Portas
Há momentos na vida de um homem que até o céu e o inferno fecham às portas. O inferno vai dizer: Não queremos ele aqui porquê ele está apenas disfarçado. O céu vai dizer: Não é sua hora, você tem muito que aprender neste campo minado chamado planeta terra.
O homem assim continua sua jornada neste lugar que já está morto. Onde o amor tem se esfriado, a falta de perdão aumentado. O ódio e escassez predominado no coração e na alma.
Hoje abrir às portas da janela num final de tarde com uma certeza,que amanhã vai ser melhor como uma pessoa cegar pode pensar "doente escultando Gloria Horizontes, sem curar e casa para mora" Como a vida faz. da tropeço na gente mesmo a gente percebendo ela se atreve com toda vontade,sem medo de nos machucar. Cabeça fora do lugar traz pensamentos hóstis que muitas das vezes e dificil voltar
Sem nem perceber, eu estava criando meu próprio estilo de cozinha, abrindo as portas para outros chefs fazerem o mesmo.
PROCURA
Passo por tantas portas durante o dia
Entro e saio vou e venho nada me segura
De um cômodo a outro buscando o futuro
Penso que nada me surpreende
Porem insatisfeito com a estrutura
Desse indescritível labirinto
Reclamo tua ausência
A essa troça que arde o peito e angustia
Necessito-te ávido
Acima de todo escrúpulo
Desprendido de alicerces
Longe dos parâmetros
Apesar do acúmulo dissimulado
Dessa tosca aventura
Andarei a eternidade
Indecifrável à tua procura
Vá por aí, jogando fora os medos bobos que te paralisam.
Escancarando as portas que você manteve fechadas.
Vá, por aí para dar trabalho ao desânimo, assustar o que te paralisou.
Vá desafiar a inércia, o comodismo, a mesmice que te emerge.
Vá fazer diferente, chacoalhar tudo que tens ai dentro, acordar o seu melhor.
Descobrir a imensidão de Vida que existe em ti, florir nas mínimas possibilidades, expandir, conhecer, desafiar o medo.
Se perder da dor, encontrar o sorriso mais bonito que possas doar.
Vá, por aí confiante, mais falante, atrevida, esbanjando bom humor.
Chega o momento de abrir o casulo e sair, tirar a venda, dar adeus a cegueira e enxergar a si mesma como prioridade, como verdade a ser aceita, compreendida, admirada, como propriedade de sua responsabilidade.
Serás a força que seu eu faz brotar...
A felicidade é para quem aprende que ela não é um status definitivo...
E sim o merecimento do seus esforços, da sua fé, da sua boa energia.
Felicidade sempre vai existir para quem se pega otimista, grato.
Essa sublime sensação de contentamento é a melhor resposta ao nosso "Acreditar ".
Nunca deixe de lutar, nunca perca a fé,
Promete, Vai!
Fuja sempre que for preciso...
Mas se encontre.
Faça-me o favor de Sonhar.
-----Lanna Borges.
/Felicidade que se conquista/
17 de outubro
Que o teu desprezo não arranque de mim os sonhos, que teu silêncio não seja portas para me abri feridas !
As palavras são chaves, chaves que desbloqueiam portas, pensamentos, oportunidades... então pense bem antes de usar essa "chave".
ABRA A PORTA
Abra a porta o suficiente para deixar entrar o que interessa.
Portas escancaradas são para lugares públicos.
Saiba selecionar os transeuntes da sua vida, crie portaria seletiva, instale alarme anti furto.
A entrada deve ser permitida e conscienciosa, não faça do seu íntimo um lugar de todo mundo, mas sim para todos que você escolher.
De nada adianta reclamar da bagunça que está instalada no seu íntimo se você não consegue selecionar e nem tem a capacidade para limpar o que está sujo.
Seja o senhor da sua existência, o mentor das suas próprias ideias e o vigilante das suas falas.
Entrada somente com autorização prévia, já a saída é de livre escolha e para isso a porta deve ser aberta sem rancores nem arrependimentos.
(Ricardo Davet)
mansidão
as paredes estão caladas
as janelas numa mansidão
as portas foram silenciadas
para não inquietar a solidão
eita casa vazia!
prostração
tagarela só a poesia
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2019, meados de outubro
Cerrado goiano
As Sete Aberrações
I - A Anunciante
Era apenas um sonho.
