Portugal
A serenidade que tantos buscam, algumas vezes
está assente nos “nãos” que são precisam dar a sua própria platéia.
Aprenda a dizer NÃO
Um dia, por pensar ficar seguro, meti-me num
casulo. Quando percebi, continuava a sofrer pois
estava preso aos meus maiores medos.
Se alguém te dá inverdades, para preservar a tua
paz interior, viaje.
Mas lembre-se!
Vá sempre na direção oposta.
Em véspera de tempestade profissional.
Relaxe. Faça amor.
Dê-se por inteiro, então, amanhã, trave sua árdua batalha sem cedências.
Olhar para a ansiedade com óculos escuros, pode ajudar a ver melhor o que está para além da visão que nos oprime.
Para manter a nossa paz interior, por mais
elegante que uma pessoa seja, por vezes, para se fazer entender, é preciso partir a louça toda.
Há muita gente que, ou não têm competência, ou acha que falta de presteza é virtude.
A tua luz será vista pelo sublime. São os que te
amam com alma e, quando assim é, não há preço à partir do olhar.
O tempo passa
Os problemas também
A vida passa
As dificuldades se vão
A existência passa
E o sufoco: acaba...
Só o que não podemos
Perder, é a esperança de viver
Porque tudo passa
E nós aqui na terra
Devemos passear com gratidão
Aprender a viver com amor
Se encantar com a vida
Abrir o coração
Para sentir verdadeiramente
O grande prazer de estar aqui
Da realização e da evolução
Da nossa existência.
O QUE FUI
O que fui, ficou parado na vida
Meu sorriso aberto, um dia chorou
A saudade de mim, em mim agora atordoa meu ser
O vazio me mata
Caí, e gravemente feri-me
O pesadelo acordou, já não sonho
Na cama vazia eu busco refúgio
Meu chão é meu hoje, não tenho amanhã…
Perdi ilusão
Hoje proclamo o dia da perda, não mais ouço meu grito
A vida é nefasta em mim, não creio em mais nada
A lua apagou lá no alto
O brilho do sol não volta amanhã aquecer meu viver
A cidade é vazia
O veneno não me consola, me isola e me salva do nada
Omitir pra viver, me disseram
Eu não quero
Quero ser livre, quero ser eu, e já não posso
No vento forte caí, queria poder levantar
Bater a poeira e voltar a viver
Mas…Já não posso fazer
O meu tempo foi ontem, o passado levou
Meu espelho já não mais pode me ver
Parti, fui embora de mim
No dia que a ti me dei por inteiro
E hoje por detrás dos trapos em que me escondo
Vivo estou, na letargia do tempo
Tempo que em mim parou
Nas profundezas do pântano
Que todo meu ser mergulhou
A juventude precocemente ferida
Insiste em mostrar-me primeiro, a dor que me escurece o caminho
O vazio no peito, num ápice cobre o sol que em minha frente
Ora se desvanece
Acabou
Sem presença
Não há presente
Sem presente.
Não há felicidades.
Sem felicidades.
Não há histórias
Sem histórias
O fim terminou.
A vida fica sem valor
Quando o presente acaba
Queria tanto você
Nas nossas noites em Campo d’Ourique
Quando em vão tentávamos suster madrugada
Arq. Biblioteca Nacional de Lisboa
Queria você no Chiado
Por horas a fio guardar o meu medo
de outra vez de perder
Arq. Biblioteca Nacional de Lisboa
Sinto teu gosto despido de máscaras
Nos dias em que vivemos o sonhar
Ansiando sentirmos este eterno sabor
Tomado na boca
Sentido na alma
Arq. Biblioteca Nacional de Lisboa
Pelas ruas da cidade
Lentamente continuo
Me buscando bar em bar
Se há momentos que é difícil suportar
Continuo navegando
Me buscando bar em bar
Nas margens do Tejo a brisa dança,
Entre azulejos, a história avança.
Cantos de fado ecoam na cidade,
Saudade no peito, alma de verdade.
Do Porto ao Algarve, terra a vibrar,
Vinhos a contar segredos do lugar.
Campos dourados, sol a sorrir,
Em cada pedra, a história a persistir.
No falar macio, poesia a nascer,
Entre colinas, o olhar a perder.
Portugal, tesouro de encanto e cor,
Em cada verso, eterno amor.