Portugal

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Troque a roupa. Mude os sonhos. Acorde cedo. Compre caderno e canetas. Escreva. Desafogue as mágoas. Arrume as gavetas, mas não esqueça de organizar sua cabeça. Gaste tempo incomodando a tristeza. Faça silêncio e escute seu coração. Coma bolinhos de chuva, mesmo fazendo sol. Enxergue desenho nas nuvens. Colha flores para enfeitar a casa. Ouça música para manter a vida. Cante, certo, errado, mas cante a sua canção. Ela é sua expressão no mundo.
Aguarde a sua vez. Espere acontecer. Nada foi feito no primeiro minuto do dia.
Sabote a tristeza. Um coração entristecido não movimenta o afeto.
Escute com o corpo e a alma. Essa é a melhor maneira de importar-se com o outro. Fale devagar e mostre a intimidade do seu pensamento.
Seja inteiro(a) e nesse vai-e-vem da vida espero que não te soneguem o desejo de derrubar os drinques, e com isso, que você tenha a oportunidade de limpar a merda que fez porque não há outra opção a não ser tentar, refazer, arrumar, insistir, prosseguir na segunda dose, segundo porre, terceira tentativa, décima escorregadela.
O pior drama é ter feito o mínimo, errado pouco e vivido metades.

Que seja duradouro o que te absorve.
Forte o que te acolhe.
Intenso o que sentes.
Vivo o que te aguarda.
Doce o que te envolve.
Suave o que provas.
Presente, o que sonhas.
Eterno, o que amas.

Viver verdadeiramente e intensamente não é nada simples. É preciso ter coragem para retirar as máscaras de proteção. Aceitar o óbvio. Encarar as valas, passar pelas pontes, pular a cerca, subir as escadas, atravessar a rua, quebrar as regras sem quebrar conceitos, empinar pipas sem encostar-se aos fios, lavar as janelas sujas para enxergar o dia, pescar cuidadosamente a alegria e empurrar a maldade, dormir pra sonhar e acordar para realizar, sujar os pés na lama e depois lavar, tomar sorvete se lambuzando para aproveitar o sabor, lamber o dedo e virar a página, decorar o texto e improvisar os esquecimentos. Caímos aqui, então o melhor é viver. Pé na tábua e boa sorte.

Cada vez mais eu estou convencida que amor de verdade é provido de imensas atitudes e quase nada de palavras.

Não quero perder meus sonhos. Não posso deixar o vento levar as ilusões.

Sobre liberdade:
Permito-me pensar que, em tempos de libertação, precisamos procurar cores mais reais e menos alquimia forçada para mascarar os dias cinzentos. É viver sem apaziguar o irresistível. A pauta do dia é o desejo mais sincero. Palavras mais livres, sem ensaios, sem gramática, sem verbos e sujeitos superficiais. Fotos com nervuras e celulites. Rostos sem maquiagem. Caras com choro. Gente sem enfeites. Erros mais honestos. Horários mais flexíveis. Deslizes sem cobranças. Menos glamour, mais naturalidade. Pés descalços, livres da pressão do salto alto e da pose programada. Menos imagem, mais conteúdo.

A gente mente a dor que não dói. Mente o amor que não sente falta. Mente o equilíbrio que não tem. Mente a vontade de falar um palavrão. Mente contando história de que tudo vai passar. A bondade que não temos. A mágoa que ainda existe. Não há quem escape das mentiras que aprendemos para viver. Mente o feio. Mente o bonito. Mente o mais ou menos. O quase, quem sabe, talvez. A verdade tirou folga. Está de férias ou foi demitida.

"Tomei a decisão de colaborar com a minha história e tentar fazer bonito mesmo errando; porque a minha vida é a única coisa que me pertence e ninguém tem a responsabilidade de vivê-la para mim, a não ser eu."

Sou mesmo um caso perdido, pois embora eu tenha tomado todas as precauções, frequentemente tenho uma horrível incontinência para o amor...

Não deixe ninguém fazer a sua história por você. Não aceite os créditos de seus erros ou acertos. Seja artesão. Cultive uma orquestra particular de sentimentos, mas acima de tudo ame-se. Seja solidário e saiba ser solitário. Solidão não é a pior coisa da vida. Das coisas piores, viver acompanhado de sombras silenciosas e esperar quem nunca virá, são borrões e indelicadezas que matam silenciosamente.

"Não me envolvo com o que não me emociona."

Egocentrismo:
Se eu fosse você, não vivia sem mim.

Tenho uma história bonita, escrita nos meus sonhos.
Acordar, costuma ser borracha...

Papeis para embrulhar saudade, café forte para esquecer as maldades e linha para costurar uma nova rota.

Já fiz besteiras dignas de risadas, quebrei protocolos, e outras coisas que nem deram muito certo. Tudo pelo gosto da liberdade e desprendimento de viver.

Há coisas que não se pode controlar, alterar, mudar. Então o melhor é viver e deixar passar!

