Portão
Chave Mestra
Seu coração era o portão
Que não se abria facilmente
E aqui estou em frente a ele
Esse portão trancado
Pelos amores não correspondidos
Que estava enferrujado
Pelas lágrimas que foram derramadas
E com a chave mestra, não há portão que aguente
O amor verdadeiro é o que o abre novamente.
Esta Amanhecendo, paro em frente ao portão e mais uma vez sozinho me deparo à solidão,
Já não sei o que fazer pra enganar meu coração, mesmo fingindo não ver o pensamento é a razão.
O amor é uma coisa que não dá pra distinguir, quando pensa que é atração, logo vem pra definir, é por isso que eu te penso que não me deixe e não se vá e também preste atenção no que agora eu vou falar....
Pensamento voa eu chorando atoa, com saudades dela
Que não me perdoa.
Pensamento voa eu chorando atoa, com saudades dela
Que não me perdoa. Aaaa
Sou seu fã - Alan Maiccon
Saiu no portão na hora de sair
Olho de longe pra não me ver aqui
E sou seu fã aquele que espera a hora de voltar
Sem saber se volta
E si demora vou até o ponto ti esperar
Pra te dizer que te vejo sempre mais nunca me viu
E si me perguntar o porque
Eu falo que quero você
Quero você
E dessa vez não vai adiantar me dizer que vai pensar
Pois si me disser eu vou te beijar e dizer que sou seu fã
2x
Que sou seu fã
Declarado de carteirinha
Se marca pego camarote só pra te ver dançar e se preparar para a hora que sair
Só pra te dizer
Que sou seu fã
E quero você
Eu só quero te dizer
Que sou seu fã
E quero você
E si me perguntar o porque
Eu falo que quero você
Quero você
E dessa vez não vai adiantar me dizer que vai pensar
Pois si me disser eu vou te beijar e dizer que sou seu fã
Que sou seu fã
O cachorro late no portão
e tenta desesperadamente
passar algo além do focinho.
Ele quer sair
e mijar nos postes
com os outros cachorros.
Mas ninguém entende.
Ele pertence aos donos do portão.
Então ele grita.
Acham que ele é bravo.
Ele grita mais.
Acham que ele incomoda.
Aí jogam água
e além de puto ele sente frio.
Pensam em adestrar
no Método Ludovico
mas sabem que no fundo
ele será sempre o mesmo cachorro.
Então, numa certa noite,
cortam suas bolas.
E o cachorro não late mais.
Não quer mais gritar.
Não quer mais sair do portão.
Não quer mais ver os amigos
nem mijar nos postes.
Só quer ficar velho,
doente e acabar logo com isso.
Soa familiar?
Você deve ter visto algum cachorro desses
em algum espelho por aí
ou em qualquer reflexo de vitrine.
Pois é…
Agora o portão fica aberto
e o cachorro olha pra rua
sem vontade de sair
nem de latir.
Setembro 2010 – “O Diabo Sempre Vem Pra Mais Um Drink”
Casa azul
Passei pelo portão da minha avó
Cruzei uma rua sem asfaltamento
Me dirigi à convidativa casa azul
Bati na porta por algum momento
Um homem de meia-idade abriu
Cumprimentei ele e segui o rumo
As escadas eu subi sem fraquejar
Havia lá uma garota com aprumo
O quão real pode ser um sonho?
Desejo muito então que se repita
Para tentar recordar o nome dela
Seria este um relato enfadonho?
A magia conhece quem acredita
E eu estou persuadido pela bela.
Oportunidade advieram para abrir o coração
Por um momento pensei abrir novamente o portão
As pessoas subiram usufruíram da bondade
Abusaram como se fosse asneira
Brincaram e levaram na juventude
Chegaram e provocaram desanimo
Sugaram tudo como se fossem vermes
Esgotaram a fonte da ternura
Espectador de seu próprio fim se tornou
Um grande caçador de injúria
As vezes um deus pacificador e pai do perdão
Outros um grande tirânico, dono da opressão
O mal foi plantado e semeado, tentaram regar
Mais foi expulso, cuspido no sofrimento o ódio
É o espirito parasita não se deixou dominar
O espelho foi irreflexivo.