Ela entrou como se portas não estivessem em seu caminho. Desfilava lentamente, exalando seu perfume de flores mórbidas e crisântemos.
"É apenas um sonho" - me convenci.
Seus olhos não passavam de ausência, cavidades densas e profundas como os mais fundos abismos já vistos por qualquer humano. Vestes de um negro tão profundo quanto tal, cobriam o corpo abaixo do crânio de animal, cujos longos chifres enrolavam-se para trás.
Ela sentou-se aos pés de minha cama, quando percebi que estávamos em meio a uma floresta, banhada de luar.
Em tom de zombaria com meus próprios devaneios, proporcionados por um ápice de criatividade que há muito não testemunhava, abordei a mórbida e ainda elegante criatura:
"Agradeço a visita em tão oportuno momento, peculiar senhoria" - balbuciei.
Ainda voltada a mim, como se seus negros, redondos vazios encarassem o fundo de minha alma, respondeu às minhas palavras, em um tom de voz quase feminino, em uma língua que quase entendia, de forma que quase acreditava ser real:
"Agradecestes a visita dos demônios, criança, quando os anjos finalmente o abandonam"
A fragrância da morte, exalada do hálito do ser inanimado, invadia minhas narinas enquanto possuía e manipulava minha calmaria, transformando em tensão, e desapropriando o devaneio a mim proporcionado.
Senti como se esse fosse o fim. Ao fundo, quatro badalares alastraram seus sons, tomando conta da floresta enquanto a lua começava a transbordar ainda mais seu reflexo.
"Agradeças mais uma vez, ou melhor, seis vezes, até que nos encontremos de novo. Os anjos o abandonam e nós, viemos ao seu auxílio, acalentá-lo. Ou não. De qualquer forma, ainda saberás que existem, pois podes não ver luz, mas sombras são provas de que ela está em algum lugar"
A criatura levantou-se e partiu, desaparecendo na escuridão. Lágrimas de desespero transbordaram meus olhos, quando finalmente sentei-me, acordado, mergulhado em dúvidas e solidão.
"Era só um sonho" - Desejei, enquanto fechava os olhos mais uma vez, com todas as minhas forças. - "Foi só um sonho" - implorei, mas era tarde demais. Todos os sete, já faziam seu caminho até mim.
FECHE ESSA PORTA
Esses dias li algo sobre portas entre abertas. Fiquei refletindo sabe?
As vezes a gente ta dentro de um quartinho pequeno e mal cheiroso, toxico, escuro, mas lá você ta sentada num pequeno espaço limpo e com uns pertences que te fizeram tão feliz um dia. Pode ser um ursinho e uma caixinha de chocolates que ganhou. Mas cara, que lugar horrível de ficar, que lugar triste, você nem consegue mais sorrir ali dentro, só fica pelo apego mesmo. Foi tão lindo ganhar aquele chocolate naquele dia né? Migalhas.
Sabe qual o nosso problema? Ficar lá no quarto por medo de não sobreviver sem o ursinho e o chocolates que são juntos a única coisa boa daquele quarto.
Tenhamos coragem que nos despedir dos nossos ursinhos e chocolates, sair do quarto, fechar a porta e jogar a chave bem longe. Dá um medo do possível arrependimento que vai bater pois você nunca mais vai poder sentir o cheiro daquela felicidade que teve em meio ao caos daquele quarto.
Mas na boa, você não imagina o mundo de possibilidades que tem aqui do lado de fora. Vem ser feliz, sai desse quarto!
Não é possível viver por completo, quando deixamos portas entreabertas.
Os fantasmas voltam e as dores, também!
Abriu as portas de par em par
e ali estava ele!
Nada poderia indicar
que novamente seus caminhos se cruzassem,
mas como o destino sempre intervém a seu bel prazer,
lá estavam, um diante do outro.
Sabiam, naquele exato instante,
que suas almas não mais se separariam
e esqueceram o habitual bom senso
para celebrar o tácito acordo de não mais
enfrentarem as tempestades cada um por si.
Cika Parolin
Há pessoas que abrem
e pessoas que fecham portas.
Há pessoas que curam
e pessoas que cortam.
Quem fere, com o mal
em duas vidas interfere.
A chuva traz o arco-íris.
A noite de choro pressagia um dia de alegria.
Um acorde triste, ainda assim faz melodia.
Mas o que esperar de gente vazia?