardado.
Vou envelhecer, num país acidentado.
Onde tudo que é velho, deitado fora será.
Vou envelhecer neste inferno, nesta estação.
Seja ela outono, inverno, primavera ou verão.
Vou envelhecer , antes da hora marcada.
Sem destino, sem hora, seja dia ou noite.
Vou envelhecer e só para não morrer à fome.
Vou ter que ser ladrão, vigarista ou aldrabão.
E meus amigos, talvez tenha de mudar de nome.
Embora eu não tenha dinheiro para a luz, água e gás pagar.
Emigrar talvez seja o remédio, para pagar ao banco a casa que estou a morar.
Envelheço num país, muito mal governado por ladrões e abutres esfomeados.
Envelhecemos e vivemos todos neste inferno, neste lindo Portugal.
Envelhecemos com sol, mar e boa comida, com os santos populares
Sejamos velhos ou novos envelhecemos de certeza, neste pais acidentado e doente!
O tio manel o seu burro está coxo
está coxo, mas ele tem de trabalhar.
Está velho coitado, tem de pedir a reforma
já pediu mas não lha deram, dizem que é muito novo.
Somos muito novos para a reforma...
mas velhos demais para trabalhar
Vamos os dois morrer à fome se não formos
trabalhar, nesta terra onde ninguém dá nada
"tiram-nos é tudo, tio manel."..!!!
São mortos escondidos os lobos e as raposas...
Entre as giestas, sobreiros, estevas e estevinhas
Uivam os lobos cheios de fome..alcateias..
Perdidas nas grutas das serras e montes..
Andam os caçadores entre as fragas, giestas no monte...
A caça dos javalis que fazem a delicia dos caçadores....
Mata-se a fome bebe-se o vinho, dorme-se a sesta...
Uivam os lobos pelas serra e montes deste nosso Portugal..!!!
Casa majestosa e velha...
Melodia em silêncio provocada pelo vento
Folhas de todas as cores espalhadas pelo chão
Despertam qualquer lamento naquela casa velha
Escura e mal-acabada, outrora fora uma casa charmosa
Agora não tem cor, paredes gastas, descascadas
Apagadas pelo tempo, distante, sozinha, vazia
Já sem dono ou talvez tenha sombra de quem
Foi bela e amada, agora é escura, triste nesta noite
Chuvosa, sem meio, sem fim, destruída sem ilusões!