Canta o sábia que encanta o sertão. A mocinha no portão vislumbra o céu, vê que seu amor vive longe no deserto, espera com seu coração aberto e o seu manancial a chegada daquele que foi em busca de novas descobertas, não sabe ele o quanto ela tem desertos. Canta o sábia sendo o tema dessa história, torcendo para o encontro desse amor, para cantar em outros ares, em outras histórias.
Tem saudade que não cabe na espera,
Que não cabe na janela,
Nem ao menos no portão.
Tem saudade que não cabe mais no peito,
E por não caber nos olhos,
Escorreu até o chão.
Tem saudade que não cabe na partida,
Não cabe na despedida,
Nunca coube em um adeus.
Pois, saudade
Cabe mesmo é num abraço
Que quando dado bem forte
Aperta pra aliviar.
Hoje em dia é assim, colega é do portão pra fora. Família é pai, mãe, e olhe lá. Seus objetivos por mais simples que sejam, só devem ser compartilhados com Deus. Você pode não ter nada, mas sempre será alvo de inveja. O olho grande tá aí, um querendo engolir o outro e os que sobram são poucos, porém puros e verdadeiros!
Não acumule seus instrumentos de
limpeza expostos junto ao portão,
assim os olhos das outras pessoas não
prestarão atenção na sujedade eu seu
quintal.
Voltando pra casa
Eu nasci lá em Curitiba,
lá pras bandas do Portão,
desde piá me acostumei
ao bom churrasco e ao chimarrão,
é que eu sou curitibano,
eu conheço a gralha azul,
sou do tempo dos pinheiros,
sou do alto Iguaçu.
Eu saí de Curitiba,
eu deixei meu Paraná,
eu deixei a minha gente
vim parar neste lugar.
Onde está a minha gaita,
onde está meu vanerão,
não aguento de saudade,
vou voltar pro meu rincão,
vou voltar pra Curitiba,
vou rever minha guria,
não aguento este calor
pois eu sou da terra fria,
vou correndo, vou agora,
não da mais pra segurar,
tô levando bomba e cuia,
também água pra esquentar.
Quando eu chegar em casa
a polaca eu vou beijar,
vou levar a piazada
pro passeio pra brincar,
vou-me embora eu já vou saindo,
mande alguém pra me esperar,
vou voltar pra Curitiba
com a geada eu vou chegar.
Acordei disposto a ser feliz. Chamei os amigos para fora do portão, seis bons dias, cinco abraços de urso, três gargalhadas, um futebol, banho com direito a cantaroladas, quinhentas palavras sopradas no vento, dois selinhos, quatro beijos na boca demorados, três suspiros fundos, um sorvete, cochilo, passeio de mãos dadas, bate-papo na praça, quatro minutos contando as estrelas maiores [...] Boa noite, vou ali pedir a conta. – $1.50 da casquinha, senhor. – Ainda dizem por aí que ser feliz custa caro. Vai ver...
Me lembro, sim me lembro. Do seu cheiro....do seu carinho...quando me esperava no portão....mas veio o tempo e com ele.....a solidão.
SENTADO NO PORTÃO
Sentado no meu portão que eu dava vida aos meus sonhos, mesmo que fosse em pedaços de papel. Meus desenhos transfiguravam alegria, gostava de ver como as pessoas sorriam e como celebravam a vida, tudo eu passava para meu caderninho delineando cada momento, cada gesto, cada cumprimento, cada sorriso, todos, sentado no meu portão, eu os via.
