Portão
Sentada nesse portão
vejo um corpo num caixão
e não é um pesadelo e a vida
que insiste em mostrar
que daqui nada vamos levar
e que se as vezes eu chorar
é de tanto te amar mais você
insiste em não ver o que sinto por você
mais si um dia você Le
esse poema que eu fiz
talvez si arrependa por não ter dito
que também me quis!
Pelo o que me lembro desse sonho era um portão de grade enorme, como se estivéssemos em frente a uma grande fábrica. Muita gente em frente, muita gente mesmo e eu encostado, me inclino e olho pro lado. Te vi ali encostada também e olhou pra mim na mesma hora. Minutos se passaram, resolvi me mexer. Pensei em ir até a outra ponta do portão, passei por você e te encarei cinicamente. Encostei na parede, continuei olhando pra você, que com o dedo me chamou. Eu fui, fiquei na sua frente, te olhei de cima embaixo. Você me puxou pelos dois braços e se encostou toda em mim, me curvei e fui logo com o rosto no seu pescoço, você me empurrou, insisti, te segurei forte e consegui beijar seu pescoço. E ficamos naquela de que eu queria e você não, com risadas, investidas e sarrando muito o corpo um no outro... acordei.
Jota Cê
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Sinto saudades das conversas no portão até altas horas, onde uma “dobrinha” na barriga não era motivo de chacota. Falta-me a valorização do caráter, dos valores, da vida compartilhada, dos sorrisos distribuídos ao longo da vida, de braços dados com a essência que cada um carrega, mas que para alguns evaporam. Sinto a ausência de pessoas que são e não precisam aparentar para serem. Pessoas de carne e osso e não pele e osso.
Noites
Patrícia Neme
Em todo entardecer escuto passos,
na estrada que se achega ao meu portão;
embora haja penumbra, vejo os traços
dos andarilhos... Deus! E quantos são!
Na casa, se assenhoram dos espaços,
percorrem cada palmo do meu chão.
Semblantes - de ventura tão escassos,
contemplam-me... E na dor me envolvo, então.
Porque nos olhos meigos dos meus sonhos,
o amor sulcou caminhos tão tristonhos,
onde apenas saudade floresceu!
À noite, em rito insano de agonia,
unidos, sonhos, eu... E a nostalgia...
Ninamos o que nos restou de teu.
SEUS OLHOS
Todo dia passo, e ela
Mim contempla do portão
De feliz meu coração
Bate de forma singela.
Depois avisto a cancela
Escorada num mourão
Volto o rosto e vejo então
Ela olhar-me da janela.
Vou-me de caminho afora
Pego o burro na espora
E sem pensar em perigo...
...Pois já sei onde ela mora
Vou feliz, porque agora
Levo seus olhos comigo.
13/04/13-Itapissuma
''O barulho do portão era meio assustador, meio que um som estilo filmes de terror, e o garoto com medo, mesmo que ele achava meio que sem sentido e anormal em relação a ele, ele sentia, mas como vencer o medo? Pergunta difícil essa não? Pois não seria o medo, apenas uma forma de seus sentimentos entrarem em contado, tentando alertar sua alma, de que os passos a seguir, seriam um tanto quanto perigosos, ou apenas falsos alarmes que quietos ali se renasciam, cativantes como o bolero, e ao mesmo tempo a idéia de um pequeno poeta como negação ao caminho a seguir, ahh loucura, o garoto se sacudio por um momento a sua cabeça, como se ele negasse fatos.''
Seis da tarde
Como era de se esperar
Ela pega
E me espera no portão
Diz que está muito louca
Prá beijar
E me beija com a boca
De paixão...
RINÓPOLIS - a cidade da minha infância; sem metrô, nada de relevância.
Na balaústra do portão, o padeiro deixava o pão; apertava a buzina estridente, fixada na carroça azul, com a mula amarrada na frente.
Às seis da tarde, via a noite chegando, ao som do sino tocando, meu pai na Belina chegando.
A área comercial, tinha o bêbado oficial. Dormia ao chão atirado, com repulsa social; às vezes falante, em outras deprimido, mas por todos conhecido.