"Sinto muito contrariar, mas o mundo não está precisando de mais poesia. A poesia suficiente existe desde sempre. O mundo está precisando de pessoas mais tolerantes. Umbigos minúsculos. Pessoas que sabem amar gratuitamente. O mundo precisa de pessoas que são de verdade. De existências amorosas. De encontros verdadeiros e desinteressados. O mundo está precisando de menos juízes e mais interlocutores de esperança. De quem finca raízes e colhe flores. De quem quebra algemas e desata nós em nome da fraternidade. Fossem as pessoas mais justas, não precisaríamos de muros que afastam, mas de pontes que aproximam. O mundo precisa de menos culpados em disputas imbecis e mais acertadores em palavras que acolhem. O mundo precisa de gente desacostumada com o frio do distanciamento humano. Se as pessoas fossem mais sábias e menos sabidas, a palavra seria um ato com validade como sopa quente em dias frios."

Feliz por um dia
Vou andando do meu jeito, visto que viver é emergente, eu quero mais é quebrar tabus, arregaçar as mangas, abrir as portas e soltar todos os meus vocábulos junto com o meu coração. Quero é dizer do que gosto, de quem gosto. Repetir a dose, exagerar no gole, não fazer corpo mole e assumir meus sentimentos.
Quero que se dane a formalidade que me exige andar de salto alto, corpo ereto, copos, talheres e pratos no mesmo alinhamento. Quero mesmo é dar adeus à frescura que me deixa entalada na roupa de festa e me faz beber vinho em pequenos goles, para não entornar. Que me exige dar risadinhas no canto da boca e fazer poses para ficar bem na foto.
Quero sai por ai. Andar descalça. Cumprimentar os passarinhos. Sorri para as flores e gargalhar com as crianças. Quero falar de amor para que todos possam ouvir. Ter liberdade de ficar em silêncio. Falar quando for necessário. Aconselhar meu coração. Sonhar com dias melhores. Cantar sem rima. Escrever sem motivos. Chorar sem razão. Amar sem restrição.
Romper o óbvio. Sair do prumo. Soltar o remo e navegar. Colher flores para dar de presentes. Tricotar verdades. Descartar as mentiras. Dizer bye bye para a tristeza. Não ser levada a sério. Não servir de exemplo. Não dar conselhos. Quero acordar na lua. Tocar o céu. Passear pelas nuvens, pelo menos nos sonhos.
Quero um dia maior para viver com vontade. Um coração mais largo para caber tanto amor. Por favor, não me fale de regras, técnicas, normas. Perdi essa aula por pura teimosia.
Quero viver, aventurando-me na ousadia de fazer um belíssimo espetáculo, sem nenhum script. Sem nenhum diretor que me exija tanta disciplina. Quero é suportar minhas loucuras e me completar com o resto de alegria possível.

Você sabe o que significa esperar?
Confesse, você ainda não tem a dimensão do estado de espera.
Você não sabe o que é aguardar, inclusive com mãos frias a chegada de alguém que não usa relógio por imprecisão. Você ainda não sabe que a espera é o corte vagaroso, feito no coração.
E você espera o abraço. O agradecimento. Espera o tempo do outro. Espera o cumprimento das obrigações. Espera os dilemas serem resolvidos e as verdades prevalecerem.
Espera a cartomante. O horóscopo. As rezas. O resultado das promessas. Você não imagina que é capaz de tantas esperas e sobreviver ao calafrio que elas causam.
E você acredita e se dá conta de que precisa defender outras esperas mais doloridas. São as esperas que, retardadas trarão uma insuspeitada felicidade. São as esperas pelo sossego afetivo. Pela resposta do e-mail. Esperas para repousar no coração do outro. Para deixar de ocupar o lugar da superficialidade.
Esperas por um olhar, uma piscadela de confirmação, um eterno sim. Você sabe que esperar muitas vezes borra os sentimentos, envelhece a alma e traz uma angústia escancarada, desejosa de sagrada confirmação. É. Esperar a farta porção de desejo do outro para devorar a nossa alma é uma delícia discreta e suarenta. Ecoa longe o grito da espera. Vem cá! Não me deixe passear nas belíssimas imagens do meu pensamento, tantas vezes confuso.
A você acaba aprendendo que uma espera custa e não e só uma gorjeta. Uma espera custa todos os tostões economizados o ano inteiro para o bendito repouso da felicidade.
Benditas esperas valiosas. Elas custam todas as impaciências do telefone tocar com o pedido de desculpa salvador. Custam todos os convite que nunca saíram da imaginação. Uma vontade estúpida de acordar sem saudade. Custam todas as interpretações dos sinais deixados, que você decifra como uma leve resposta para o coração amoroso.
Custam enxergar indícios de que o romance iniciado no verão tem futuro.
O estado da espera é exatamente proporcional ao olhar piedoso, as lágrimas quase caindo, o andar mil vezes no quarteirão, atravessar o relógio com a visão insistente de águia. Visitar infinitas vezes as cartas, as lembranças, a caixa de fotos amareladas.
O estado de espera é uma terapia caríssima e ávida para transformar razões desafortunadas em sonhos realizados. E para ultrapassar vitoriosa, vale tudo. Vale o drama, as unhas roídas, o suar do corpo, a ânsia noturna e o franzir do rosto.
Faça tudo com as esperas. Faça drama, misérias, desforra com vinho barato, desistências indecisas, preces, legitimo protesto, xingamentos, desordem interior. A qualquer custa, faça um texto, um desabafo audível ao mundo, uma canção ou pelo menos uma resposta satisfatória.
Tomara que o para sempre, espere o dia seguinte com notícias felizes, pagamento a prazo e sem reajuste. Sinceramente eu desejo que as esperas sejam as superstições falidas das ausências.

Um dia quem sabe, a gente compreenda que somos o nosso lugar favorito.