Tinha o padeiro que todo dia, pontualmente, de manhãzinha passava com sua buzina vendendo pães quentinhos, cantando sempre com tamanha disposição. Duas senhoras conversando enquanto faziam suas caminhadas matinais. As crianças que corriam para pegar o ônibus-escolar. O carteiro que sempre vinha em sua bicicleta assobiando. Nos finais de semana ver todos brincando na pracinha logo em frente. Cada data comemorativa também podia ver todos sorrindo, não perdia nenhum detalhe sentado no meu portão.
Até criava historinhas entre eles, sempre com aventuras, risadas e até romances. Era fascinante quando eu desenhava, e sonhava com tanta alegria, mesmo que ainda muito jovem, mas queria ser feliz igual a eles. Sei que cada desenho e cada historinha me fariam buscar meus sonhos, e mesmo que sendo um pequeno hobby nunca deixei de desenhar a alegria das pessoas.
Mas nunca vou esquecer-me de uma manhã de sol, que não era como as outras, já podia perceber que seria uma manhã diferente. Ao sentar no meu portão, e contemplar a rua me deparei com aqueles cabelos morenos tão lindos, aquela pele branca tão macia, aquele cheiro de rosas tão suave e aquele vestido aveludado balançando ao vento. Ela já havia passado por mim quando me sentava no degrau do portão, mas não deixei de contemplá-la, desejei para que ela se virasse para poder ver seu rosto, mas ela não virou. “Como seria a cor de seus olhos?”, “Como seria o seu sorriso?”. Antes o que era um passatempo, virou uma obsessão.
Mesmo que eu sentasse minha vida toda esperando ela passar de novo, não sei se seria em vão, quem é esta que tanto me impressionou, tamanha beleza que me encantou? Dias, semanas e meses se passaram, tantos rostos desenhei para aquele corpo, mas nenhum que fizesse me dar por satisfeito em saber que seria o dela, aquele lindo rosto.
Ainda sento no mesmo portão esperando a mesma sensação, uma linda manhã de sol e toda sua beleza passarem por mim outra vez e ver seu rosto ir de encontro aos meus olhos. Lembrarei para sempre daquela manhã olhando todos os desenhos que fiz, esperando ela passar...
Cinza Promessa
Em um dia cinza estarei no teu portão
Não será um dia triste, prometo
Quero teu corpo junto ao meu quando a chuva cair
Quero que a chuva lave nossas almas
e que leve com ela tudo que um dia nos fez mau
Quero que ouça minhas sinceras palavras
Quero teu cheiro
Quero te olhar, te sentir
Quero tua boca quente, um café,
nossos pés por baixo da mesa
Eu quero nós, como um só novamente
Mais que tudo, quero o teu perdão
e a partir desse dia que você seja só meu
como sempre deveria ter sido
E que todos os dias, independente das cores
que nós estejamos juntos.
LEMBRA DO PRIMEIRO PORTÃO? SUA PRIMEIRA TRAVESSIA?Qual o primeiro presente ou fato fez com que seu delicado e restrito conforto fosse ampliado? Quando seu olhar percebeu o mundo?
Uma bicicleta, um patins, um skate ou um belo livro. Um conselho. Uma comida. Um exemplo de vida. Um cheiro ou sabor. Momentos lindos e fascinantes. Pronto!!! Emergiu. Como algo fermentando. Está ali instalada sua vontade pelo novo. Curiosidade, impaciência e ânsia para ver o que não sabe.
Nossos primeiros passos. Os quais, sem saber, definem as primeiras percepções de liberdade. Sentir o prazer do novo misturado com o medo. Hum... Descrevo como a essência percebida em um novo perfume. Marcante. Um novo sentir que armazena uma lembrança sensorial impactante.
Desejo. Aprender, correr, trilhar e buscar esse novo mundo tão diferente.
AQUELE MUNDO DEPOIS DO PORTÃO.
Tudo o que havia dentro do portão era conhecido, confortável e estranhamente suportável. Esquisito, confuso, com pessoas que nos amam e protegem. Essas mesmas que liberam suas frustrações, sem perceber. Educando, criando e formando nossas defesas e traumas.