Quando ligava o auto falante, e tocava a `Ave Maria`, de longe já pressentia: alguém havia partido. Era hora de silencio, pra saber do falecido.
Sorridente ou infeliz, aos domingos de forma sagrada, o povo cercava a matriz. Grande era a movimentação, o padre Miro finalizava o sermão, os bancos eram disputados, e os diálogos encetados.
O cardápio era bem limitado: sorvete, pipoca ou amendoim ensacado (cru ou torrado).
Dali um dia parti, para um rumo desconhecido; vinte anos mais tarde voltei, quando então me assustei, com o que tinha acontecido - era um filme repetido.
Tudo estava no mesmo lugar. O velho taxista, com seu Fusca foi me buscar.
Achava a vida meio parada, mas na verdade, era apenas descomplicada.
Era um tempo de buscar o barulho, o tumulto, agitação, progresso e competição.
Agora, sinceramente, confesso: hoje penso no regresso. Com o passar dos anos, se descobre que a vida, quando corrida, passa rápido e despercebida.
Ainda espero por ti
"Chegou a hora que você sempre chega aqui em casa 😁, olho para o portão... nada, espero 5, 10, 30 minutos e nada, sento no sofá passa uns 45 minutos e esculto alguém gritando no portão meu nome... abro um sorriso corro em direção ao portão, mas percebo que não tinha ninguém, era apenas coisa da minha cabeça 😭, sentei no sofá, lagrimas escorreu pelo meu rosto,mas ainda estou esperando por você..."
TragediAna
Quem era Ana?
A estranha do portão?
Essa foi a sua fama
Por não ser como todos são,
O que ela queria?
Do que ela gostava?
Isso ninguém sabia
Porque ela não falava,
Em suas noites de solidão
A pobre Ana chorava
Os seus dias de humilhação
Para o travesseiro desabava,
Todos a desprezavam
Sem qualquer explicação
Mas não imaginavam
Que ela já encontrou a solução,
Eles não conseguiram seu perdão
Sua triste voz ecoava naquele portão
Agora todos lhe ouviram
Como nunca tinham ouvido até então,
O seu nome era Ana
Uma jovem libriana
Rejeita por quem não a ama
Fez seu túmulo em sua cama.
✍️Quem se instruiu em fofoca de portão, vai sempre acreditar na mediocridade. Lembrando que o portão era o livro, na vida de mocidade.
😏🥱😱👣👣👣👁️👁️🕉️🕉️✔️📱
Antigamento era assim:
namorava-se no portão,
noivava-se na sala e
casava-se na cama.
Tudo tão simples, e dava certo!
☆Haredita Angel
Poema Fronteira sem portão sem porteira.
Ponta Porã e Pedro Juan Caballero
Na linha divisória, um muro imaginário,
Sem porteira ou portão,
Um passo em Ponta Porã,
Um pulo em Pedro Juan Caballero,
Duas nações, um só coração.
Cidades gêmeas, fronteira seca,
Onde culturas se entrelaçam,
Chipa, tereré, mate e chimarrão,
Sopa paraguaia, parrillada e polca,
Churrasco e a tradição do barbacuá.
Histórias antigas, memórias vivas,
Tropeiros e viajantes,
Estâncias e fazendas,
Erva-mate nativa,
Que ajudou a construir,
Essas cidades irmãs.
Valentes patrulhas,
Expulsaram os bandidos,
Lendas e causos,
Contos de um passado,
Que ecoa na história,
De um povo misturado.
Ponta Porã e Pedro Juan,
Unidas pela tradição,
Onde o Brasil encontra o Paraguai,
E a vida segue em comunhão,
Duas cidades, uma só canção.
A felicidade é uma visita discreta que nunca chega na hora errada. Ao ouvir suas batidas no portão, abra a porta e as janelas do sorriso. Acomode-a com requintada gentileza no melhor cômodo da sua casa, o coração.
Seu relaxo era charme, a negligência consigo mesma, forjava sua singularidade. Empurrou o portão, saiu. Na rua, na realidade mundana, era o centro, o centro de convergência, centralizava a atração.