Geralmente há uma lado dessa evolução que é ofertada com certa proteção e mimos em geral. Já o outro lado posiciona os efeitos das responsabilidades das ações. Mais rígidas. Um pouco menos amável. A qual apresenta postura do não.
Exemplificando, se soubesse que eu iria fazer errado, gerando pequenos machucados ou sustos, alertava. Porém, deixava acontecer e depois sempre havia aquelas frases. Clássicas. Eu avisei. Engole o choro. Chora de verdade porque escolheu errado mesmo. O outro lado evitaria, por dó, e deixaria passar sem certos aprendizados. Materno ou paterno variando de acordo com cada história. Você lembrou-se da sua?
Essa mistura de valores educa, cria e indica nosso referencial e opção de escolhas. Criamos consciência da existência de um outro lado. O básico para novos passos e reações.
Nessa fase existe muita magia! Acabamos por ter uma força imaginária abrupta. Lúdica, que impulsiona nossas emoções e criatividades. Abrem-se então o leque de variedades dos estímulos....
É chegada à tão esperada hora. ATRAVESSAR AO PORTÃO. Não há mais como evitar.
Observando, estudando, analisando, como será essa travessia. Como travessar? Porque atravessar? Não é melhor ficar aqui? Estou preparada para aproveitar essa nova fase? Já aproveitei tudo do lado de cá? Eu vou poder voltar? Existe essa opção do livre arbítrio após uma posição tomada?
Inevitavelmente abrimos o portão e trilhamos. Vencendo ou não. Percorremos!!!
Em muitas histórias esses portões são pulados, quebrados ou encalhados. Cada qual sabe sua travessia ou peso do portão.
Observando hoje com tantas primaveras já vividas. Quantos e quantos portões já passaram. E como foi essa posição adotada perante novas buscas. Todo aprendizado foi aplicado ou aprimorado para o bem? Quais ferramentas e estratégias adquiridas utiliza hoje em dia?
O limiar fixado em nossa zona de conforto e acomodação nos bloqueia nos novos portões ou padrões?
Aprender e viver o que cada fase nos reserva respeitando seu tempo. Ou fugimos correndo em busca de outros portões.
Não há como saber. Mas é necessário pensar! Avaliar. Trazer memórias sensitivas, sem bloqueios, e analisar como foi forte e infalível as primeiras travessias.
Certamente isso trará um momento diferente em nosso dia a dia. Com sorte um belo sorriso ou um choro involuntário. Até mesmo repulsa ou nada. Resgate os conhecimentos que bloqueamos pela correria do dia a dia. Abuse de sua bagagem e primaveras. Explore suas lembranças.
Somos uma fonte imensurável de oportunidades e magias. É só procurar. Explorar, inovar e ter coragem em atravessar.
Felicidades nas descobertas sempre !!!
Depois de tanto tempo, eu ainda sou aquele que ao abrir o portão de casa, olho para os lados pra tentar te ver.
Eu ainda sou aquele que, vou ao colégio pensando em você, como você está, se também estás pensando em mim.
Eu ainda sou aquele que ao sair pra rua, invento desculpas pra te ver.
Eu ainda sou aquele que lembro o primeiro dia em que te vi, em que falei com você e o primeiro em que te abracei, mesmo que tenha sido por 5 segundos, se tornou inesquecível.
Eu ainda sou aquele que faço cartas, videos, gestos, dizendo o que estou sentindo.
Eu ainda sou aquele que ao te ver, o coração dispara, acelera, nervoso, sem jeito.
Eu ainda sou aquele que mesmo diante de tudo que nos separa, ainda continuo buscando forças para nunca te esquecer.
Eu ainda sou aquele que mesmo tendo 1% de chance, irei ter 99% de fé.
Eu ainda sou aquele que sempre irei de buscar seu cheiro, seu sorriso, seus abraços, Você.
Eu ainda sou aquele que jamais irei te esquecer... E vou ser aquele, único, que ei-de esperar por você... por nós.! ... Te amo!
(Bismarck Silva
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